Depeche Mode cantam revolução numa noite onde a festa se fez, sobretudo, no Palco Heineken

Neste último dia do NOS Alive, os Depeche Mode partilharam as atenções com os Fleet Foxes e Cage The Elepahnt que tornaram o Palco Heineken demasiado pequeno para a multidão que se concentrou no palco secundário do festival.

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Em 2018, o NOS Alive decorre dias 12, 13 e 14 de Julho.

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The Black Mamba

Ainda o sol brilhava no Passeio Marítimo de Algés quando os Black Mamba abriram, pela última vez este ano, o Palco NOS. A banda portuguesa foi uma aposta segura já que, com a sua energia contagiante, conseguiram animar os muitos espetadores que começavam a chegar para mais um dia de festival.

Pedro Tatanka, vocalista da banda, começou por dar os parabéns à organização pelo festival e por ter escolhido bandas portuguesas para abrir o Palco NOS. Também elogiou  You Can’t Win, Charlie Brown e Pedro Bettencourt, por terem dignificado a música portuguesa com actuações exemplares.

Desde temas mais antigos: “I Want My Money Back” e “Rock Me Baby”, a temas mais recentes: “Sweet Lies” e “Under Your Skin”, os Black Mamba conseguiram agarrar bem um público que conhecia muitas das suas músicas.

Para o fim guardaram “Grey Eyes”, “Wonder Why”, onde confirmaram que estiveram à altura da responsabilidade que representa abrir o Palco NOS.

Black Mamba




Kodaline

Os Kodaline já conheciam bem os cantos à casa, uma vez que tinham estado no Alive há dois anos. Foram recebidos por uma grande multidão que os conhecia bem e que cantou as suas músicas. Conseguiram chamar à atenção ao terem exibido, em ecrãs gigantes, imagens que despertaram curiosidade, como uma girafa e cartazes com excertos de letras de músicas, ora num tom mais querido, ora provocador.

Os Kodaline têm vindo a ter cada vez mais fãs entre o público português e músicas como “Brand New Day” e “High Hopes” provocou-nos um arrepio no peito que nos fez desejar que ficassem sempre um bocadinho mais. Apresentaram, ainda, “Brother”, o novo single do terceiro álbum e ofereceram-nos um final delicioso com High Hopes, “Paging” e “All I Want”, enquanto um público fiel gritava em plenos pulmões estas canções.

Pelo meio, não se esqueceram de interagir com o público. “Divirtam-se no resto do festival”, despediram-se… “Voltaremos em breve”… e em Novembro cá os receberemos novamente.

Kodaline




Spoon

Quem esteve no NOS Alive ontem certamente que ficou surpreendido com a qualidade das bandas que passaram pelo palco Heineken, o palco secundário do festival que, sobretudo ontem, se revestiu de uma magia intensa, fazendo-nos esquecer, em alguns instantes, que também tocavam outras bandas em palcos distintos… Os Spoon foram uma dessas bandas, ainda que tenham tido um horário ingrato já que partilharam o tempo com os Imagine Dragons. Num concerto mais intimista, os Spoon trouxeram-nos sobretudo temas de Hot Thoughts e o público não poderia ter reagido de forma mais positiva. Muitas pessoas cantavam, e dançavam ao som de uma das surpresas da noite.

Sentiram-se como peixe na água num concerto que contou com os temas mais emblemáticos da banda e com a veia teatral de Britt Daniel. A energia em  “I Ain’t the One” e a intensidade em “Underdog” deu-nos ainda mais motivos para estarmos presentes no seu próximo concerto, em novembro. Pelo meio não faltaram temas como “I Turn My Camera On”, “Don’t You Evah”, “Don’t Make Me a Target” ou “Do You”. Ninguém ficou indiferente a esta actuação dos Spoon, nem mesmo Robin Pecknold, dos Feet Foxes que começou o concerto fazendo referência ao mesmo: “Um aplauso para os Spoon – what a great band!”

Spoon




Imagine Dragons

Os Imagine Dragons entraram em palco e tinham à sua espera uma multidão. Foram os primeiros, naquela noite, a conseguirem captar a atenção de um número tão grande de pessoas. Trouxeram-nos música e mensagens de paz: “Vivemos num mundo dividido que nos separa por raças, orientação sexual e religião. Há terroristas que nos querem impedir de vir a festivais. Acreditam nisso? Nunca vão conseguir. Não deixem isso acontecer”.  A plateia respondia com aplausos, enquanto acenava… Este foi o pontapé de partida para verdadeiros hinos pop que começavam a ecoar por todo o Passeio Marítimo de Algés. Primeiro Radioactive, seguindo-se On top of the world e Hear me. Tiveram sempre a companhia do público que cantava as suas músicas de forma entusiasta.

Conseguiram uma verdadeira proeza ao manter (quase) sempre o entusiasmo dos seus fãs. Mostraram-se felizes por estar em solo português, tecendo grandes elogios a Portugal. Também não se esquecem de elogiar os Depeche Mode, dizendo que era um privilégio para eles partilharem o Palco com “uma das melhores bandas da actualidade” e deixam adivinhar que o reencontro com Portugal estará para breve. Foram felizes e deixaram os seus (muitos) fãs, igualmente, felizes!

Imagine Dragons




Fleet Foxes

Não será, certamente, um exagero se dissermos que deram um dos melhores concertos desta edição do alive! Actuaram à mesma hora dos Depeche Mode e, como seria de esperar, este cruzamento de horários fez-se sentir mas quem ficou no Palco Heineken não teve motivos para se arrepender. Tocaram hinos como He Doesn’t Know Why, Mykonos ou White Winter Hymnal e apresentaram os novos temas de Crack-up. Mais do que competentes, deram um concerto absolutamente extraordinário que, certamente, irá ficar na memória dos fãs. Pelo meio a banda teceu elogios ao público do festival denominando-os como “o melhor da digressão”.

Vamos sempre lembrar-nos dos primeiros acordes “I am all that I need / Arroyo Seco / Thumbprint scar”, que nos deixou em êxtase. Quem lá estava sabe do que falamos. A plateia fundiu-se com a banda e dançou ao som de temas como Cassius, Third of May / Odaigahara, White winter hymnal e Helplessness.

Fleet Foxes




Depeche Mode

Passem os anos que passaram, os Depeche Mode conseguem sempre ser uma das melhores bandas de sempre. Spirit, o mais recente álbum, veio provar isso mesmo. Ontem, Dave Gahan foi o entertainer que conhecemos, ainda assim, talvez tenha faltado um pouco de entusiasmo da parte da banda para que o concerto fosse eternizado.

Conseguiram ter um alinhamento de excelência, encadeando de forma perfeita temas mais antigos com os mais recentes. Foram fantásticos mas talvez tenha faltado qualquer coisa que os fizesse ser gigantes. Em “Enjoy the Silence” e “Personal Jesus” tivemos a certeza de que o tempo não passou pelos Depeche Mode. Pelo meio, muitas mensagens políticas , desde “Going Backwards” a “Where’s the Revolution”.

Em “Cover Me” tivemos um cheirinho do mais recente trabalho da banda. “Home” abriu o encore que nos trouxe, um best of, com “Walking in My Shoes”, “I Feel You” ( com guitarras gigantes a servir de pano de fundo) e “Personal Jesus”, que fez abanar o Passeio Marítimo de Algés. Ficamos felizes mas, quem sabe se não poderíamos ter ficado ainda mais… Porque se a primeira noite foi dos The XX, a segunda dos Foo Fighters que deram o melhor concerto do NOS Alive 2017, a noite ficou marcado pela actuação dos Fleet Foxes e dos Cage the Elephant.

Depeche Mode




Cage The Elephant

Quando os Cage The Elephant entraram no Palco Heineken ainda os Depeche Mode estavam a actuar no palco principal. Mas, curiosamente, já por esta hora o palco secundário se tornava pequeno para acolher a multidão que aguardava pela banda. Com dificuldade conseguimos entrar na tenda e vimos Matthew Schultz a movimentar-se de forma energética por todo o palco. O público corresponde e dança freneticamente ao som da banda.

Os Cage The Elephant tem um amor correspondido por Portugal e isso foi mais do que visível neste concerto. Actuaram pela primeira vez no Paredes de Coura, em 2014, e desde então têm sido uma presença assídua em Portugal. O ano passado foram ao Coliseu do Porto e este ano encontrámo-los pelo NOS Alive, em mais um concerto memorável.

Ontem tivemos direito a, de rajada, Cigarette daydreams, Shake me down, Come a little closer e Teeth. O público delirou e aplaudiu quando o vocalista disse:  “É sempre especial quando cá vimos. Torna-se complicado irmos embora. Se calhar ainda nos mudamos para cá”.

Foi um concerto mágico numa noite em que o palco Heineken encheu completamente para testemunhar a grande actuação dos Cage The Elephant.

Cage The Elephant

 

 

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