Stephen King rejeita estes 3 famosos filmes baseados em livros seus
O terror nem sempre vem dos monstros—às vezes, vem das adaptações cinematográficas do Rei do Horror, Stephen King.
Stephen King é um nome que dispensa apresentações. Com mais de 400 milhões de livros vendidos e dezenas de adaptações cinematográficas, o autor tornou-se sinónimo de narrativas arrepiantes, personagens complexas e finais que nos deixam a pensar durante dias. No entanto, nem todas as versões para o grande ecrã das suas obras lhe agradam. Algumas, na verdade, fizeram-no torcer o nariz—e com razão.
A relação entre Stephen King e Hollywood é tão fascinante quanto os seus próprios romances. Enquanto filmes como “The Shawshank Redemption” e “Stand By Me” são aclamados pela crítica e pelo público, outros caíram no esquecimento—ou pior, tornaram-se exemplos do que não se deve fazer numa adaptação. Mas quais são, afinal, as adaptações que o próprio King considera verdadeiros fracassos?
Os três Filmes que Stephen King despreza
1. “The Shining” (1980) – O clássico que dividiu autor e realizador
Pode parecer uma heresia, mas Stephen King nunca escondeu a sua insatisfação com a adaptação de “The Shining” por Stanley Kubrick. Considerado por muitos como um dos melhores filmes de terror de sempre, o longa-metragem de 1980, estrelado por Jack Nicholson, falhou—na opinião do autor—em captar a essência do livro.
“Penso que ‘The Shining’ é um filme bonito, visualmente impressionante, mas é como um Cadillac enorme e reluzente… sem motor”, confessou King numa entrevista à Deadline. O problema? A falta de profundidade na personagem de Jack Torrance. Enquanto no romance ele é um homem em luta contra os seus demónios, no filme, Nicholson parece já estar completamente louco desde o primeiro minuto. “Não há tragédia porque não há mudança”, criticou à The Mirror.
2. “Graveyard Shift” (1990) – O filme que nem o autor quer lembrar
Se “The Shining” foi uma deceção artística, “Graveyard Shift” foi, nas palavras de Stephen King, “apenas uma exploração barata”. Baseado num conto do livro “Night Shift“, o filme de 1990 é uma produção de baixo orçamento que transformou uma história assustadora sobre ratos mutantes e um moinho abandonado num pastiche de sustos previsíveis e efeitos especiais duvidosos.
A falta de cuidado na adaptação e o tom excessivamente “B-movie” fizeram com que o resultado final fosse, no máximo, esquecível—e, no pior dos casos, irritante para os fãs do material original.
3. “Children of the Corn” (1984) e as suas infindáveis sequelas
O original de 1984 até agradou moderadamente a Stephen King (“Fizeram um trabalho decente”), mas as sequelas—sim, são nove até hoje—são outra história. “Podia viver sem todas essas continuações”, admitiu. A saga transformou-se inegavelmente num cash grab, repetindo a mesma fórmula de crianças assassinas e campos de milho mal-assombrados até à exaustão.
A crítica de King não é apenas sobre a qualidade, mas sobre a falta de respeito pela sua visão.
O que faz uma boa adaptação?
Assim, Stephen King já viu as suas obras serem transformadas em obras-primas do cinema (“The Green Mile“, “Misery“) e em autênticos pesadelos de produção. A diferença, parece, está no respeito pelo material original—na capacidade de captar não só a narrativa, mas o coração da história.
Qual é, para ti, a pior adaptação de um livro de Stephen King? Deixa a tua adaptação nos comentários.