Super Bock Super Rock 2016 | O Rock de Iggy Pop convenceu o Super Bock

O segundo dia do Festival Super Bock começou, à semelhança de edições anteriores, com um ambiente descontraído e com muita animação, numa noite que se avizinhava de Iggy Pop e de Massive Attack.

Foram muitos os que deixaram de lado o convite do sol para mais um dia de praia ou de esplanada e decidiram acabar o dia no Parque das Nações, aquele que é actualmente palco do Super Bock, Super Rock.

Ainda não eram 8 e no Palco Super Bock já se podiam ver várias pessoas expectantes para ver a primeira banda que subiria a este palco: os  Bloc Party. Na verdade, muitos dos fãs estavam curiosos com esta interpretação uma vez que hoje os Bloc Party estão reduzidos a dois elementos da banda original: Kele Okereke, o vocalista, e Russell Lissack, o guitarrista. Neste concerto, a banda mostrou músicas do mais recente álbum Hymns mas não deixou de proporcionar uma viagem às músicas emblemáticas que, ao longo dos anos, foram marcando a sua carreira.

Se é certo que nos trouxeram músicas  emblemáticas como “Hunting for Witches”, “Mercury” ou “Banquet”; e  também músicas mais recentes  como “Virtue” e “The Love Within” com um cheirinho aquele que foi o passado dos Bloc Party , a verdade é que talvez tenhamos assistido a uma atuação mais “automática”, onde poderia ter havido mais espaço ( e tempo) para sentir e para interagir.

Foto @ Super Bock Super Rock
Foto @ Super Bock Super Rock

Pouco faltava para as 22 da noite quando se começava a avizinhar um dos momentos mais marcantes desta noite: o concerto de Iggy Pop. O veterano do Rock teve uma das atuações mais memoráveis desta edição e mostrou que é uma lenda viva. O concerto não poderia ter começado da melhor forma com quatro clássicos “No fun”, “Lust for life”,  “I wanna be your dog” e “The passenger”.

O espírito de entrega foi memorável e os fãs entraram em delírio aquando da música “Real Wild child” em que a lenda desceu do palco, abraçou os seus muitos fãs e demonstrou que estava feliz. No final, a multidão não parava de pedir para lhe permanecesse em palco. A “Wild America” acabou por servir de despedida.

Foto @ Super Bock Super Rock
Foto @ Super Bock Super Rock

Mac DeMarco subiu ao palco EDP e roubou alguns dos espectadores do palco principal. Na sua actuação ficou visível que o músico tem tido cada vez mais  fãs  uma vez que o palco EDP se encheu completamente para o receber. De Marco respondeu com um concerto onde a energia e a interacção com o público foram uma constante.

No principio tivemos “Salad Days”, uma das músicas mais bem recebidas por parte do público, mas havia mais, muito mais, e o público entrou em delírio com a I’ve Been Waiting for Her” , e a “Freaking Out the Neighborhood” onde várias pessoas sentiram o apelo da música e dançaram alegremente.  O fim foi anunciado com a “Chamber of Reflection”  que, certamente, deixará saudades. De Marco foi feliz nesta noite em que o seu concerto resultou numa das grandes surpresas deste segundo dia do Super Bock Super Rock.

Depois de Iggy Pop, não tardou para que os Massive Attack subissem a palco. Aos Massive Attack atribui-se a originalidade que tiveram ao projetar um conjunto de mensagens em jeito de manchetes que retravavam  questões relacionadas com o terrorismo e a geopolítica dos países, não tendo faltado espaço para criticar os estereótipos da sociedade atual. E foram estas mensagens que serviram para construir todo o ambiente no palco. A companhia dos Young Fathers também foi importante, dando um ar mais fresco e mais contagiante à actuação.
Os Massive Attack brindaram-nos com um concerto muito semelhante aqueles que têm vindo a fazer em Portugal, nomeadamente quando actuaram no Super Bock em 2014. Contudo faltou Tricky. Ainda assim, o público ficou convencido e aplaudiu com entusiasmo a actuação dos Massive Attack.

Foto @ Super Bock Super Rock
Foto @ Super Bock Super Rock

Este foi mais um grande dia no festival Super Bock Super Rock, onde o MEO Arena se encheu de alegria e muita festa. O Parque das Nações esteve, novamente ao rubro.


 


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