Elizabeth Olsen deseja voltar ao cinema, mas há uma condição
Elizabeth Olsen voltou a falar sobre o estado do cinema moderno, mas desta vez, as suas palavras soaram quase como um manifesto.
A atriz norte-americana, que muitos ainda associam à poderosa Scarlet Witch do Universo Cinematográfico da Marvel, revelou numa nova entrevista à InStyle que já não aceita participar em filmes de estúdio sem ter esta condição garantida.
Elizabeth Olsen deixou de fazer filmes só para streaming?
Em conversa com a InStyle, Elizabeth Olsen explicou sem rodeios a sua nova regra de ouro: “Se um filme for feito de forma independente e acabar por ser vendido a uma plataforma, tudo bem. Mas eu não quero fazer algo em que o streaming seja o objetivo final.”
É uma frase simples, mas cheia de implicações. Assim, para Elizabeth Olsen, o ato de ver um filme é um ritual coletivo, um encontro social que o streaming tende a eliminar. “Acho importante que as pessoas se juntem como comunidade, que vejam outros humanos, que partilhem o mesmo espaço. É por isso que gosto de desporto. É poderoso quando as pessoas se unem por algo que as entusiasma.”
Mas a atriz não está sozinha nesta nostalgia por salas escuras e ecrãs gigantes. Realizadores como Christopher Nolan e Denis Villeneuve têm defendido o mesmo: o cinema precisa de existir fora do sofá. E embora Elizabeth Olsen tenha começado em produções independentes como Martha Marcy May Marlene (2011), o seu tempo na Marvel deu-lhe uma perspetiva única sobre o que significa reunir milhões numa mesma sala, literalmente.
Depois da Marvel, o que move Elizabeth Olsen?
Desde Doctor Strange in the Multiverse of Madness (2022), Olsen tem feito escolhas que a afastam dos grandes estúdios. Participou em His Three Daughters (2023), exibido pela Netflix mas com direito a uma estreia limitada nos cinemas, e filmou The Assessment (2024).
Agora, prepara-se para protagonizar “Eternity”, da A24, um estúdio conhecido por defender o cinema autoral e o lançamento tradicional nas salas. Portanto, o filme, com Miles Teller e Callum Turner, é uma comédia romântica passada no além, onde os mortos têm uma semana para escolher com quem passar a eternidade. A estreia? Confirmada nos cinemas, a 26 de novembro. Ironia ou não, a atriz conseguiu exatamente o que defende.
A A24, que já lançou sucessos como Everything Everywhere All at Once e The Whale, tem sido uma aliada preciosa para atores que procuram equilíbrio entre arte e público. Para Elizabeth Olsen, essa combinação é essencial: quer liberdade criativa, mas também o som das pipocas a estalar na fila da frente.
A Scarlet Witch pode voltar?
Apesar da sua nova direção artística, Elizabeth Olsen não fechou a porta à Marvel. “Fazer esses filmes é divertido. Somos adultos a brincar no recreio,” disse à InStyle. “É ridículo, estamos a voar, a disparar coisas das mãos. Mas é também uma personagem a quem voltei durante mais de dez anos. Faz falta… e eu aceitaria regressar.”
Porém, o que a entusiasma no MCU é algo que o streaming, na sua opinião, raramente oferece: a sensação de comunidade. Nos bastidores de uma megaprodução, centenas de pessoas trabalham em sintonia. “O que eles fazem é arte. O espírito, o coração — tudo isso preenche-nos. Importa. Eu preocupo-me com que a representação seja excelente, e todos ali também.”
Assim, Elizabeth Olsen não está apenas a exigir uma estreia no cinema, está a defender um modo de vida artístico. Em tempos de controlo remoto e scroll infinito, Elizabeth Olsen relembra-nos que o cinema só vive quando é visto juntos, na penumbra de uma sala que cheira a histórias novas. E tu? Ainda acreditas no poder de ver um filme num grande ecrã?