15 Filmes mais sobrevalorizados do século XXI | Argo (2012)

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A terceira longa-metragem de Ben Affleck deu direito a não um, mas três Óscars. Um deles foi mesmo o de Melhor Filme, e a nossa eterna questão será: porquê?

Os porquês, na prática, não são difíceis de responder. Viramo-nos para a velha história dos interesses Americanos e Argo garante automaticamente um lugar na fila da frente. Os interesses políticos são óbvios, e se a glorificação americana e a alienação do médio oriente estão presentes, então já temos meio caminho andando. É um paradigma triste, que pode estar a mudar para algo mais positivo e intervencionista.

No entanto, além da aversão às questões políticas existem também boas e sólidas justificações para considerarmos Argo um filme demasiado sobrevalorizado. A primeira é: artisticamente, não merece. Com uma história destas em mão era exigido um suspense e uma criação de emoções em montanha, algo que evoluísse, que tivesse um ponto de climax e que caminhasse com o drama mas não fosse consumido por ele. As personagens acabam por ser incoerentes, não chegamos a ter efetivamente uma noção verdadeira do que se passou porque o próprio guião o exagera. Peca no retrato das personagens e nas suas personalidades como um todo; no final terminamos com uma ideia de que os ‘maus’ não parecem maus e as vítimas são demasiado fracas

Em 2013, com concorrentes tão imponentes como Amor, Bestas do Sul Selvagem e até mesmo 00:30 Hora Negra (que apesar de político, não glorifica), será que era mesmo Argo que merecia levar o prémio absoluto da 85ª edição dos Óscares? A resposta é não. Na altura, e sempre.

Maria João Bilro

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