Disney anuncia novo filme original do realizador de Moana 2
A indústria do cinema tem aquela mania deliciosa de guardar cartas na manga, como um ilusionista que só no fim tira o coelho do chapéu. A Disney, claro, não é exceção. No meio de tantos remakes, continuações e universos partilhados, o estúdio resolveu puxar um ás inesperado na D23, o evento que serve de parque temático para fãs e jornalistas sedentos de novidades. O resultado? Um anúncio que promete mexer com a fórmula habitual, mas também levantar sobrancelhas.
O que é afinal Hexed?
Foi durante o Destination D23, em Orlando, que a Disney largou o feitiço. O novo filme original chama-se Hexed (“Enfeitiçado” quando feita a tradução) e chega aos cinemas no outono de 2026. O enredo já foi partilhado nas redes sociais oficiais do estúdio: acompanha um adolescente excêntrico e a sua mãe, que descobrem que a sua “estranheza” é afinal magia oculta. Essa descoberta abre-lhes a porta para um mundo onde a magia não é reprimida, mas corre livremente.
Para quem conhece o catálogo da Disney, a proposta soa quase como uma fusão de Encanto com Doctor Strange, mas com uma pitada de humor adolescente e drama familiar. Não é uma adaptação, não é uma sequela, algo que, convenhamos, já merecia palmas só por isso.
Nas redes sociais, as reações foram imediatas. Muitos fãs celebraram a aposta original, enquanto outros não resistiram a deixar os clássicos pedidos por mais continuações de Carros ou Frozen (porque aparentemente ninguém se cansa de cantar “Let It Go”). A Disney não confirmou elenco, mas já sabemos que os realizadores vão ser Josie Trinidad e Jason Hand. Sim, as mentes por trás de Zootopia+ e de Moana 2 respetivamente.
Porque é que a Disney está a apostar em histórias originais?
A grande questão: porque arriscar? A resposta pode estar na própria identidade do estúdio. Nos últimos anos, os remakes em live-action, de O Rei Leão a A Pequena Sereia, renderam milhões, mas também críticas pesadas pela falta de ousadia.
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Ao apostar num título original, a Disney tenta equilibrar as contas: de um lado a bilheteira garantida pelos franchises, do outro a necessidade de mostrar que ainda consegue inventar histórias novas, capazes de surpreender um público cada vez mais fragmentado.
No fim, a pergunta fica no ar: será que Hexed vai mesmo enfeitiçar o público ou ficará como mais uma nota de rodapé numa lista interminável de estreias? A Disney lançou o feitiço. Agora resta-nos esperar para ver se pega.
O que esperar de Hexed até 2026?
Até 2026, teremos muito tempo para especular. A Disney sabe jogar este jogo: lança a primeira pedra e depois deixa-nos a debater em fóruns e redes sociais. Mas alguns pontos já são claros. Primeiro, a estética. Se seguirmos a tradição, podemos esperar um visual vibrante em 3D e um design de mundos paralelos que tenta concorrer com a fantasia moderna do cinema.
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Segundo, o tom. O estúdio descreve o protagonista como um “adolescente excêntrico”, o que sugere humor, mas também aquela pitada de drama que funciona tão bem em produções como Luca ou Toy Story. E terceiro, o impacto. Se resultar, Hexed pode dar início a uma nova saga para o catálogo da empresa que já precisa desesperadamente de diversificar a sua magia.
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Claro que há o risco contrário: que a novidade seja engolida pela onda de continuações já agendadas, como Zootopia 2 ou Frozen 3. Mas é precisamente essa coragem de arriscar que pode distinguir este filme. Acreditas que Hexed pode ser o próximo grande sucesso da Disney ou é apenas pó mágico a disfarçar falta de ideias?