Diablo III: Reaper of Souls (PC) | Análise

 

 72915491EU_D3_ROS_SE_SLIPCASE.indd  

  • Editora: Blizzard
  • Produtora: Blizzard
  • Plataformas: PC

Classificação  [starreviewmulti id=8 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’]

 

A série Diablo marcou uma geração, principalmente com Diablo II, criando uma legião de fãs que se manteve durante anos à espera do regresso do colosso. Com Diablo III houve uma mistura de sensações, entre euforia e desilusão, não por o jogo ser mau, longe disso, mas porque foi vítima de um nível de exigência que nenhum jogo poderia atingir.

screen4_large

Diablo III é um excelente jogo e aqui recebe a sua primeira expansão. Diablo III: Reaper of Souls melhora o jogo original em vários aspetos, principalmente nas opções que oferece, sendo de assinalar o modo Adventure. Começando por este modo, teremos pela frente o desafio de concluir várias bounties em diversos actos, recebendo a recompensa, que poderá ser ouro e experiência, entre outros prémios. Mas o vício está em ganhar fragmentos que nos darão acesso a zonas com novos monstros e recompensas em níveis aleatórios. Viciante!

screen_large

Em termos gráficos está muito bom, não só no design, sempre muito bem conseguido, mas também a nível técnico, e se tiverem um bom computador, irão presenciar momentos de esplendor gráfico, muito graças ao elevado número de inimigos que nos ocupam o ecrã. A ação é constante, sempre com bons efeitos de luz/sombra, muita cor e sangue,  e claro que era pedido que o jogo não apresentasse quebras de frame rate, e nota-se o bom trabalho da Blizzard em conseguir ter um jogo sempre constante, aumentando a intensidade. Esta expansão não vos dará descanso!

Este pack traz ainda uma nova classe e a possibilidade de aumentarmos o nível na nossa personagem até 70, estando, também aqui, mais um motivo para continuar a jogar. É interessante ver como as novas opções para a nossa personagem tornam o jogo mais competitivo e viciante, com muito para evoluir e descobrir durante o jogo. Serão várias as horas que passaremos com a nossa personagem, pois é essa a magia desta série. Mas um bom personagem precisará sempre de um vilão à altura, e aqui a Blizzard esteve em grande! Não querendo divulgar nada da história, preparem-se para um vilão que dá prazer enfrentar, proporcionando uma batalha final de grande nível e um enredo interessante, mesmo que esse vilão não apareça muitas vezes.

screen2_large

Também de grande nível é a intro, com uma cut-scene de luxo, no topo do melhor que existe graficamente, e que marca todo o jogo, deixando-nos a suspirar por mais. E é nesse espírito que avançamos por um jogo que se torna gradualmente mais difícil até ser um verdadeiro desafio que os fãs de Diablo irão certamente desfrutar e que nos motivará a alcançar o nível mais alto com o nosso personagem.

screen3_large

Com um bom enredo, mas que sendo uma expansão não pode ter o impacto de um jogo original, a estrutura linear no jogo empurra-nos a evoluir e é impossível deixar o jogo parado. A essência de Diablo continua presente, e em grande. A componente sonora continua muito boa, como sempre, tanto na banda sonora como nos efeitos durante as batalhas (e são muitos efeitos, com momentos em que tudo à nossa volta vibra com tantos inimigos a rodear-nos) e se tiverem um bom sistema sonoro, este jogo ganha um ambiente único. Esta é uma expansão para os fãs e devemos dar o mérito à Blizzard por isso. Agarrou no que Diablo III tinha e melhorou-o. O jogo é negro, é intenso e é viciante. Se são fãs da série e desejavam uma expansão mais sombria e com tudo o que a série sempre vos deu, então os vossos desejos foram realizados.

Pontos fortes:

  • Excelentes cenários
  • Componente sonora
  • Excelente vilão
  • Negro e intenso

Pontos fracos:

  • Sincronização de faces e vozes continua com alguns problemas

Para saberem mais sobre o jogo, cliquem aqui.

LP


Também do teu Interesse:


Lê Também:   Leves, confortáveis e com qualidade Sony mas para... PC

3 thoughts on “Diablo III: Reaper of Souls (PC) | Análise

  • Primeiro: excelente artigo.

    Segundo: discordo quanto ao facto que o jogo foi sujeito a um nível de exigência muito elevado, a comunidade de fãs esperava uma sequela tão boa ou melhor que o seu antecessor, e não foi isso que a Blizzard entregou no início.

    Muito disso se deve ao facto de a equipa original do jogo ter abandonado a empresa e o projecto, devido a divergências quanto a aspectos particulares do jogo.
    Quem pegou no jogo claramente não era experiente em ARPG’s e transportaram muitas mecânicas de WoW para Diablo que não são particularmente famosas para quem goste de costumizar os personagens, nomeadamente as propriedades nas armaduras(VIT, STR, INT, etc) que substituem a necessidade de gastar os antigos “stat points” que se ganhava quando subíamos de nível em D2, bem como os skills que são progressivamente desbloqueados, em vez de serem escolhidos a partir duma árvore, como era tradicional.

    Algumas features que tinham sido prometidas no arranque foram adiadas (PVP, Mystic), o que fez os potenciais jogadores ficarem um bocado incrédulos e alarmados, aliado ao facto do jogo ter sido anunciado em 2008 e ter demorado 4 anos!! a ser lançado (devido aos tais problemas com a equipa original) deu pouca margem de manobra aos devs, que tiveram de lançar um produto, na minha opinião, inacabado em certos pontos, que tiveram de penosamente polir ao longo destes dois anos.

    Para rematar, a Real Money Auction House, cujas intenções eram as melhores, falhou redondamente, menos para aqueles que conseguiram não só pagar o jogo como ainda ganhar mais uns trocos para além disso. A economia do jogo foi inundada pelo vício dos leilões e isso reflectiu-se nas drop rates do loot, já para não falar na sensação de “pay2win” que se criou. Ter sido retirada no último patch é a prova de que a RMAH estava a matar o jogo, pelo menos para uma parte da base de jogadores.

    Posto isto: Diablo 3 é um excelente jogo? É, mas fica um bocado aquém do seu predecessor, principalmente no que toca à essência da série, que parece um bocado diluída. Será consequência dos tempos? Estaremos nós, os jogadores mais velhos, a ver o passado com lentes cor-de-rosa? É possível, mas a expansão vem colmatar as falhas e , espero eu, fazer voltar a série Diablo à sua glória antiga.

  • Como grande fã da série devo dizer que concordo com a MHD.Parabéns pela análise que acho que está muito bem estruturada e sem ser muito grande explica o essencial e não revela as surpresas.
    O Diablo 3 sofreu com as expectativas, mas também é verdade que muito é culpa própria por terem prometido tanto, por isso também concordo com o comentário do Júlio.
    A parte dos leilões foi a falha e lembro-me que falaram sobre isso na vossa análise ao jogo original.Acho que o Diablo 3 tentou actualizar-se no tempo porque demorou muito a sair e então aproximou-se do WoW em alguns aspectos mas continua fantástico e isso é que interessa.

    Parabéns à MHD pelas reviews aos jogos.

  • Olá Jorge e Júlio.

    Concordamos com as vossas opiniões. Na nossa opinião, Diablo III sofreu pelo enorme poder que teve no passado e muitas promessas que foram feitas. A juntar a isso esteve todo o efeito internet que aumentou ainda mais as expectativas sobre algumas promessas num jogo que tardava em aparecer. Mas retirando tudo o que desejávamos para Diablo III, a verdade é que o jogo é muito bom, apesar de perder alguma raízes. Se voltará à sua anterior identidade, talvez, e esta expansão parece indicar tal, mas teremos de aguardar para ver se a Blizzard vai atrás da evolução e sucesso de alguns jogos, ou se se consegue manter fiel ao que já criou.

    Obrigado pelos vossos comentários!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *