The Expanse | Primeiras Impressões

O novo épico espacial do canal Syfy, faz-nos relembrar como a televisão por cabo já sentia saudades do sci-fi puro, mais científico e tecnológico de cariz futurista. “The Expanse” expande-se na nossa órbita gravitacional para fazer esquecer “Battlestar Galactica”.


The Expanse” aterra no nosso planeta como uma lufada de ar fresco há muito anunciada, mas tardiamente materializada. É certo que o canal mais “Syfy” da televisão por cabo tem exercitado uma ginástica de tesouraria para expandir o universo do sci-fi puro, mais científico e espacial, mas desde “Firefly” e o residente “Battlestar Galactica”, que não embarcávamos numa expedição extraterrena com tanto potencial de grandiosidade. Baseado na obra homónima de James S. A. Corey, o primeiro contacto com “The Expanse” é incisivo e mordaz, revelando um novo universo repleto de tecnologia avançada e conteúdo humano que grita por escrutínio e exploração.

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O confronto inicial dá-se cara à cara com uma tripulante do “Sculpi”, encarcerada num cubículo de paredes acolchoadas, aonde as moléculas de água e ar são mais vitais que o próprio ouro. Pelo menos é esse o paradigma do séc. XXIII e, é nesse contexto, que somos convidados a entrar pela traseira gelada do cargueiro voador Canterbury; só para assistirmos a uma cena de sexo sem gravidade, e à imposição da insígnia de Imediato a Holden (Steven Strait), que foge das patentes para não criar calo no espaço. Mas as atenções viram-se para um pedido de ajuda proveniente do “Sculpi”, daquele tipo de ajuda que cheira a tudo menos a isso, vocês sabem…

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Por seu turno, é no planeta Ceres que conhecemos a vibe punk do detetive Miller (Thomas Jane), que só usa um chapéu à Poirot para não molhar os folículos capilares com gotas de chuva, como se chovesse por aquelas bandas. Ele é convocado pelos patrões da “Star Helix Security” para investigar o paradeiro de uma jovem a monte, que serve de pretexto para o tour ao bloco rochoso frutífero em coisas esquisitas fora deste mundo, o nosso, qual mais poderia ser? É ali, naqueles túneis escarpados de asteróide, que os “Belters” reivindicam a sua condição de proletariado escravizado, enquanto a Terra estipula quem come e quanto come, quem respira e por quanto tempo. Eles são a função pública lá do sítio que alimenta o planeta azul e o vermelho, num triângulo de forças à beira do colapso social e institucional.

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The Expanse” possui todos os ingredientes para não se despenhar rapidamente como as mais recentes propostas do género, aglutinando um elenco respeitável com a edificação de uma nova conjuntura planetária que, não só investe na sua credibilidade visual com rigor e detalhe, mas promete passar a pente fino os meandros políticos que daí advêm. Talvez, “The Expanse” possa tornar-se no novo “Battlestar Galatica” ou talvez algo mais…

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MS


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