Atriz de Star Wars no caminho para ser a nova Princesa Leia

A Força é forte nesta família Star Wars — mas será que essa mesma energia também flui entre os membros do elenco?

Num universo onde a tecnologia de deepfake e os stand-ins digitais já nos habituaram a ver rostos do passado a regressar ao ecrã, há uma personagem cujo legado permanece delicado: a Princesa Leia. A morte de Carrie Fisher em 2016 deixou um vazio impossível de preencher—ou quase. Porque, afinal, a saga já tem a atriz ideal para assumir o manto da líder rebelde, e ela não só está interessada como tem uma proposta que faria até George Lucas sorrir.

Vivien Lyra Blair quer ser a Princesa Leia adolescente

Quem acompanhou Obi-Wan Kenobi lembra-se bem da pequena Vivien Lyra Blair, que deu vida a uma jovem Leia com uma sagacidade que faria Carrie Fisher aprovar. Agora, a atriz não só manifestou interesse em voltar ao universo Star Wars como sugeriu uma abordagem que podia revitalizar o legado da personagem: uma série sobre os anos de adolescência de Leia, mergulhando na sua vida política, nos segredos da Rebelião e, sim, até num possível romance no meio das estrelas.

Num tom descontraído mas perspicaz, Blair explicou à Collider: “Quase sinto que podia ser muito divertido fazer uma espécie de Leia adolescente. Já disse noutras entrevistas, e houve quem respondesse: ‘Não, não precisamos disso.’ Mas precisamos, sim. Precisamos de menos Star Wars centrado em homens. Precisamos de mais mulheres, porque o universo precisa de heroínas fortes.”

A proposta? Algo entre “The Summer I Turned Pretty” e “The West Wing“, mas com sabres de luz e intrigas galácticas. Imagina: Leia no Senado Júnior, a equilibrar deveres políticos, rebeliões secretas e, quem sabe, um ou dois amores proibidos. Seria um risco criativo? Sem dúvida. Mas também seria a oportunidade perfeita para explorar um período quase ignorado nos filmes—os anos em que Leia deixou de ser uma princesa e se tornou uma revolucionária.

Por que esta recriação funciona

Recusar-se a recriar Leia por respeito a Fisher é compreensível—mas também limitador. Afinal, Star Wars sempre foi sobre legados, sobre passar o testemunho. E se há alguém que já provou conseguir capturar o espírito da personagem, é Blair. A sua performance em Obi-Wan Kenobi não foi uma imitação; foi uma reinterpretação, mostrando a coragem e a ironia que definem Leia desde 1977.

Claro, nem todos estarão convencidos. Alguns puristas dirão que nenhuma atriz pode substituir Fisher, outros argumentarão que a saga devia afastar-se dos Skywalkers. Mas a verdade é que há histórias por contar—e personagens como Leia merecem mais do que ser lembradas apenas através de arquivos digitais. Se Andor provou que Star Wars pode ser político, maduro e profundamente humano, porque não deixar Leia ter a sua própria saga de formação?

Além disso, Blair tem tempo a seu favor. Daqui a alguns anos, terá a idade perfeita para uma Leia entre os 16 e os 20 anos—justamente a fase mais rica da sua jornada. Se a Disney agarrar esta oportunidade com cuidado (e um bom guião), poderá não só honrar Fisher como apresentá-la a uma nova geração.

Acreditas que Star Wars deve recriar Leia, ou preferes que a personagem permaneça intocável? Deixa a tua opinião nos comentários.

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Vítor Carvalho

Licenciado em Estudos Artísticos – Artes do Espetáculo pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com foco em cinema e teatro, e uma especialização em Guionismo pela World Academy. Como redator na MHD, une o seu conhecimento acadêmico à paixão pela cultura pop e mídia visual. É guionista e atualmente está a trabalhar num livro de fantasia. Apreciador de cinema e artes performativas, tem experiência em edição de vídeo e ilustração digital 2D, o que enriquece a sua perspetiva crítica no entretenimento.

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