Foo Fighters eletrizantes num dia de celebração do rock

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Foram muitas as pessoas que chegaram cedo para não perderem nada deste segundo dia do festival NOS Alive, que prometia ser dos mais intensos. Das 55 mil pessoas, quase todas estavam ali para ver Foo Fighters.

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Ainda que o sol, envergonhado, não radiasse, não anoitecia no passeio Marítimo de Algés. Era, por isso, altura de começar a percorrer os vários palcos enquanto esperávamos, ansiosos, pela chegada da estrela mais aguardada daquele dia –Dave Grohl , e os seus amigos (como ele próprio acabou por referir).

Para inaugurar este dia, os primeiros acordes que ouvimos foi dos Kilimanjaro, que atuaram no Palco NOS Clubbing. Foi uma boa escolha como preparação para o que aí vinha, já que nos proporcionaram, com o seu estilo rock, um mergulho que só acabou quando os Foo Fighters se despediram de nós…

O palco Heineken estava, também, recheado de boas surpresas, numa noite em que talvez tenha sido ingrata para os artistas por aqui passaram já que, os Cult, The Kills, e, como seria de esperar, os Foo Fighters concentrarem em si a maior parte das atenções.

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Savages / Tiago Bettencourt

O relógio marcava 18h45 e já eram algumas as pessoas que esperavam pelas inglesas Savages. Tocaram, sobretudo, singles do primeiro álbum Silence Yourself, bastante bem recebido pelo público. Mas, as londrinas não se ficaram por temas mais antigos, e mostraram “Adore Life”, álbum do ano passado que foi nomeada para os prémios Mercury. Neste concerto à luz do dia, o alinhamento não revelou grandes surpresas: “I Am Here”, “Sad Person”, “Slowing Down the World”, “Shut Down”, “Husbands”, “When In Love”, “I Need Something New”, “Hit Me”, “No Face”. O concerto acabou com a intensa “Fuckers”, numa atuação onde a banda deu tudo se si. As Savages dividiram a atenção com Tiago Bettencourt. O português chegou cedo, e ofereceu os seus singles mais populares, onde o público cantarolou. O principal destaque vai para a versão “Canção do Engate”, cujo original é de António Variações, e ‘Partimos a Pedra’.

Sauvages




Courteeners/ Savages / Wild Beast

Depois de Bettencourt, era hora dos Courteeners subirem ao Palco NOS. O concerto começou com “Are You In Love With A Notion?” mas a banda não conseguiu arrastar a multidão que se concentrava no palco Heineken a assistir ao concerto das Savages. Poucas eram as pessoas que cantavam entusiasticamente ao som da banda, ainda assim a banda deu um bom concerto, onde se pôde ouvir ‘No One Will Ever Replace Us’, ‘Summer’ e ‘Bide Your Time’

As californianas Warpaint foram o principal motivo pelo qual abandonamos o Palco NOS e nos dirigimos, em passo apressado, para o Heineken. Presença habitual em Portugal, sabem bem como interagir com o público que muito as aplaudiu. Pouco tocaram do álbum de estreia Exquisite Corpse, onde naturalmente o destaque foi para o hit “Undertow”, muito acarinhado pela plateia. As Warpaint optaram por, durante uma hora, alternar entre o álbum de homónimo e “Undertow”, do ano passado, indo do pop dançável a melodias mais suaves.Pelo meio não faltaram singles como ‘So Good’, ‘The Stall’ e ‘Beetles’. Durante a sua atuação parecia que o palco secundário do NOS Alive tinha uma mística ainda mais especial. Foi, sem dúvida, um dos concertos inesquecíveis.

Warpaint

Num registo mais indie rock, os Wild Beasts viajaram pelos seus cinco álbuns, onde o principal destaque vai para Two Dancers. O sotaque britânico da banda e a sua boa disposição acabou por dar um toque especial à actuação.

Wild beast




The Cult

Aproximava-se a hora dos grande Foo Fighters  subirem ao palco mas, por agora tínhamos os Cult…Os Cult estes grandes senhores cuja melodia ecoou de forma estonteante por todo o Passeio Marítimo de Algés. Entraram em palco por volta das 22h00 mas quando o tão aclamado tema ‘She Sells Sanctuary’ chegou a envolvência entre a banda e o público foi fascinante… E à medida que os minutos passavam tendência a melhorar…

The Cult




The Kills

Os The Kills, banda, formada em 1983 teve várias fases, uma onda mais eletrónica, influências góticas, tendo entrado numa onda mais hard rock, esteve á altura da difícil tarefa que era “servir de banda de abertura” dos Foo Fighters. Nesta atuação passaram pelos cinco álbuns “Keep On Your Mean Side”, “No Wow”, “Midnight Boom” e “Blood Pressures. ‘Baby Says’ e ‘Echo Home’ foram muito aplaudidas e ‘Doing It to Death’, num tom mais dançável fez o público vibrar. Estávamos todos rendidos e a noite ainda tinha acabado de começar…

The Kills




Foo Fighters

Vinham aí os Foo Fighters, o que significava que a espera de milhares de fãs estava prestes a acabar… Ecoa uma forte batida, as luzes acendem, muitos gritos, palmas e euforia pintam o cenário segundos antes de Dave Grohl começar a cantar… Não eram estreantes no Alive, tendo já passado pelo festival em 2011, mas o público recebe-os como se aquele fosse o primeiro encontro… E a banda respondeu da melhor forma com uma interação fantástica…e com um ritmo estonteante, em que o vocalista partiu a corda da guitarra logo no principio do concerto.

“Já faz muito tempo”, começa Dave por dizer, quase que se desculpando por esta longa ausência. Acrescenta que, num futuro próximo espera vir a Portugal e que não poderá deixar passar tanto tempo sem o carinho do público português. Assim que começaram a tocar, mergulhámos em icónicos temas como “All my life”, “Times like this” e “Learn to fly”.  “Something from nothing” abriu caminho para “Pretender”, em clima de completa euforia e alegria.

No início avisaram que “Vai ser uma noite muito longa. Vamos tocar o maior tempo que conseguirmos e o mais alto que pudermos”, e cumpriram…Mostraram porque são uma das maiores bandas de rock da actualidade e não se esqueceram de nenhum hit, proporcionando uma viagem completa pelos anos 90, onde não podia faltar ‘Walk’. Dave Grohl, em tom de brincadeira, apresenta-nos a banda, revelando uma verdadeira união.

Durante a actuação, Dave chamou a palco a vocalista dos Kills, para cantarem ‘My Hero’, de “The Colour and the Shape”, música dedicada a todos os fãs dos Foo Fighters. A banda vai lançar, em setembro “Concrete and Gold”, do qual faz parte  ‘Run’, também interpretada no Alive.

Na recta final, a vertigem emocional de “Best of you”, espelhou o entusiasmo gritante da banda. Se Dave foi brilhante, não podemos esquecer a restante banda (seus amigos, como ele próprio apelidou) que não pouparam a esforços para que o concerto fosse um dos mais memoráveis do Alive.

Por último, destaque à veia de “entertainer” de Dave Grohl que, durante todo o concerto, especialmente quando pousa a guitarra e, gingão, se detém a trocar bolas com o público.

Dave…ouvimos atentamente a tua promessa e não nos esqueceremos dela!

Foo Fighters

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