Antevisão dos Óscares 2016 | O ano dos papéis femininos?

 

Dos 87 filmes que venceram o Óscar de Melhor Filme, apenas 13 giravam em torno de uma personagem feminina. A cerimónia do próximo ano parece prometer um avanço: dos possíveis candidatos ao prémio de Melhor Filme, seis têm uma mulher no papel principal.

A cerimónia dos Óscares de Fevereiro foi alvo de várias críticas, a maioria pelo facto de não promover a homogeneidade: nenhum ator de cor foi nomeado – David Oyelowo, o protagonista de “Selma”, título que conquistou os críticos, não foi escolhido – e apenas um filme com uma nomeação para Melhor Atriz estava na corrida para o ganhar o Óscar de Melhor Filme.

No entanto, segundo o Entertainment Weekly, a corrida deste ano parece caminhar na direção certa. A maioria dos filmes ainda não estrearam, mas até agora os candidatos ao Óscar de Melhor Filme inclui seis títulos com protagonistas femininas, três longas metragens sobre homossexuais ou personagens transexuais e duas com elenco multiétnico.

Trailer | “Carol”

De acordo com o site norte americano, o principal candidato é “Carol“. Passado nos anos 50, conta a história de amor entre uma socialite casada (Cate Blanchett) e uma funcionária de uma loja (Rooney Mara). O filme, realizado por Todd Haynes (“Longe do Paraíso”), estreou com grandes elogios no Festival de Cannes e arrecadou o prémio de Melhor Atriz para Mara.

Também na corrida aos Óscares, está um dos títulos mais antecipados do ano: “The Danish Girl“. Realizado por Tom Hooper (“O Discurso do Rei”), o filme tem o recém oscarizado Eddie Redmayne como protagonista, que dá vida a Lili Elbe, uma artista dos anos 20 que foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de redesignação sexual.

LÊ TAMBÉM: Eddie Redmayne e os incríveis novos posters de The Danish Girl 

O drama político protagonizado por Sandra Bullock, “Our Brand Is Crisis” (com a presença do “nosso” Joaquim de Almeida); o filme que defende a igualdade gay, “Freeheld“, protagonizado por Ellen Page e pela vencedora do Óscar de Melhor Atriz do ano passado, Julianne Moore; e “Suffragette“, a história dos direitos de voto das mulheres com Carey Mulligan, Helena Bonham Carter e Meryl Streep nos principais papéis, também são candidatos ao Óscar de Melhor Filme.

E claro, o novo filme de David O. Russell, “Joy”. Os últimos três títulos do realizador — “The Fighter – Último Round”, “Guia para um Final Feliz”, e “Golpada Americana” — foram candidatos ao Óscar. E desta vez com Jennifer Lawrence como protagonista, “Joy“, acompanha a vida de uma mulher empreendedora, durante três décadas.

Trailer | “Joy”

No entanto, os papéis femininos não ficam reduzidos a dramas. Entertainment Weekly destaca o thriller sobre o comércio de droga no México “Sicario“. Realizado por Denis Villeneuve (“Raptadas”), o filme é protagonizado por Emily Blunt, que interpreta uma agente do FBI, forçada a competir com Benicio Del Toro e Josh Brolin.

Lê Também:   Amanda Seyfried quer protagonizar Mamma Mia 3 ao lado de Sabrina Carpenter

Trailer | “Sicario”

Quanto aos candidatos ao Óscar de Melhor Filme protagonizados por atores, o meio de comunicação norte americano, realça “The Revenant“, com Leonardo DiCaprio a dar vida a um caçador; o western de Tarantino, “The Hateful Eight” – que reúne sete homens furiosos (como, Samuel L. Jackson, Kurt Russell e Tim Roth) num quarto com um criminoso capturado (Jennifer Jason Leigh) e espera para ver quem sai vivo -; e “Black Mass“, protagonizado por Johnny Depp, que dá vida a um assassino e informador do FBI.

LÊ TAMBÉM: Primeiro trailer de The Hateful Eight, o novo western de Quentin Tarantino

Mas as longas metragens com homens no papel principal não são todas de ação. Danny Boyle (“Quem Quer Ser Bilionário?”) e Michael Fassbender trazem-nos o novo filme sobre Steve Jobs; Steven Spielberg apresenta-nos o mundo da espionagem durante a Guerra Fria com Tom Hanks em “A Ponte dos Espiões“; e Ridley Scott tenta trazer Matt Damon do espaço em “Perdido em Marte“.

Lê Também:   Amanda Seyfried quer protagonizar Mamma Mia 3 ao lado de Sabrina Carpenter

Apesar desta divisão dos géneros, a Academia não diferencia as histórias protagonizadas por homens pelas protagonizadas pelas mulheres. A seleção é feita a partir de uma variedade de filmes que exploram a capacidade transformadora do amor, o poder transcendente da inteligência e a força destrutiva da violência.

Quais são as vossas apostas para a cerimónia de 28 de fevereiro?

 



Também do teu Interesse:


About The Author


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *