Fora de Série: episódio 13 (Arrow T01E01)

Arrow T1E1 – “Pilot” (RTP1)

O Oliver que se perdeu… pode não ser o Oliver que se encontrou na ilha.

E assim começa Arrow, o novo grando sucesso televisivo da estação americana The CW que nos trás a vida do mítico arqueiro da DC Comics, Green Arrow. Uma série com um excelente ritmo e que apresenta uma boa adaptação à vida real da banda desenhada original.

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O episódio piloto define o ritmo, e através de vários momentos-chave podemos ver as direções que a série e a sua personagem principal, Oliver Queen, vão tomar.

Um desses momentos é sem dúvida a primeira noite de Oliver em sua casa, após o seu resgate da ilha. Nesta cena vemos o mesmo a dormir no chão, em noite de tempestade, a sonhar com o naufrágio do Queen’s Gambit.

Oliver é acordado pela mãe, Moira, e pelo padrasto, Walter, e a sua reação é de defesa, em que “ataca” a sua própria mãe. O momento mais marcante, é a reação dele ao perceber o que fez: afasta-se, coloca-se quase em posição de feto, e começa a pedir desculpa. Com esta atitude podemos antever as consequências do “isolamento” dele, o estado de alerta e as capacidades de luta adquiridas.

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Durante o episódio vemos ainda mais pontos cruciais: por um lado, o rapto de Oliver e o seu melhor amigo, Tommy. Neste momento em particular podemos ver o “nascimento” do Vigilante, no qual são evidenciadas as excelentes capacidades de luta e corrida/parkour de Oliver Queen. Por outro lado, temos a “instalação” do esconderijo do Vigilante, nas antigas fábricas do Pai. E, finalmente, começamos a ver toda a força e motivação do super-herói. O sentimento de vingança e de querer honrar o pai, que lhe deu a missão de eliminar todos os nomes que tornam Starling City numa cidade corrupta. Será que Oliver irá conseguir tal tarefa? Será que irá conseguir fazê-lo enquanto resolve a sua vida que perdeu durante 5 anos?

Toda a sua determinação pode ser vista assim que entra em ação para “eliminar” Adam Hunt, um empresário corrupto que se coloca no caminho da ex-namorada de Oliver, Dinah “Laurel” Lance. Laurel, uma advogada super persistente, está determinada em ganhar um processo contra o empresário. O Vigilante decide então “roubar” o dinheiro de Hunt e devolvê-lo aos bancos. Uma ação que faz claramente lembrar o famoso Robin Hood e nos leva a crer que Oliver está mesmo determinado a repor a justiça na sua cidade. Ele tornou-se verdadeiramente no herói que a cidade precisava, e será a figura a temer por muitos. Isto faz dele um alvo, será que irá lidar bem com esta pressão?

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As partes finais foram as que mais marcaram o episódio. Através de um flashback, vemos o suicídio do pai, Robert Queen. Este momento forja a pessoa em que Oliver se torna, fazendo com que este seja o início de toda esta vida “secundária” de Oliver Queen. Todo o discurso que Robert deu ao filho, desde o “write my wrongs” até ao “survive”, vai baralhando a mente de um rapaz afortunado, que assiste ao suicídio do pai mesmo à sua frente. A partir daí, começa a transformação. Oliver sabe que a partir daí não pode continuar a ser o Oliver, e que terá de se afastar de algumas coisas que até agora faziam parte do seu dia-a-dia.

Este chega então à ilha onde se dá parte da trama e quando a encontra, três coisas não saem do seu pensamento: o pai, que se suicidou à sua frente, Sarah, irmã de Laurel e pessoa com quem Oliver a traiu, e última, mas não menos importante, sendo esta a razão que vai motivar todo o seu tempo na ilha e como sobrevive… Laurel, a pessoa que mais ama.

No fim do episódio, podemos também ver o momento mais chocante: o rapto de Oliver e Tommy foi na verdade encomendado pela sua própria mãe, Moira Queen. Esta revelação não é a única, sabe-se agora também que o Queen’s Gambit foi sabotado, o que nos leva a questionar quais as motivaçãos de Moira e quem serão as pessoas que estão no derradeiro controlo de Starling City.

Isto tudo mostra-nos que Arrow não é só mais uma série. Todas as dúvidas que nos foram introduzidas no primeiro episódio irão sendo muito lentamente reveladas ao longo da temporada, o que faz com que cada episódio seja único e misterioso.

Foi uma das estreias mais vistas nos últimos anos na The CW, justificando o porquê de Arrow ser uma das melhores séries da atualidade.

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