Festival de Veneza | Filmes disponíveis no Festival Scope
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O Web Theatre do Festival Scope está de volta com algumas das obras apresentadas no Festival de Veneza, descobre mais não só sobre os títulos a que terás acesso, como sobre a plataforma em que os poderás ver.
Uma seleção de seis longas-metragens do Out of Competition, do Orizzonti, e do Sconfini compõem o Web Theatre da mais recente edição do Festival de Veneza, dirigido por Alberto Barbera e organizado pela La Biennale di Venezia, atualmente dirigida por Paolo Baratta.
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A iniciativa dá-te a oportunidade de ver em casa alguns dos filmes oficialmente selecionados pelo Festival de Veneza, isto através da plataforma do Festival Scope. Cada filme pode ser visto por até 1000 pessoas (os bilhetes e o passe já se encontram em pré-venda) e a sua estreia acontece entre os dias 29 de agosto e 19 de setembro às 21h (Portugal Continental). As obras serão apresentadas na sua versão original, com legendas em italiano e em inglês.
LES ÉPOUVANTAILS (THE SCARECROWS)
O filme de Nouri Bouzid é uma co-prodição entre a Tunísia, Marrocos, e o Luxemburgo, tendo como data de estreia 29 de agosto. Protagonizado por Nour Hajri, Afef Ben Mahmoud, e Joumen Limam, o filme segue um rapto que durou meses e que foi agravado por tortura e violência. Zina e Djo conseguem fugir mas continuam a ter de enfrentar um grande desafio: Zino não sabe onde está a sua filha de dois anos e Djo está grávida e muda (usando papel para descrever os horrores que viveu).
Bouzid estrou-se em 1985 com L’homme des cendres (Man of Ashes) no Un Certain Regard do Festival de Cannes. Outras obras do realizador, incluem “Golden Horseshoes” (1988), “Bent familia” (1997), “Poupées d’argile” (“Clay Dolls”, 2002), “Making Of” (2006), e “Millefeuille” (2012). No Veneza o cineasta já apresentou uma curta-metragem (“Sekatat Sherazade an el kalam”) parte da antologia “La guerra del Golfo… e dopo (1991)”, e uma longa intitulada “Bent familia” (“La figlia di buona famiglia”).
BLANCO EN BLANCO (WHITE ON WHITE)
Théo Court realiza este filme (disponibilizada no dia 3 de setembro), uma co-produção entre a Espanha, o Chile, a França, e a Alemanha, protagonizada por Alfredo Castro, Lars Rudolph, e Lola Rubio. Viajamos até à Tierra del Fuego, no início do século XX. Pedro é um fotógrafo contratado para o casamento de Sara com um senhor de terras rico e poderoso. No entanto, a sua beleza torna-se numa obsessão para Pedro, uma emoção tão forte que o tornará cúmplice de um genocídio.
O cineasta espanhol, nascido em 1980, tem raízes chilenas e fez a sua primeira curta-metragem em 2005 (“El Espino”), seguida de uma em 2007 (“Sendero”). Três anos depois lançava a sua longa-metragem de estreia, “Ocasio”.
METRI SHESHO NIM (JUST 6.5)
Esta obra, também disponibilizada a 3 de setembro, foi produzida no Irão por Saeed Roustaee, contando com Payman Maadi, Navid Mohammadzadeh, e Parinaz Izadyar no elenco principal. A história acontece numa cidade controlada pelo senhor da droga Nasser Khakzad, inundando-a com viciados em droga. Para o combater está Samad, um agente de uma força especial, mas a tarefa não será fácil. Quando descobre que está a ser caçado, Nasser tenta de tudo para fugir e salvar a sua família.
Esta é a segunda longa-metragem de Roustaee, realizador e argumentista iraniano nascido em 1986. Outras das suas obras incluem “Abad va yek rooz” (“Eternity+1”, 2016), “Monday” (2011) e “Ceremony” (2012).
COLECTIV (COLLECTIVE)
Alexander Nanau apresenta esta co-produção romena e luxemburguesa (disponível a 4 de setembro) um documentário sobre os eventos que seguiram a tragédia do Colectiv Club em Bucareste no dia 30 de outubro de 2015. Esta tragédia, que levou a vida de 65 jovens, motivou o público a protestar contra a corrupção. Nanau, de 1979, treinou na Alemanha.
O seu documentário “The World According to Ion B” venceu um Emmy na secção de Artes e Programação, e “Toto and His Sisters”, também um documentário, foi nomeado para um EFA.
BOROTMOKMEDI (THE CRIMINAL MAN)
A Georgia e a Rússia co-produzem o novo filme de Dmitry Mamuliya (disponível a 5 de setembro), protagonizado por Giorgi Petriashvili, Madona Chachkhiani, Natalia Jugheli, Nukri Revishvili, Vasilisa Zemskova, e Anna Talakvadze. A vida mundana de um engenheiro é virada do avesso quando testemunha um homicídio. Profundamente abalado, ele regressa ao local do crime e começa a estudar tudo sobre as mentes criminosas – algo que rapidamente se torna numa obsessão. A compra de uma arma é o último passo da sua transformação: irão as suas ações transformar um “ninguém” num “alguém”?
Nascido em 1969, Mamuliya estreou-se em 2010 com o filme “Drugoe nebo”, vencedor da Menção Especial no Karlovy Vary Film Festival.
ZUMIRIKI
Oskar Alegria apresenta o seu filme espanhol (disponível a 6 de setembro), no qual viaja até às margens desérticas de um rio basco, a um lugar onde outrora existiu uma ilha, palco de brincadeiras nos tempos de criança. A ilha está agora submersa, após a construção de uma barragem: apenas as árvores emergem, lembranças de um tempo perdido. Um tempo que o realizador deseja trazer à nossa memória.
Alegria, nascido em Pamplona no ano de 1973, começou a sua carreira enquanto jornalista do El Pais. Em 2013 apresentou a sua longa-metragem de estreia, o documentário “La casa Emak Bakia”, centrado no fotógrafo Man Ray. O ano passado, realizou um segmento da antologia “Gure oroitzapenak”.
Curioso para conhecer alguma destas obras, apresentadas no Festival de Veneza?
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