Prey (PS4) | Análise

Num futuro em que muita coisa corre mal, Prey é um angustiante jogo de sobrevivência que vai buscar inspiração a jogos como Bioshock ou System Shock.

Sendo um jogo que tenta, a cada instante, criar a sensação de que algo está a correr mal, Prey sustenta-se num design interessante e em cenários que conseguem em alguns momentos contar uma pequena história que torna o mundo mais coerente. É verdade que não consegue alcançar o brilhantismo, por exemplo, de Bioshock em termos de cenário e história, mas consegue deixar-nos com uma sensação de que estamos a compreender aos poucos o que ali aconteceu.

A narrativa começa bem, conseguindo agarrar a atenção do jogador com bastante mistério e algumas pistas promissoras. Infelizmente a meio o enredo perde algum peso, levando a que o jogo se torne durante muitas horas apenas num survival quando podia ser algo mais. Nesse aspeto o problema poderá ser originada por várias missões secundárias que não conseguem acrescentar muito ao enredo principal.

No entanto, na fase final o jogo volta a ganhar algum fulgor, apesar de não conseguir um final memorável, atinge uma coerência bem conseguida e lógica. As personagens acabam por não ser memoráveis e também se sente em muitos casos a falta de mais opções de diálogo. No entanto, temos de enaltecer as várias questões morais que iremos enfrentar e que alteram a história. O resultado é um jogo que ao prologar-se por mais de 30 horas, por vezes parece algo inconstante no seu enredo, mas que compensa com a sensação permanente de que estamos a ser observados e que iremos ser atacados. O ambiente tenso é o trunfo de um jogo que apresenta nuns momentos uma boa inteligência artificial, mas que falha noutros.

 

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Os nossos poderes são variados e bem pensados apesar de não trazerem nada de revolucionário ao género. A base da jogabilidade passa sempre pela exploração porque o combate não consegue destacar-se. Em termos de exploração devemos enaltecer o facto de existir sempre algo com que interagir em cada cenário. Existe muito para armazenar e usar mais tarde, nas mais variadas possibilidades.

Longe de ser um portento gráfico, Prey faz uma boa reutilização dos cenários, deixa-nos tensos durante todo o jogo e leva-nos a questões que nos farão pensar. Falha em alguns tempos de loading demasiado extensos e no geral é um jogo que não consegue marcar o género mas que vai melhorando aos poucos, graças a uma vertente mais estratégica e que se enquadra muito bem na tensão constante. Se gostam do estilo terão aqui uma boa opção que vos durará umas 40 horas “à vontadinha”.

 

Luís Pinto

 

HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor Philips BDM3275UP

Mobile:

  • LAIQ Glow
Prey

Game title: Prey

Game description: Num futuro em que muita coisa corre mal, Prey é um angustiante jogo de sobrevivência que vai buscar inspiração a jogos como Bioshock ou System Shock.

  • Enredo - 78
  • Jogabilidade - 82
  • Gráficos - 77
  • Som - 78
79

RESUMO

O MELHOR: Muito para explorar

O PIOR: Tempos de loading

EDITORA: Bethesda

PRODUTORA: Arkane Studios

PLATAFORMA PlayStation 4

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