Madagáscar 3, em análise

Título Original: Madagascar 3Realizador: Eric Darnell , Tom McGrath, Conrad Vernon

Vozes (VO): Ben Stiller, Jada Pinkett Smith, Chris Rock

Género: Animação, Aventura

ZON | 2012 | 93 min

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Os nossos quatro fugitivos favoritos estão de volta com a convicção que agora vão finalmente chegar a casa, ao jardim Zoológico em Nova Iorque. Agora longe de África e da famosa ilha de Madagáscar, Alex, Marty, Melman e Gloria passeiam-se pela Europa onde encontram novos personagens. As suas aventuras passam agora por um circo onde terão de conseguir fazer um espetáculo circense espantoso de modo a alguns produtores os levarem para um novo espetáculo, desta feita em Nova Iorque (onde finalmente poderiam regressar a casa).
“Madagáscar 3” marca o fim da história que ao longo de seis anos nos prendeu essencialmente pelo seu humor, e traduz-se quiçá, no melhor filme da trilogia.
Não tenhamos dúvidas que o argumento está longe de ser perfeito. A forma como certas passagens são contadas busca incessantemente a forma mais fácil, mais direta e mais previsível de contar uma história. Nota-se também que por diversas vezes, acontecem coisas importantes em curtos espaços de tempo e onde deveria ter acontecido precisamente o oposto. Contudo, “Madagáscar 3” é bom o suficiente para sermos capazes de omitir estes pequenos detalhes.

Desde logo destaque para o atraente e minucioso trabalho de animação computorizada que com cores fortes e expressões hilariantes, contribuem para que este “Madagáscar 3” seja um verdadeiro regalo para os olhos. Mas o visual ganha e muito com o uso da terceira dimensão que se faz sentir bastante nos números circenses e que se assume como um dos melhores usos do 3D do ano.

Há também novos personagens que possuem um caracter refrescante para esta trilogia e onde se destaca a malvada Captain Chantel DuBois numa composição imaculada daquilo que deve ser uma ‘vilã com V grande’.

A banda sonora de Hans Zimmer não é bestial mas encaixa-se tão bem que ganha uma dimensão maior. Com alguns hits pop, composições mais dramáticas e outras bastante cómicas (como a música “Afro Circus”), Hans Zimmer eleva consideravelmente a qualidade do filme.

Houve uma clara perceção que a trilogia deveria ser terminada com chave de ouro. E para isso contribuiu o final anti-cliché, que se caracteriza pela originalidade e mesmo contra o rumo de algumas passagens narrativas, não é previsível.

É justo dizer que atá ao momento “Madagáscar 3” é o melhor filme de animação do ano. E parece que a bilheteira reflete isso mesmo: 40 mil espetadores no primeiro dia de exibição tornam-no no melhor primeiro dia do ano e melhor primeiro dia de sempre para um filme de animação.