15 Interpretações que não podem ser esquecidas pela Award Season | Parte III

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Michael Caine – Melhor Ator por A Juventude

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É certo que Michael Caine não tem um rasgo digno de nota nem uma grande cena capaz de nos fazer dizer com assertividade “caraças, este rapazola devia ganhar todos os prémios, até aqueles para os quais não estiver nomeado”, mas o Michael Caine é genial no seu registo quase monocórdico em “A Juventude”. Uma interpretação que ‘fala baixo’, mas que faz sentir a sua presença pelo simbolismo patente em cada frame deslumbrante do filme de Paolo Sorrentino.  A sua última nomeação foi em 2002. Está mais do que na altura de o voltar a valorizar.

Rachel Weisz – Melhor Atriz Secundária por A Juventude

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No filme de Paolo Sorrentino, Rachel Weisz é a filha do maestro interpretado por Micahel Caine. É também ela o centro emocional do filme, protagonizando uma das suas maiores cenas. Deitada numa cama de massagem e coberta de lama terapêutica, Weisz debita um extenso monólogo onde confronta o seu pai com os seus defeitos paternos. Foi a primeira cena que gravou no filme, às 3h00 da manhã, e mal teve tempo de cumprimentar Michael Caine antes de entrar no set. Lembram-se de Anne Hathaway em “Os Miseráreis”? Rachel Weisz faz o mesmo naquela cena. As suas escolhas de carreira não têm sido as mais felizes, mas está na altura de acenar com respeito quando acerta. E aqui acertou em cheio.

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Katherine Waterston – Melhor Atriz Secundária por Steve Jobs

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Ninguém fala dela. Ninguém. Mas desde a primeira cena em que surge em “Steve Jobs”, que ficamos a pensar nela. Aliás, já pensávamos nela desde a sua fabulosa estreia no filme de Paul Thomas Anderson, “Vício Intrínseco”, mas aqui surge diferente. Mais emocional, mais dura e frágil… e menos sexy. Tem sido tratada como um elemento invisível no filme de Danny Boyle (onde só Kate Winslet e Michael Fassbender têm direito a brilhar), por isso pareceu-nos importante sublinhar o nome de Katherine Waterson.

Emily Blunt – Melhor Atriz por Sicario – Infiltrado

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A categoria de Melhor Atriz parece estar a rebentar pelas costuras, ainda haverá espaço para Emily Blunt? É bom que haja. O filme de Denis Villeneuve pertence-lhe por completo e ela devolve talvez a sua melhor interpretação. Pode não ser uma interpretação perfeitamente desenhada para agradar a Academia, mas é dona de uma emotividade pouco vista este ano.

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Benicio Del Toro – Melhor Ator Secundário por Sicario – Infiltrado

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Desde 2004 que não cheira uma nomeação e nunca pareceu reunir capacidades para se juntar à A-list de Hollywood e começar a lutar por prémios na categoria de Melhor Ator (as suas duas únicas nomeações são como secundário, onde ganhou “Traffic”). Agora regressa com mais um papel na linha daqueles que tem oferecido e não se sai nada mal. Mostra-se contido ao longo de todo o filme, mas explode no último terço. Será difícil ganhar o lugar, mas merece estar nas cogitações para tal.

 

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