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A Vida de Chuck – Análise

Depois do sucesso de “Doctor Sleep” e “The Haunting of Hill Hause”, Mike Flanagan surpreende com nova adaptação de Sphen King.

Stephen King não é só um grande autor, mas também aumentou a sua popularidade com as suas adaptações para o cinema e TV. E mesmo tendo uma maior popularidade no género Terror, as melhores adaptações das suas obras são, na verdade, dramas.

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Falamos de “Green Mile”, “Stand By Me” e “The Shawshank Redemption” que o IMDB considera como o melhor filme de sempre, com uma avaliação de 9.3. Nesse sentido, “Life of Chuck” entra diretamente para a lista de melhores adaptações de Stephen King.

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Esta obra tira inspiração de um conto de Stephen King que apresenta a história de Chuck em três atos, contados de trás para a frente. O filme conta com Tom Hiddleston, Mia Sara, Jacob Tremblay, Mark Hamill, Karen Gillan, Kate Siegel, Benjamin Pajak, Chiwetel Ejiofor e Annalise Basso no elenco.

A realização é de Mike Flanagan. O realizador está habituado ao cinema de terror e já trabalhou mais duas vezes com Stephen King, em “Doctor Sleep” e “Gerald’s Game”. Desta vez, aventura-se num drama, com elementos de ficção científica.

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Surpresa atrás de surpresa em A Vida de Chuck

Tom Hiddleston em A Vida de Chuck
©Cinemundo

A melhor forma de ver este filme é ir sem expectativas e com o mínimo de informação. Qualquer pequena informação poderá ser um spoiler e poderá estragar a mágica jornada que é “A Vida de Chuck”.

Todo o filme é uma constante surpresa. Começamos com o ato três, que se foca maioritariamente na personagem de Chiwetel Ejiofor. Desde o início temos referências a esta misteriosa personagem que é Chuck, mas é necessário abraçar a confusão inicial e ser surpreendido à medida que a história é revelada.


A narrativa não linear

A forma como a história é contada, numa narrativa não linear, obriga-nos a aceitar a descoberta, a ter paciência e aproveitar a jornada, tudo temas que também são abordados no filme.

Esta narrativa não linear, com três atos e um narrador que nos vai ajudando a descodificar o sentido do filme, traz uma criatividade e originalidade que não se vê todos os dias no mundo do cinema.

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Assim, enquanto uns poderão não apreciar a forma como apresenta os temas e mensagens que quer revelar. Outros irão adorar esta originalidade, a confusão inicial e a incrível mensagem e reflexão que “A Vida de Chuck” promove.


Um elenco fenomenal

Todo e qualquer ator deste filme tem uma prestação incrível e, sobretudo, essencial para contar esta história. Como o filme apresenta uma narrativa contada de trás para a frente, em que as personagens iniciais são cruciais para o entendimento do resto do filme, cada pequeno papel é muito importante e está muito bem representado.

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Tom Hiddleston é apresentado como a cara do filme, mas tenham atenção que a sua performance ronda a meia hora. Ainda assim, está fenomenal, principalmente num momento visceral que vos irá relembrar o icónico “La La Land”.

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Chiwetel Ejiofor é a primeira personagem que conhecemos no filme e a sua interpretação é uma das mais emocionais, e atenção que o que não falta é emoção neste filme. Mas Benjamin Pajak é um dos grandes destaques do filme. O ator de, agora, 14 anos, interpreta a versão mais jovem de Chuck, que acompanhamos no primeiro ato e deixa-nos completamente vidrados com a forma como consegue captar a nossa atenção.

Na sua essência, “A Vida de Chuck” tem uma mensagem simples, mas uma narrativa complexa. Faz paralelismo com a nossa própria vida e como nos esquecemos de aproveitar as coisas simples ao chegar à idade adulta.

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Tal como Tom Hiddleston partilhou numa entrevista à IGN, o filme representa a forma como cada uma das pessoas tem, dentro de si, infinitas possibilidades que não apresenta ao mundo exterior, uma coleção de multitudes.

Já leste esta obra de Stephen King?

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Conclusão

  • A Vida de Chuck é uma adaptação surpreendente e profundamente humana da obra de Stephen King. Fugindo ao terror tradicional, Mike Flanagan entrega-nos um drama sensível, com toques de ficção científica e uma estrutura narrativa ousada. Com interpretações marcantes e uma mensagem comovente sobre a efemeridade da vida e a beleza das pequenas coisas, o filme destaca-se como uma das mais originais e emocionantes adaptações de Stephen King até hoje.
Overall
9/10
9/10
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