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Skate, a Crítica | A nostalgia regressou em grandes doses e Ollies

Após 15 anos de espera, a icónica série “Skate” regressa com uma nova entrada, agora simplesmente intitulada “skate.”. Desenvolvido pelo estúdio Full Circle e lançado em acesso antecipado a 16 de setembro, o novo título apresenta-se como um jogo free-to-play e aposta num modelo de serviço contínuo. Embora mantenha a jogabilidade que tornou a série lendária, há problemas claras que deixam a desejar.

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Depois de década e meia, o essencial mantém-se?

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O ponto mais positivo é claro desde o primeiro momento: “skate.” mantém a essência da jogabilidade que marcou os títulos anteriores. A mecânica “flick it”, que permite controlar o skate através dos analógicos do comando, está de volta e continua a ser tão intuitiva e gratificante como sempre.

Para quem jogou horas a fio nos títulos anteriores, o regresso ao universo de “skate.” é imediato. Os comandos respondem com precisão, e a cidade fictícia de San Vansterdam torna-se um novo parque de diversões para experimentar manobras complexas, desde simples ollies até backflips acrobáticos. A curva de aprendizagem é suave para iniciantes e nostalgicamente familiar para veteranos. Ou seja, basicamente foi como regressar a casa, comandos fáceis de perceber e diversão garantida, como antigamente.

 

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Um mundo aberto podia ser melhor

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No entanto, nem tudo desliza com a mesma fluidez. A nova cidade, San Vansterdam, embora tenha alguns locais interessantes para explorar, parece surpreendentemente vazia, quase uma cidade fantasma. Em comparação com locais icónicos de jogos anteriores — como o Mega Park ou o estádio dos X-Games —, o mapa atual parece pequeno e pouco memorável. A ausência de elementos marcantes retira profundidade à exploração e reduz o impacto visual.

Além disso, o aspeto gráfico mais “limpo” gerou controvérsia entre a comunidade. Muitos jogadores comparam o estilo visual a títulos mobile. Esta escolha estética poderá estar ligada ao objetivo de tornar o jogo compatível com dispositivos móveis no futuro. Assim sendo ficou a faltar um pouco de NPC e “vida” à cidade. É verdade que cruzamos-nos com todos os jogadores online, mas tirando adicionar na PSN, não há grande proveito a tirar. Talvez no futuro.

 

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A jogabilidade salva, mas o conteúdo é escasso (por enquanto?)

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Apesar da jogabilidade bem conseguida, o conteúdo disponível nesta fase inicial é limitado. O modo de jogo baseia-se em objetivos rotativos diários, que rapidamente se tornam repetitivos. Missões clássicas como competições verticais, death races, e até os populares desafios de S.K.A.T.E., estão ausentes nesta fase de incial de desenvolvimento (o jogo está em early access).

Outro ponto sensível é a dependência de ligação constante à internet. O “skate.” foi concebido como um título online, o que exclui completamente a hipótese de jogar offline. Para um jogo que pretende apelar tanto a jogadores casuais como a fãs de longa data, a ausência de um modo offline levanta preocupações quanto à sua longevidade — especialmente num mercado em que muitos jogos live service acabam por ser descontinuados. Para não falar no tempo de espera para entrar no servidor – em hora de ponta demorei uns 20 minutos.


O jogo gratuito vem, como seria de esperar, com um senão

 

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Como jogo free-to-play, “skate.” inclui microtransações, embora até agora sem grande impacto na jogabilidade. Ainda assim, a presença de incentivos para gastar dinheiro real poderá aumentar no futuro, conforme o modelo de negócio evolui.

Apesar das falhas, “skate.” merece destaque pelo regresso triunfante da jogabilidade que definiu um género. Com atualizações prometidas e um roadmap de conteúdos em desenvolvimento, há potencial para o jogo evoluir significativamente ao longo do tempo.

 

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Com mais conteúdo, um mapa mais robusto, e talvez a introdução de um modo offline, “skate.” poderá finalmente tornar-se no verdadeiro “Skate 4” com que tantos sonharam durante mais de uma década.

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