Destiny (PS4) | Análise

 

 Destiny-Box  

  • Editora: Activision
  • Produtora: Bungie
  • Plataformas: PS4, PS3, Xbox One, Xbox 360

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Para muitos foi o jogo mais esperado do ano e no primeiro dia de vendas gerou 500 milhões de dólares em receitas. Destiny é a aposta da Bungie para as multiplataformas, tenta afastar-se um pouco do nome Halo e trazer algo de revolucionário. Com expectativas altíssimas, será que corresponde, ou serão essas expectativas a matar o jogo?

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Para começar, sendo o que “salta logo à vista”, Destiny é um portento gráfico, não só tecnicamente falando mas também com um design que nos maravilha com facilidade. A sensação de profundidade e imensidão ajudam a que entremos num jogo que apresenta cenários variados, exóticos e coloridos, sendo fácil ganhar vontade em explorar a lua ou os nossos planetas mais conhecidos, como Vénus e Marte. Ainda na parte gráfica, a ação, quase sempre frenética, nunca sofre qualquer arrastar, e mesmo com o nosso ecrã cheio de outros jogadores e vários inimigos, não sentimos que Destiny tenha falhas que devam ser apontadas na componente gráfica. O esforço (e o dinheiro) da Bungie está aqui bem explorado, tornando este jogo num dos jogos mais bonitos que já jogámos.

Passando para a parte sonora, aqui Destiny está perto da perfeição. A banda sonora é um verdadeiro luxo, ao nível de grandes obras primas que esta indústria já recebeu e os efeitos sonoros estão ao nível da componente gráfica, ajudando a que o ambiente de ação esteja sempre no topo do que podemos receber da nossa consola. O trabalho de vozes também é bom, apesar de não estar no mesmo patamar que a restante componente sonora, mas devemos destacar algumas vozes bem exploradas e claro, Peter Dinklage (Tyrion de A Guerra dos Tronos) que consegue encaixar bem na sua “personagem”. Infelizmente outras personagens sofrem com o fraco enredo e perdem o seu fulgor.

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Em relação à jogabilidade, podemos afirmar que a Bungie tem “muitos anos de treino” com Halo. A jogabilidade está perto da perfeição em todos os momentos do jogo, quer seja ao explorar um terreno, a pilotar uma nave ou a disparar contra inimigos. Existe a noção, constante, de que controlamos plenamente a nossa personagem e apenas a “repetitividade” que o jogo obriga é que nos retira a possibilidade de dizermos que estamos perante uma jogabilidade perfeita.

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E é essa “repetitividade” que retira a Destiny o brilho que devia ter, juntamente com um enredo que, não sendo desastroso, não oferece nada ao jogo. Aliás, a história é de tal forma secundária que nem irão recordá-la no fim, e porquê? Porque Destiny não é, nem tenta ser, um jogo single player onde caminhamos por um enredo. Destiny é, por muito que custe a alguns, um jogo multiplayer, e provavelmente o melhor para a nova geração de consolas na sua componente social.

Com um enredo que dura umas 15 horas, e que depois nunca mais repetimos, Destiny ganha um novo fulgor quando percebemos que este é um jogo multiplayer. É este o segredo de Destiny: a entreajuda entre os milhares de jogadores espalhados por estes planetas que têm objetivos comuns. Destiny, que apresenta uma das melhores inteligências artificiais alguma vez feitas, consegue colocar-nos à prova com uma regularidade que nos irá obrigar a construir estratégias com parceiros que encontremos ou amigos que convidamos.  E é assim que aos poucos nos apercebemos da realidade: Destiny não é o “portento monstruoso” que prometeu ser, mas é o jogo que melhor aproveita a bandeira desta nova geração, e essa bandeira é o jogo em comunidade.

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Com os lucros à vista, Destiny tem margem para evoluir, receber atualizações e tornar-se num jogo que será jogado durante muito tempo. Com uma excelente base, muitas armas e armaduras e mesmo muito para explorar, Destiny deve ser jogado em conjunto e a Bungie teve em conta vários fatores, como um bom sistema de progressão, menus acessíveis, boas possibilidades de deslocação que nos permitem conhecer vastos cenários e, claro, um normalizar de danos entre jogadores veteranos e iniciados, para que não seja impossível a um estreante competir com um veterano no nível máximo.

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Resumindo, Destiny não é o que estávamos à espera. É algo diferente, único no que tenta alcançar, e nesse aspeto é muito bom. Destiny é o melhor jogo social da nova geração e deve ser aplaudido pelo enorme salto, arriscado por sinal, que tenta executar. É verdade que tem falhas e em alguns aspetos é um jogo banal, mas noutros é muito bom, tem um potencial verdadeiramente grande e acreditamos que nos próximos meses continuará a melhorar, e muito!

Pontos fortes:

  • Excelentes cenários e graficamente fantástico
  • IA muito boa
  • Fortíssima componente multiplayer
  • Banda sonora de luxo
  • Jogabilidade muito apurada
  • Obriga-nos a uma entreajuda que nos vicia

Pontos fracos:

  • Enredo fraco
  • Nas primeiras horas é repetitivo, principalmente quando não estamos acompanhados

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3 thoughts on “Destiny (PS4) | Análise

  • Parabéns pela análise. Foram dos poucos sites que realmente conseguiram ver o que este jogo é. Continuação de bom trabalho!

  • mais uma excelente análise de jogos como sempre! parabéns pelo trabalho e vejam mais análises de jogos e passatempos!

  • Destiny é um jogo que nem todos gostam Também lhe dou um 8 e acho indecente alguns sites darem notas tão baixas. apreciei muito esta análise e para mim a MHD é o grande local das críticas de jogos. Esta é a primeira vez que escrevo aqui porque acho que este jogo merece um texto como o vosso e nem toda a gente percebeu o que este jogo oferece de único.

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