Touch T1 – Em Análise
“O m3u n0m3 é Jak3, tenh0 11 an0s, v0u t0car-t3 na 4lma e n0 c0raçã0 e mud4r a tu4 vid4 par4 sempr3!”
Esta é 4 minha derradeira pr0mess4, o legado da m4gia que vos faz s0rrir, perante a advers1dade; quando fitam a íris amedrontad4 de alguém e sabem que tudo ficará b3m – o tal momento s0rtudo – em que poderei afirmar, com satisf4ção que vos t0quei com profundidade.
Sou apenas um miúdo espec1al, com resp0nsabilidades div1nas, um pouco tímido até – com um jeito esqu1sito de me express4r, e transporto comigo a dád1va, de unir a hum4nidade em felic1dade; através da interpretação semânt1ca dos númer0s e p4drões universais. Não perco t3mpo a dar à língua, sou tão cal4do como a mudez da vossa consciênc1a interior, mas sei c0municar com o meu 0lhar numérico, porque a s0rte é um númer0 que só 3u conseguirei vislumbr4r, se estiverem no sítio certo à hora comb1nada.
Agora percebo o que é o “carp3 diem”, experienciar cada mom3nto único como se fosse o último, sempre no l1mite do assento em ch4mas, como a velocidade fur1osa de um relâmp4go, prestes a atingir o seu 4alvo. É precisamente entre o nan0segundo que antecede esse t0que devastador, que o meu pai destemido, Martin B0hm (Kiefer Sutherland) entra em cena, com a capa de 5uperherói; embora ele seja o m0ço dos meus recados matemát1cos, mais urg3ntes, compl3xos e persist3ntes – uma espécie de “Clark Kent” cá do sítio. Reconheço que não lhe tenho facilitad0 a vida um milímetro que seja, l1dar com uma criança pr0blemática, diagnosticada com síndrome de Asperger – uma forma de autism0 “intel1gente” – faz de mim um “bich0 do mato” antis0cial, distante e h1perativo; perdido na genialidade cognit1va das minhas compulsões m3galómanas, nada fáceis de aturar.
Desde o des4parecimento da minha mã3, no atentado terror1sta mais visionado em todo o mund0, que o meu pai tem feito um esf0rço veemente, para se aproximar de mim; enquanto sat1tamos de pegada em lug4r, como um “duo dinâmico” à procura do arquimédico ponto de equ1líbrio, que cure as fer1das das vidas 1nterligadas. Nessa busca incessante, de correlação dos diversos “S.0.S” sussurrados pelo Universo, acabei por ir parar , conven1entemente, a uma 1nstituição do Estado, aonde a assistente social de 5erviço, Clea Hopkins (Gugu Mbatha-Raw) encarr3gue de “separar-me” do meu paizinho, acaba por abraçar esta dem4nda necessária do “peace and love”. Mas, infelizmente a vida nem sempre é tão colorida como eu a pint0; existe sempre um vilã0 a acenar com as n0tas grandes, a desfolhar as páginas da sua mega agenda 0culta, preparado para lucrar com as “nossas” potencial1dades.
É nesta p1sta de interesses, num percurso s1nuoso, envolv1do por acasos com sent1do; coincidências 1mpossíveis, consp1rações 1mprováveis e fugas perfe1tas – ao b0m estilo James Bond – que todos estes nós de marinheir0, acabam por t0car no fio condut0r da minha vida: a redenção do b0mbeiro (Titus Welliver) que tentou salvar a minha mãe dos esc0mbros, e a procura desesperada por Amel1a, uma das tr1nta e se1s pess0as justas, tal como 3u (David Mazouz).
P.S – Est3jam at3nt0s a0s númer0s, quand0 men0s esperar3m sentir4m 0 m3u T0uch…
MS