Adolescence faz história e ultrapassa dois dos maiores sucessos da Netflix
Há séries especiais que conquistam o mundo inteiro sem pedir licença. E depois há o fenómeno que é “Adolescence”.
Nos últimos anos, a Netflix tem sido palco de fenómenos televisivos que redefinem o que significa “sucesso” no streaming. Mas raramente uma série limitada consegue, em apenas três semanas, infiltrar-se no panteão das produções mais vistas de sempre. “Adolescence” não só o fez como ainda está longe de terminar a sua ascensão. O que torna esta narrativa tão irresistível? E será que conseguirá desafiar até os gigantes do catálogo da plataforma?
“Adolescence” entra no Top 10 da Netflix em tempo recorde
Em menos de um mês, “Adolescence” garantiu um lugar entre as séries em inglês mais populares da história da Netflix. De acordo com os dados divulgados pela Deadline, a produção somou 30,4 milhões de visualizações entre 24 e 30 de março, elevando o seu total para uns impressionantes 96,7 milhões desde a estreia. Este número foi suficiente para destronar a segunda temporada de “Bridgerton” e empurrar “Stranger Things 3” para o décimo lugar.
A escalada, no entanto, não deve parar por aqui. Com apenas 98 milhões de visualizações a compor o sétimo e oitavo lugares (ocupados por “The Night Agent” e “Fool Me Once“), é quase certo que “Adolescence” ultrapassará ambas as produções dentro de dias. E, considerando que as posições seguintes do ranking giram em torno dos 100 milhões, a série tem ainda 72 dias de janela de estreia para consolidar o seu estatuto de fenómeno global.
O sucesso não se limita a um único território. A Netflix revelou que “Adolescence” entrou no Top 10 semanal em todos os 93 países onde o ranking é disponibilizado. Um feito raro, que coloca a produção no mesmo patamar de gigantes como “The Witcher” ou “Wednesday“.
O que torna “Adolescence” diferente?
Num mercado inegavelmente saturado de séries adolescentes, o que faz desta uma das mais vistas da história? A resposta pode estar na sua abordagem crua e sem filtros. Assim, ao contrário de muitas produções do género, que idealizam a juventude, “Adolescence” opta por uma narrativa visceral, explorando temas como a identidade, a pressão social e os conflitos familiares com uma intensidade raramente vista.
Assim, outro fator decisivo é o timing. Num período em que a ficção televisiva parece oscilar entre o escapismo fantástico e o drama histórico, “Adolescence” oferece algo diferente: um espelho da realidade contemporânea, sem edulcorações. E, como já se viu com “Euphoria” ou “Sex Education“, o público está faminto por histórias que não subestimem a sua inteligência emocional.
Por fim, há a questão do formato. Sendo uma série limitada, evita o desgaste narrativo que muitas produções enfrentam após várias temporadas. Cada episódio é uma peça essencial do puzzle, mantendo os espectadores envolvidos até ao último minuto. E, convenhamos, há algo irresistível numa história que promete—e cumpre—um final satisfatório.
Concordas que “Adolescence” merece o seu lugar entre os maiores sucessos da Netflix? Deixa a tua opinião nos comentários.
Já vi os 4 episódios de “Adolescence” e
concordo com alguma apreciação que
foi feita. Acho que o 1° episódio é o mais
chamativo e marcante. O 3° episódio também está muito bom, devido à
excelente interpretação do miúdo. No entanto, e após ter visto o 1° episódio,
esperava uma continuação diferente, para melhor. O 2° é o 4° episódios são um pouco entediantes.