15 Filmes mais sobrevalorizados do século XXI | Django Libertado (2013)
“Django Libertado” foi um hit de 2013 mas será que foi merecedor dos vários prémios que arrecadou? E será ele assim tão original?
Um dos sucessos mais recentes do currículo de Quentin Tarantino, “Django Libertado” impulsionou (ainda mais) a carreira de Jamie Foxx, enalteceu a vontade dos fãs de ver Leonardo DiCaprio a conseguir um Óscar, elevou o nome de Kerry Washington e deu múltiplos prémios a Christopher Waltz, incluindo o Óscar de Melhor Ator Secundário na edição de 2013.
O argumento original, da autoria de Tarantino, recebeu igualmente múltiplas distinções incluindo o Óscar de Melhor Argumento Original, o Globo de Ouro e o BAFTA para a respectiva categoria. Não menosprezando no entanto os sucessos alcançados, não consideramos que o filme seja na sua essência um projeto transcendente e que tenha justificado todo o hype à sua volta. Originalidade? Nem por isso. O argumento é original, disso não duvidamos, mas a história em si acaba por cair nos mesmos clichés dos clássicos westerns, sem um plot twist em relação ao que o espectador já está à espera que vá acontecer.
Não se pode considerar que o filme não esteja bem montado e apelativo mas de Tarantino esperava-se diálogos melhores – fica muito longe dos standards “normais” do realizador e argumentista – e mesmo uma abordagem mais profunda às personagens, que por vezes deixaram até de ser minimamente interessantes, talvez também pela duração extensiva do filme.
E se fizermos uma boa retrospectiva do filme e dos seus 180 minutos, a memória que retiramos não é da personagem principal ou mesmo de Waltz, que venceu vários prémios, mas a épica cena que Leonardo DiCaprio bate na mesa e fica a sangrar.
Marta Kong Nunes