HBO lidera os Emmys com este recorde histórico
HBO não se contenta com vitórias modestas, prefere arrasar a concorrência com um estrondo digno de um final de temporada.
Se há algo que aprendi ao longo dos anos a observar esta indústria é que a HBO tem um talento peculiar para transformar expectativas em espetáculo. Não se limita a competir; domina, reina e, quando necessário, esmaga a concorrência com a elegância de quem sabe que tem trunfos na manga. E este ano, mais uma vez, a prova está nos números: a HBO e a HBO Max acabam de bater o seu próprio recorde de nomeações aos Emmys, deixando a Netflix e a Disney a comer-lhe o pó.
HBO bate recorde e deixa Netflix a ver navios
De acordo com a Deadline, a Warner Bros. Discovery anunciou hoje que a HBO e a HBO Max receberam 142 nomeações aos Emmys, superando não só a Netflix (com 121) como também o seu próprio recorde anterior de 140 em 2022. Um feito notável, ainda mais quando se lembra que, no ano passado, a HBO ficou atrás da Netflix e da FX com apenas 91 nomeações.
Os grandes responsáveis por este salto? The Penguin (24 nomeações), The White Lotus (23) e The Last of Us (16). Queres uma série de sucesso? Põe “The” no titulo! Estas são produções que, cada uma à sua maneira, encapsulam o que a HBO faz melhor: narrativas arrojadas, personagens complexas e uma produção impecável. The Penguin, em particular, provou que o universo de Batman ainda tem muito para explorar.
A Netflix, claro, não ficou de mãos a abanar. Adolescence (13 nomeações), Monsters: The Lyle and Erik Menendez Story (11) e Black Mirror (10) mantêm a plataforma no jogo. Mas há uma diferença subtil: enquanto a Netflix espalha tiros, a HBO acerta em cheio.
Qualidade em vez de quantidade
Há quem critique a HBO por não lançar tantos conteúdos novos como a Netflix ou a Disney+. Mas essa é precisamente a sua força. A HBO não inunda o catálogo, escolhe as suas batalhas e investe nelas como se não houvesse amanhã.
Basta olhar para The Last of Us. Adaptar um dos jogos mais amados da história era um risco enorme, mas a HBO não se limitou a fazer uma versão live-action genérica. Trouxe Craig Mazin (Chernobyl) e Neil Druckmann (o criador do jogo) para garantir que a essência se mantinha. Resultado? Uma das melhores séries do ano e 16 nomeações que falam por si.
E depois há The White Lotus, a antologia que transforma os vícios da elite em entretenimento de alta costura. Mike White escreve, realiza e satiriza com uma precisão cirúrgica, e a HBO deixa-o fazer o que quiser. Porque sim, a liberdade criativa ainda existe, desde que se tenha talento para a justificar.
Será que alguém consegue parar a HBO?
Assim, a Disney está a crescer (128 nomeações no total), a Apple está a apostar forte (Severance com 27 nomeações é a líder deste ano) e a Netflix continua a ser a Netflix. Mas a HBO tem algo que nenhuma delas consegue replicar: uma identidade.
Logo, não é só sobre ter boas séries, é sobre ter séries que só poderiam existir na HBO. Assim, The Penguin e The White Lotus provam que a casa ainda sabe criar ícones. E com House of the Dragon de volta em breve, é difícil imaginar um cenário em que a HBO perca o seu trono.
Concordas que a HBO ainda é a rainha indiscutível, ou achas que a Netflix ou a Apple vão destroná-la em breve? Deixa a tua opinião nos comentários.