Crédito editorial: Kathy Hutchins / Shutterstock.com (ID: 2431424849) / Crédito editorial: Ground Picture / Shutterstock.com (ID: 1845592744) / (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

Sydney Sweeney confrontada por manifestante durante estreia de Americana

Sydney Sweeney não é apenas uma atriz, é um ícone em construção e, aparentemente, a mais recente vítima sacrificial da cultura do cancelamento.

A Hollywood dos últimos anos é um campo minado onde celebridades pisam ovos com botas de cowboy. Sydney Sweeney, estrela emergente de Euphoria e The White Lotus, sabe disso melhor do que ninguém. Mas nem mesmo ela previu que um trocadilho infeliz num anúncio de ganga a colocaria no centro de uma discussão sobre racismo, eugenia e política partidária. Assim, a estreia do seu novo filme, Americana, devia ser uma celebração. Mas tornou-se um palco para protestos.

Lê Também:
A polémica por trás da nova campanha de Sydney Sweeney

Um grito num bar de Hollywood

Sydney Sweeney Todos Menos Tu
Crédito editorial: Tinseltown / Shutterstock.com (ID: 2226852895)

No passado domingo, no Desert 5 Spot, um bar de temática country em Hollywood, Sydney Sweeney foi abordada por um manifestante anónimo que lhe atirou: “Parem com aquele anúncio, é racismo!”. Assim, a atriz ignorou o comentário, entrou no estabelecimento e posou sorridente ao lado de Halsey, sua colega de elenco. Mas o estrago já estava feito.

Assim, o anúncio em questão, para a American Eagle, brinca com a expressão “good genes” (bons genes), trocando-a por “good jeans” (bons jeans). Inocente? Talvez. Mal interpretado? Certamente. Mas o problema é que Sydney Sweeney é loira, de olhos azuis, e a frase, num contexto histórico carregado, foi lida como uma glorificação da eugenia. Assim, para piorar, descobriu-se que a atriz está registada no Partido Republicano desde 2024—o que, para muitos, “explica” tudo.

Pub

A reação foi imediata:
Doja Cat e Lizzo criticaram publicamente a campanha.
Lizzo postou uma foto com a legenda “os meus jeans são negros”.
Donald Trump defendeu-a: “Se ela é republicana, o anúncio é fantástico.”

Lê Também:
John Krasinski revela o futuro de A Quiet Place 3 após anos de silêncio

A linha entre o trocadilho e a propaganda

Sydney Sweeney Jeans
© American Eagle

Há uma ironia cruel no facto de um anúncio de ganga, um tecido historicamente associado à classe trabalhadora, se tornar um símbolo de divisão. Portanto, a American Eagle não é exatamente uma marca de supremacia branca; é uma empresa que vende calças a adolescentes.

Sydney Sweeney não escreveu o copy do anúncio. Não o realizou. A sua “culpa”, se é que existe, foi aceitar o trabalho.  Mas, nos dias que correm, celebridades são responsabilizadas não só pelo que fazem, mas pelo que outros projetam nelas.

E agora, Sydney Sweeney?

Sydney Sweeney não pediu para ser o centro desta tempestade. Logo, tal como muitas celebridades, ela é, antes de mais, uma profissional, faz filmes, grava anúncios, cumpre contratos. Mas, quer queira quer não, tornou-se um símbolo. E símbolos, sejam eles justos ou não, raramente escapam ilesos.

Assim, o que fica desta história? Que um trocadilho pode incendiar as redes sociais. Que a moda já não é apenas moda, é política, é guerra cultural, é identidade. E que, no meio disto tudo, há uma atriz que só queria promover umas calças de ganga.

Achas justo que um trocadilho num anúncio de ganga defina o carácter de uma pessoa? Deixa a tua opinião nos comentários.

Pub



About The Author


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *