Falling Water T1 | Primeiras Impressões

Falling Water deita-nos água para os olhos com o seu universo onírico.

Dos aclamados criadores de “The Walking Dead” e “Segurança Nacional”, chega-nos um drama sobrenatural, que parece querer mexer com a privacidade dos nossos sonhos. Lembram-se do filme “A Origem” de Christopher Nolan? Pois bem, Falling Water pega nessa mesma premissa da partilha de sonhos, em que três indivíduos: Tess (Lizzie Brocheré), Burton (David Ajala) e Taka (Will Yun Lee) comungam de visões pessoais e distintas pertencentes ao mesmo fragmento de sonho, criando uma espécie “menage” onírico de viagens subliminarmente interligadas.

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E é com os gritos agonizantes de Tess, numa sala de parto, que começa o “show” de partidas mentais com a sobreposição da realidade em sonho ou o sonho em realidade, em que logo ficamos a perceber a intenção do enredo em não dar nada de barato. E de Tess saltamos logo para o subconsciente de Burton, o chefe da segurança de uma poderosa firma de trading, que grava na retina um corvo, enquanto é abraçado num reconfortante duche a dois e, em seguida, viajamos até à mente de Taka, um detetive da polícia de Nova Iorque, que vai ao encontro da sua mãe, sentada numa cadeira com a cabeça a rodopiar num embrulho de fita adesiva.

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A vidinha destas três pessoas é, assim, escrutinada na vertigem da realidade, num delírio que esbate a barreira entre o real e a ficção, entre o mundo material palpável e o mundo imaterial ilusório, deixando os intervenientes com essas dúvidas existenciais, que nós espetadores também não conseguimos refutar facilmente. Porque estas vidas contactam-se sem saber que se estão a contactar, e a imagem alucinogénica que gladeia entre a sobriedade e a dormência da acção, enreda-nos também a nós, numa teia de curiosidade extasiante. E o mistério vai-se avolumando naquela catadupa de mega conspirações e suposições “Topeka”, em que um tal de Bill Boerg (Zak Orth) parece particularmente interessado em explorar, levando a belíssima e carismática Tess à sua marquesa dos sonhos.

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Falling Water tem tudo para se tornar em mais um porta estandarte da cadeia televisiva norte-americana (USA Network), podendo juntar-se, assim, ao sucesso mundial de “Mr.Robot”. Por cá, ainda não existe data de estreia oficial, mas suspeitamos que muito em breve, este fontanário dos sonhos não tardará a passar para o lado de cá.


MS

 

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