Operadora com preços baixos enfrenta contratempo a pouco tempo de chegar a Portugal

A Digi chega a Portugal no máximo até ao final do ano, sendo que a ANACOM aponta para novembro. Porém, há novidades e não são as melhores… 

Sumário:

• É certo que a Digi vai chegar a Portugal no segundo semestre de 2024, sendo novembro a data apontada pela ANACOM;
• Porém, no que diz respeito ao serviço de televisão, a operadora já enfrenta uma dificuldade de relevo;
• O acordo com a Media Capital (dona da TVI e CNN Portugal) está longe de estar próximo e até motivou queixa na ERC.

Não é segredo que a Digi está a poucos meses de chegar finalmente a Portugal. De acordo com Sandra Maximiano, presidente da ANACOM, a expectativa é que, o mais tardar, chegue em novembro. Em maio, ficou-se a saber que vai mesmo ter serviço de televisão. Esta era uma pergunta frequente entre os nossos estimados leitores, o que demonstra o grande interesse e burburinho que a Digi tem gerado.

Além disso, também foi comunicado que já beneficiaria do “direito de utilização de recursos de numeração para a oferta do serviço telefónico em local fixo” em várias regiões, nomeadamente Coimbra: 23920xxxx, Faro: 28921xxxx, Pombal: 23668xxxx, Portimão: 28264xxxx, Santarém: 24302xxxx, São João da Madeira: 25634xxxx e Viana do Castelo: 25859xxxx.

As queixas da Digi e a garantia da Media Capital

Contudo, conforme dá conta o ECO, nem tudo parecem ser boas notícias para a operadora romena. Isto porque estará a ter dificuldades em chegar a acordo com a Media Capital, grupo que detém a TVI. O caso já foi mesmo parar à ERC (Entidade Reguladora das Comunicações). “Comportamento abusivo […] condições comerciais discriminatórias em relação às impostas aos seus concorrentes” e um “preço de venda não equitativo”, são as principais queixas do player.

A Media Capital garante que as condições propostas à Digi são “absolutamente razoáveis”. Fonte da empresa vai mais longe e afirma que “recusa liminarmente a possibilidade de entregar os seus canais televisivos a um distribuidor que os desvaloriza, e que pretende instrumentalizar a intervenção do regulador com o único objetivo de obter condições comerciais favorecidas relativamente aos seus concorrentes em Portugal. No final, a ERC deliberou em desfavor da Digi.

O que se sabe sobre os valores

Ainda que não sejam públicos os valores que serão cobrados pelos diferentes serviços, os preços praticados em Espanha fazem com que possamos inferir que também no nosso país serão as tarifas serão abaixo daquilo que tem sido normal no atual mercado das telecomunicações. Assim sendo, a título de exemplo, um cartão SIM com 10 GB de dados móveis e chamadas ilimitadas e 500 Mbps de Internet custa 20 euros mensais.

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Tomás Cascão

É Mestre em Media e Jornalismo pelo ISCTE e Jornalista com carteira profissional desde 2020. É Jornalista na Nova Gente, tendo passado antes pelo Portal de Notícias Impala. Marca presença na MHD desde 2022 e atualmente assume o cargo de redator, Coordenador de Tecnologia e Coordenador Geral. Escreve sobre uma grande variedade de assuntos, desde tecnologia a cinema e televisão. Netflix, WhatsApp, Waze ou Google Maps são alguns dos principais interesses.

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