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As Melhores Bandas Sonoras da Década de 2010 a 2020

Todos amamos cinema e música, por isso, desta vez decidimos navegar pelas melhores bandas sonoras que marcaram 2010 a 2020!

Diz o rigor que uma boa banda sonora tem de ser não só notada, mas sentida e reconhecida, ainda que, nos tempos que correm, a música de um filme sirva, na maior parte das vezes, para preencher o silêncio, não tendo em si outro grande propósito específico. A exemplo disto, basta-nos olhar para grande parte dos filmes de género que vão preenchendo as salas: um filme de acção terá uma banda sonora marcada por um ritmo rápido de percussão e um blockbuster de desastre tentará uma composição orquestral para dar aos efeitos especiais caóticos um tom épico. Os estereótipos estão todos lá, mas é seguro dizer que ao longo da história do Cinema as bandas sonoras que prevaleceram para além dos filmes que acompanharam foram aquelas que não se deixaram levar por “modas”. Felizmente, ainda hoje as há e nos últimos 10 anos não foram poucas as que desafiaram géneros e que ficarão certamente para a história. O que faz então uma boa banda sonora? A noção clara da sua presença. E assim sendo, por ordem cronológica…

“SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO”

VÁRIOS ARTISTAS

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© Universal Pictures

Povoada por faixas caracterizadas por uma produção low-fi, riffs a nadar em fuzz e reminiscências do rock indie, a banda sonora de Scott Pilgrim, é energética e caótica, transmitindo ao filme um ritmo frenético que combina com a montagem rápida e com o surrealismo absurdo da narrativa.




“A REDE SOCIAL”

TRENT REZNOR & ATTICUS ROSS

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© Colombia Pictures

Trent Reznor já tinha mostrado provas do seu talento nos icónicos Nine Inch Nails, uma banda de rock industrial onde os sintetizadores gostam de marcar a sua presença, por isso, quando se juntou a Atticus Ross para fazer a banda sonora do filme de David Fincher, a excelência não foi surpresa. Os sintetizadores continuam presentes, mas a música é mais suave e carregada de melodias que nos levam para a um sentimento de tristeza, mas ao mesmo tempo de alegria, introduzindo, também, algum mistério lá no meio. Toda esta ambiguidade, combina na perfeição com a duplicidade da história e a estética digital das músicas assenta que nem uma luva na temática do filme.




“TRON: O LEGADO”

DAFT PUNK

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© Disney

Conceituados artistas da cena house e dance francesa, os Daft Punk eram a escolha certa para um filme que se passa num mundo digital. A banda sonora de “Tron: O Legado” tem uma atitude muito própria, criada por instrumentais estimulantes que criam grandiosidade, presente nos momentos em que Daft Punk inserem engenhosamente melodias orquestrais pelo meio das melodias dos sintetizadores digitais.




“MILLENIUM 1: OS HOMENS QUE ODEIAM AS MULHERES”

TRENT REZNOR & ATTICUS ROSS

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© Colombia Pictures

“Os Homens que Odeiam as Mulheres”, é um conto negro, e um filme que trata de temáticas como o homicídio e o abuso sexual, teria de ter uma banda sonora à altura. Foi exactamente isso que Trent Reznor & Atticus Ross entregaram. Com uma estética sonora fria e industrial, os dois compositores criaram um álbum com instrumentais que realça o mistério do filme e melodias melancólicas que reflectem a dor das personagens, e que mergulham de vez ocasionalmente em mares de barulho, criando sons indecorosos e inesperados, que combinam na perfeição com a fealdade da história.




“VAI SEGUIR-TE”

DISASTERPIECE

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© Northern Lights Films

Disaterpiece é um nome relativamente novo no mundo das bandas sonoras, mas isto não significa que ainda esteja verde. Pelo contrário, a sua carreira começou em altas vibrações com “Vai Seguir-te”, um filme de terror que, à primeira vista, não tem muito para dizer, mas que no fundo do seu ser, está a transbordar de conteúdo. A banda sonora é composta maioritariamente pelo som dos sintetizadores, indo buscar uma inspiração clara à obra de John Carpenter, mas mantendo sempre um toque muito pessoal.




“EM PARTE INCERTA”

TRENT REZNOR & ATTICUS ROSS

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© 20th Century Fox

“Em Parte Incerta” explora o mal intrínseco presente nas relações entre pessoas e trata também, tal como o nome indica, da incerteza, da ideia de algo que parece ideal por fora, mas que é feio por dentro. Voltamos à parceira-maravilhar entre Reznor e Ross e David Fincher que reflecte exactamente isso: com música suave e um tanto melosa, mas sempre marcada por pequenos ruídos aqui e ali que se vão tornando mais audíveis a cada nota, até atingirem um ponto no qual a beleza das melodias leves é trocada por sons incomodativos que nos transmitem a sensação de que algo não está, definitivamente, bem.




“INTERSTELLAR”

HANS ZIMMER

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© Warner Bros.

Melodias simples marcadas por um órgão que ecoa num hall infinito, que só pode ser comparável à infinidade do espaço, cenário central do filme. A música é lenta mas grandiosa e quando o volume dos instrumentais explode, Zimmer dá aos planos das paisagens espaciais de Nolan toda uma nova dimensão e conseguimos sentir não só a profundidade mas também a imensidão e o vazio do espaço.




“OS OITO ODIADOS”

ENIO MORRICONE E OUTROS

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© Double Feature Films

Enio Morricone morreu no passado mês de Julho e foi sem dúvida uma das grandes perdas do cinema. “Os Oito Odiados” foi a sua última grande Banda Sonora e pode-se dizer que o compositor saiu pela porta grande. Tendo presentes todas as características que tornaram Morricone num dos grandes compositores de westerns, a música de “Os Oito Odiados” soa moderna, sem nunca se sentir que não se adequa ao período retractado. As melodias de sopros e cordas, acentuam o tom de mistério do filme, deixando-nos sempre com a sensação de que as personagens que estamos a ver não são de confiança e de que há um qualquer perigo escondido, algures à espreita.




“BATMAN V SUPER-HOMEM:O DESPERTAR DA JUSTIÇA”

HANS ZIMMER & JUNKIE XL

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© Warner Bros

Genericamente, a banda sonora de BVS, não difere muito das bandas sonoras tradicionais dos filmes de super-heróis, onde os instrumentais grandiosos e impessoais preparam um confronto de titãs, transmitindo a ideia de que algo épico se aproxima. Onde Hans Zimmer e Junkie XL brilham é nas melodias, mais compostas e complexas em comparação com o que estamos habituados neste género de filmes. Há aqui algo mais do que a simples história do herói vs vilão.




“GRAVE”

JIM WILLIAMS

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© Petit Film

Uma mistura assombrosa entre instrumentos clássicos e sintetizadores orquestrais que explodem no fim de melodias e que anunciam uma mudança que trará certamente a chegada de algo vil. Junta-se a ocasional visita de um órgão que dá à composição o tom fúnebre e chegamos a uma banda sonora que é simples, mas eficaz na sonorização do nosso maior medo: o de nós próprios.




“LA LA LAND: MELODIA DE AMOR”

JUSTIN HURWITZ

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© Summit Entertainment

Uma homenagem aos musicais clássicos europeus e americanos que povoam os cinemas nos anos 50 e 60, “La La Land” pega nas características que tornaram as músicas dessas obras icónicas e dá-lhes um twist moderno. Justin Hurwitz compôs um conjunto de faixas que são, no fundo do seu ser, divertidas, tal como um musical deve ser, mas também pejadas de sentimento. Os instrumentais “jazzy” têm um ritmo rápido e animado, reflectindo as cores vivas do filme e as letras tratam de passar a mensagem de perseverança que é tema central no filme.




“LINHA FANTASMA”

JONNY GREENWOOD

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© Focus Features

Na banda sonora de “Linha Fantasma”, os instrumentais são afiados e as melodias deixam escorrer a dor e a mágoa, características que podemos encontrar nas personagens do filme. Há dedos que dedilham notas agudas em violinos e uns outros tantos instrumentais que reflectem o glamour do universo fílmico. Jonny Greenwood criou uma banda sonora que, apesar de estar em harmonia com o filme, não se acanha em dar ar da sua presença.

Que Bandas sonoras adicionarias a esta lista?

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One thought on “As Melhores Bandas Sonoras da Década de 2010 a 2020

  • Deixar Cinema Paradiso de fora é um insulto!

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