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Schitt’s Creek, primeiras impressões

“Schitt’s Creek” chegou ao TVCine Emotion a 19 de novembro pelas 22h10 depois de ter dominado nos Prémios Emmy em 2020 com 9 vitórias, inclusive Melhor Série de Comédia e diversas premiações no campo da representação. 

Apesar de já ter estado disponível durante algum tempo na Netflix, “Schitt’s Creek” chega agora pela primeira vez à televisão por cabo nacional numa altura chave depois de “limpar” a cerimónia dos Primetime Emmy Awards em 2020, levando para casa o prémio de todas as categorias principais de comédia, sem exceção. A série terminou este ano e começa agora a sua jornada nos TVCines.

Para assinalar uma vez mais a sua vitória nos Emmy e a sua chegada à televisão portuguesa em novembro, vimos os dois primeiros episódios da série e aqui deixamos algumas impressões iniciais para quem está agora a descobrir este conteúdo de fição pela primeira vez.

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Antes de mais, tempo para apresentações. Esta série foi criada por Eugene e Daniel Levy, pai e filho na vida real e que encarnam também esses papéis na trama. Este conteúdo pauta-se por um humor tradicionalmente canadiano, contando a história da família Rose. Estes excêntricos protagonistas são peixes fora de água, depois de perderem toda a sua fortuna devido a uma fraude financeira que lhes roubou milhões, o seu estilo de vida e a sua absurda missão.

Agora, a família vê-se forçada a mudar-se para uma pequena povoação, “Schitt’s Creek”, onde nada acontece. A pequena cidade, considerada como desprovida de valor pela auditoria oficial aos bens da família, é o único “bem” que lhes sobra e a sua suposta salvação. O pai comprou este pequeno sítio como uma piada há alguns anos, e nunca a visitou.

Johny Rose (Eugene Levy de “American Pie”) e a sua esposa Moira (Catherine O’Hara de “Beetlejuice”)  tentam manter o glamour de tempos que já lá vão. O magnata e a antiga atriz de novelas estão com pouca sorte. A viver num motel à beira da estrada e com dois herdeiros desesperados por fugir dali, esta família será colocada uma e outra vez ao teste.

“Schitt’s Creek” contabilizou seis temporadas que começamos agora a analisar, arrancando com os dois primeiros episódios. Em primeiro lugar é evidente que 40 minutos são insuficientes para atestar o potencial da série. À primeira vista este enredo simples e até algo recorrente, que explora o contraste entre hábitos luxuosos e a vida dos cidadãos comuns de uma pequena cidade remota, poderia parecer algo a descartar. Tal não é o caso.

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Esta comédia surge desde logo com bastante poderio. As quatro personagens centrais têm personalidades dominantes, as quais são identificadas depressa. O ritmo dos primeiros capítulos é ininterrupto e a dinâmica com as personagens locais depressa se começam a formar e a suscitar interesse no espectador.

A pequena cidade de Schitt’s Creek é exacerbadamente desprovida de interesse ou personalidade. Não é um pequeno lugarejo encantor e repleto de belas especificidades que o tornam especial. É mesmo um buraco no meio do nada, para que o contraste gritante se torne o mais absurdo (e cómico) possível.

O hostel à beira da estrada é no mínimo desesperante. Verdade seja dita, rico ou pobre, extravagante ou comum, ninguém no seu perfeito juízo teria interesse em dormir num dos quartos disponobilizados ou ocupar as zonas comuns. Não obstante, a família rica não é desprovida de humanidade e depressa começam a forjar laços com os novos intervenientes.

TRAILER | SCHITT’S CREEK NO TVCINE EMOTION A 19 DE NOVEMBRO

 

Talvez o exemplo mais interessante seja a interação com a rapariga que trabalha na recepção do motel. A obstinada Stevie (Emily Hampshire) começa desde logo a interagir de formas bastante distintas com todos os membros da família, especialmente com o filho David (Dan Levy), desenvolvendo-se uma picardia divertia e promissora entre os dois, a qual promete desde logo uma relação de amizade interessante. É também Stevie que leva os dois irmãos a começar a interagir com a comunidade que passava agora a ser a sua.

Por mais execráveis e mimados que os Rose possam ser, as suas pequenas idiossincracias, ataques de nervos e intransigências deixam logo a sua marca. Continuar a descobrir este mundo é imprescindível. Os dados estão lançados, como irá a família livrar-se desta nova vida? Alguma vez o conseguirão fazer? Estamos por cá à espera de descobrir.

“Schitt’s Creek” está já a ser exibida no TVCine Emotion, todas as quintas-feiras, e promete render os tele-espectadores à sua comédia de contrastes gritantes. 

Schitt's Creek, primeiras impressões
Poster Schitt's Creek

Name: Schitt's Creek

Author: Maggie Silva

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  • Maggie Silva - 80
80

CONCLUSÃO

É difícil, baseado em apenas dois capítulos, definir o potencial de “Schitt’s Creek”. Contudo, é certo dizer que, para uma série de comédia, tem a capacidade de captar a atenção e deixar o desejo de ver mais bem presente. O conteúdo cómico demora, frequentemente, bastante tempo para encontrar a sua voz. Certo é que ao longo dos anos a série terá, de certo, sofrido inúmeras mutações e manifestações evolutivas. Por agora, e ainda no início, é desde logo mais que suficiente com estes auspiciosos 40 minutos iniciais.

Pros

A dinâmica familiar e o contraste com a cidade e os seus habitantes;

O ritmo satisfatório e a rapidez em encontrar a sua “voz cómica”;

Cons

Demasiado cedo para começar a apontar o dedo, por agora é esperar para ver;

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