As heroínas de ação do séc. XXI
No Dia Internacional da Mulher e com Captain Marvel nos cinemas, aqui brindamos às inconformadas, às revolucionárias, às duronas, às humanas. Aqui brindamos às maiores mulheres guerreiras do séc. XXI!
Aquando da disseminação global do fenómeno “Mad Max: Estrada da Fúria”, duas questões ficaram imediatamente claras: a primeira é que George Miller tinha forjado um glorioso update da saga que criou há mais de 30 anos, concorrente até a ser um dos grandes filmes de ação dos nossos tempos; a segunda, e possivelmente ainda mais surpreendente… é que Max não era, sequer, o seu protagonista.
É que, não obstante ser ele a figura central do legado e até do grosso do material promocional, é Furiosa, a imponente Imperator de Charlize Theron, a inequívoca heroína de um filme que carrega uma poderosa mensagem, não feminista, mas pró-feminina.
E é esta feliz constatação que dá o mote à celebração das ainda poucas mas enormes heroínas de ação que o Cinema teve a genialidade de criar. Com Ellen Ripley a abrir as portas à “mulher de ação mainstream” no final dos anos 70 e início dos anos 80, foi apenas com a entrada no séc. XXI que a figura da mulher de armas ganhou contornos mais robustos numa indústria que continua profundamente sexista e intoxicada por disparidades várias.
Aqui brindamos às inconformadas, às revolucionárias, às duronas, às humanas. Aqui brindamos às maiores mulheres guerreiras do séc. XXI.
FURIOSA [in “Mad Max: Estrada da Fúria”, 2015]
A sua chegada pode ter sido recente, mas com a cabeça rapada, braço mecânico, pinturas de guerra espalhadas pela face e a conduzir uma imponente máquina de guerra, a Imperator Furiosa é já, facilmente, uma das mais badass e complexas heroínas de ação da história do Cinema. Forte e determinada, e nunca deixando que a condição de mulher deixe de ser uma das suas principais forças motrizes, Furiosa é uma Joana d’Arc do futuro pós-apocalítico com a brava missão de se redimir a si e a toda a humanidade.