TOP Filmes 2016 | 5. O Caso Spotlight

O Caso Spotlight é o filme que voltou a tornar o jornalismo uma oportunidade de ouro para o cinema contemporâneo.


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Houve poucos filmes em 2016 que nos deixassem simultaneamente tão destruídos e arrebatados com a ode de Tom McCarthy ao jornalismo de investigação.

Michael Keaton, Liev Schreiber, Mark Ruffalo, Rachel McAdams, John Slattery, Brian d’Arcy James e Stanley Tucci compõem, facilmente, o elenco do ano que ajuda a (re)construir a história da equipa Spotlight do Boston Globe, na entrada no novo milénio, que descobriu uma teia de histórias de abuso e abafamentos no seio da igreja Católica.

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Sem concorrência que verdadeiramente lhe faça sombra, O Caso de Spotlight estabelece o padrão de ouro para o Cinema de jornalismo no séc. XXI que não é um mero exercício processual frio, mas acima de tudo uma experiência profundamente catártica que, ao contrário da esmagadora maioria dos filmes do ano, nos obriga a abrandar o passo e a atentar em cada passo cuidadoso da meticulosa investigação para que possamos entender a dedicação e coragem necessárias a esta equipa para, simplesmente, fazerem o seu trabalho.

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McCarthy orquestra a investigação com precisão cirúrgica, aplicando uma noção de ritmo inacreditável para um filme que contem cenas que se estendem por minutos e que versam sobre esse “lírico” tema que é o obstáculo da burocracia para aceder documentos selados pela justiça mas abertos para consulta pública. E, como que por magia, essas são genuinamente entusiasmantes.

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Tenso, meticuloso e pernicioso, O Caso Spotlight é a narração essencial de um escândalo contemporâneo. Mas o derradeiro e mais violento soco no estômago chega no final – porque não é, exatamente, um filme para se gostar. É um filme para enraivecer, para gritar. Para acordar e magoar. E como a respetiva reportagem que o inspirou e que não podemos esquecer: é um filme para nos mudar.

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