How to Get Away with Murder | Primeiras Impressões

 

Escrever textos de “Primeiras Impressões” pode revelar-se uma tarefa um tanto ou quanto ingrata. Não raras vezes assistimos a episódios-piloto mornos de séries que começam a meio gás, o que dificulta a tarefa de se escrever o que quer que seja sobre elas. Muitas precisam de tempo e espaço para crescer e nos conquistar. Outras desiludem-nos e arruinam logo à partida todas as expectativas que fomos criando em relação a elas. “How to Get Away with Murder” não é um desses casos.

How to Get Away with Murder

Criada por Peter Nowalk, a nova série da ABC desde cedo se tornou uma das mais promissoras da fall season 2014. Com a aclamada Shonda Rhimes a cargo da produção executiva, Viola Davis como protagonista e uma certeira campanha de marketing por parte do canal, “How to Get Away with Murder” tinha tudo para vingar.

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Após a aguardada estreia no AXN, deliberamos que o episódio-piloto de “How to Get Away with Murder” (“Como Defender um Assassino”) é considerado culpado…de nos prender ao ecrã do princípio ao fim! “How to Get Away with Murder” é intrigante e tem todas as características de uma série com o ADN de Shonda Rhimes: os ambiciosos e dedicados subordinados, o gladiador indomável por quem eles são capazes de fazer qualquer coisa, o sentido de humor, os discursos, o sexo, a conspiração, a ética a ir rapidamente “pelo cano abaixo”. Está lá tudo!

Annalise Keating – a personagem de Viola Davis – é o foco principal do episódio. Annalise é uma professora de Direito Criminal que utiliza o melhor método para ensinar: a prática do tribunal. Todos os anos a advogada escolhe quatro promissores alunos para que se juntem ao seu escritório de advogados e a ajudem a resolver os casos que vão surgindo. Wes Gibbins (Alfred Enoch), Connor Walsh (Jack Falahee), Michaela Pratt (Aja Naomi), Asher Millstone (Matt McGorry) e Laurel Castillo (Karla Souza), são os cinco jovens privilegiados. Com traços de personalidade bastante diferentes, têm em comum a ambição de quererem ser os melhores.

how to get away with murder

O elevado número de personagens, timelines e plots são suficientes para nos deixar intrigados e alguns, certamente, confusos. No entanto, todas as pequenas histórias estão interligadas com o mistério que serve de motor para a primeira temporada e que arranca logo no primeiro episódio.

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Com recurso constante a flashforwards dali a três meses percebemos logo desde início que algo de terrível aconteceu numa noite de festa Universitária. Quatro dos cinco estudantes de Keating envolvem-se num homícidio e decidem através de um “cara ou coroa” o que fazer com o corpo. Ao longo do episódio fomos tendo acesso a mais informações sobre o que aconteceu naquela noite, inclusivamente de quem é o corpo. À semelhança de um puzzle, cada episódio de “How to Get Away with Murder” irá fornecer-nos as peças necessárias para, aos poucos, deslindarmos o misterioso quebra-cabeças.

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How to Get Away with Murder

“How to Get Away with Murder” acompanha a tendência de diversidade racial das restantes séries de Shondaland. Nas séries de Shonda os atores de cor não são contratados com o único objetivo de existir diversidade; são-lhes atribuídos papéis reais e multidimensionais que não caem em estereótipos raciais.

A interpretação de Viola Davis está absolutamente de outro mundo. A sua intensidade e diálogo brilhante estão à altura de uma forte protagonista feminina. Annalise Keating é uma personagem riquíssima: se por um lado se mostra fria e direta, por outro demonstra uma grande camada de vulnerabilidade e sensibilidade. Só mesmo uma grande atriz como Viola Davis para conseguir equilibrar de forma magistral os dois pratos da balança e não fazer com que o público a odeie (será demasiado cedo para apostar na atriz na corrida aos Emmys?).

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Viola Davis

O restante elenco está impecável, com alguns nomes conhecidos como Liza Weil (“Gilmore Girls”, “Scandal”) e Matt McGorry (“Orange is the New Black”) a terem os seus momentos para brilhar. Shonda Rhimes não brinca em serviço e apostou de forma certeira nos desconhecidos. Destaque para Jack Falahee, o mordaz Connor, e para Alfred Enoch, o ingénuo Wes (mais alguém se recorda de Dean Thomas dos filmes de “Harry Potter”?).

Foi certamente ambicioso colocarem tantas cartas na mesa logo num primeiro episódio. Mas o que ajuda “How to Get Away with Murder” a não ceder diante do peso da sua própria narrativa é a diversão de assistir à série.

E vocês? Que impressões vos deixou este episódio?

 


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