The Hunger Games: A Revolta – Parte 1, em análise

The-hunger-games-a-revolta

FICHA TÉCNICA

[starreviewmulti id=11 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’]

 

 

The Hunger Games: A Revolta Parte 1 | Análise

Os Jogos acabaram, mas Katniss está de volta para descobrir se está preparada para se tornar no símbolo de esperança para o povo e vencer a guerra que esteve em espera durante setenta e cinco anos.

A saga está prestes a chegar ao fim. A adaptação do último capítulo da trilogia de Suzanne Collins começa com este filme, que no próximo ano ficará completo com a estreia da sua segunda parte. Tal como estas divisões nos têm vindo a habituar, esta primeira parte serve apenas para despachar a parte chata do livro, e preparar os pormenores todos para a grande conclusão. Este é o primeiro filme em que não há Jogos, mas eles estão a chegar, e vão ter o maior palco de sempre mas, tal como nos jogos anteriores, é preciso fazer preparativos. Esta é a parte em que os Tributos tentam formar alianças, com Katniss de um lado e Peeta do outro, mas ao invés de mostrarem as suas capacidades de combate, esforçam-se em revelar os podres da outra parte. É essa a luta que as personagens enfrentam neste filme. Umas tentam conquistar aliados para a sua batalha, enquanto as outras tentam preservar o seu poder evitando uma.

The Hunger Games: Mockingjay - Part 1 President-Snow

Enquanto todas as personagens se preocupam com a guerra, Katniss tem outros desafios muito maiores à frente dela. Desde que ganhou a 74ª edição dos Hunger Games, ela tornou-se num símbolo de esperança para toda a Panem. Foi ela que lhes deu esperança de que um dia as coisas podiam mudar, que o Capitol era mais frágil do que o que dava a entender e que podia ser desafiado. Mas ser um símbolo acarreta uma grande responsabilidade, e a viagem de Katniss neste filme passa por perceber se é capaz de lidar com tudo o que implica ser o Mockingjay desta revolução. Sofrendo ainda de stress pós-traumático, a Rapariga em Chamas tem de descobrir em si as forças necessárias para desafiar o Capitol e salvar os Tributos que se encontram na sua posse, nomeadamente o Peeta, que está a ser utilizado pelo inimigo para que todos os distritos de Panem baixem as armas.

Apesar de se verem as dúvidas e os medos de Katniss ao longo do filme, estes perdem um bocado o seu impacto quando o filme lhe decide roubar o seu destaque, colocando sub-enredos que ou são desnecessários, ou podiam ser encurtados, ou deviam ser melhor explorados. Francis Lawrence parece ter tido a noção que este filme seria o mais fraco da saga, mas já que tinha tempo, aproveitou-o para explorar certas coisas que de outra maneira não conseguiria. Se calhar quando a segunda parte sair para o ano, estes sub-enredos até vão valer a pena, mas por agora eles apenas abafam aquilo que de realmente importante se está a passar no filme. De qualquer maneira, notou-se que Francis Lawrence não baixou os braços e esforçou-se para que este não fosse lembrado como o pior filme da saga, e para o bem do final épico que todos esperamos, é bom que seja lembrado assim.

The Hunger Games: Mockingjay - Part 1 Plutarch-Coin

Alguns sub-enredos presentes trazem de volta aspetos das personagens que todos nós já conhecíamos. A relação de Katniss com Gale é um deles. Isto é algo que para os fãs da saga não tem qualquer mistério presente. Todos sabemos que Katniss, ao contrário de Gale, não o ama, mas que sente uma amizade muito forte e profunda por ele. Gale sabe isso, nós público sabemos isso, e Katniss apesar de não perceber também o sabe, por isso para quê continuar a carregar na mesma tecla? Para além deste, existem outros aspetos da história que podiam ter sido retirados, e se quisessem talvez fosse possível fazerem apenas um filme.

As cenas em que vemos as gravações dos vídeos de propaganda do Distrito 13, ou os propos, são aquelas em que as personagens ficam mais vulneráveis e se revelam. Katniss quando vê aquilo que o Capitol fez ao hospital no Distrito 8 fica desfeita e é aí que a sua raiva pelo Presidente Snow volta a nascer. Depois temos Gale no Distrito 12 a contar-nos o que se passou na noite em que os aviões do Capitol bombardearam o Distrito. E ainda Finnick, que revela aquilo que o Capitol o obrigava a fazer e os conhecimentos sobre o Snow que adquiriu dos seus clientes. É nestes momentos que as personagens têm os seus momentos mais fortes, e nos quais os atores conseguem brilhar.

The Hunger Games: Mockingjay - Part 1 Mockingjay

Para além de ter o enredo mais pobre da saga até agora, também é o filme com as interpretações por parte dos atores mais pobres. Jennifer Lawrence que carrega o filme todo às costas, faz um trabalho fraquinho comparado com as suas outras interpretações, mas é das poucas que mesmo assim tem os seus momentos. Para além dos propos, Jennifer ainda tem um momento em que revela os seus dotes como cantora, e que é uma das cenas mais bonitas de todo o filme. Josh Hutcherson foi um dos poucos que conseguiu ter algum destaque com as poucas cenas que teve. Na cena final do filme, a maneira como Hutcherson interpreta o estado de Peeta é assustadora e magnífica, mostrando o resultado do tratamento horrível pelo qual a personagem passou nas mãos do Capitol. O restante elenco infelizmente não conseguiu destacar-se nas poucas cenas que tiveram.

No elenco novo tivemos algumas surpresas agradáveis. Natalie Dormer foi fantástica como Cressida. Ela foi uma das que deu uma interpretação mais consistente e criou uma personagem que gostávamos de ver mais tempo no ecrã. Depois temos a grande aquisição de peso, Julianne Moore como a Presidente Alma Coin. Infelizmente, apesar do trabalho de Moore, esta é a personagem que quem vir o filme vai ficar na dúvida se gosta ou não. Isso deve-se ao facto de o filme não explorar bem a personagem, dando-nos muito pouco para formularmos uma opinião sobre ela. No entanto, ver Julianne Moore no filme é uma verdadeira alegria.

The Hunger Games: Mockingjay – Part 1 é exatamente aquilo que todos esperávamos que fosse. A ação decorre sem pressa, com pouco desenvolvimento nas personagens e as portas ficam abertas para a conclusão da saga com uma das maiores legiões de fãs de sempre. Agora é esperar um ano para vermos aquilo que faz este filme valer a pena.

Lê Também:   The Witcher, da Netflix, recebe novidades sobre o seu futuro

13 thoughts on “The Hunger Games: A Revolta – Parte 1, em análise

  • O filme a meu ver foi bastante bom e teve um bom desenvolvimento após o fim do The Hunger Games: Em Chamas. Para quem não leu o terceiro livro da trilogia nem viu spoilers, ficará bastante surpreendido com algumas cenas do filme que de certeza não esperava, pelo lado positivo creio. Está muito bem pensada a parte do distrito 13 e a forma como o capitólio utiliza a personagem Peeta Mellark como forma de tentar manipular Katniss Everdeen e como alteraram o que Peeta sente/pensa sobre Katniss quando a encara cara-a-cara. O The Hunger Games – A Revolta Parte 1 terminou de uma forma que acabou por deixar que muitos afficionados esperem ansiosamente pela parte 2 do último filme da trilogia. 8/10

  • De tempos a tempos aparece uma trilogia brilhante. Os Hunger Games são a trilogia brilhante do nosso tempo.
    Desde o dia em que se voluntariou, Katniss virou o mundo do avesso – tornou possível a sobrevivência de dois tributos, saiu ilesa da arena pela segunda vez consecutiva e, agora, é o rosto da revolução – o mimo gaio. Neste último filme, olhamos mais para a Katniss como humana, como uma pessoa com medo e com hesitações que a tornam mais normal e menos heroica. Adorei a composição da imagem, a proximidade, a realidade dos estrondos/explosões/ataques e a fraqueza e coragem das personagens.
    É incrível como um filme de ficção científica nos pode fazer pensar na nossa realidade, nas guerras que, na nossa dimensão e planeta, tornam algumas das cenas em algo verdadeiro.

  • Tenho acompanhado a saga “The Hunger Games”, desde o ínicio, mas este terceiro filme superou as minhas expectativas, foi uma perfeita adaptação do livro a tela. Ele incluiu todos os apectos importantes e todos os detalhes de forma muito profunda.
    Para mim o grande destaque vai para a representação brilhante de uma atriz que não pára de me surpreender pela positiva, Jennifer Lawrence, está irrepreensível neste filme, dá a mostrar um lado diferente da personagem “Katniss”, extremamente psicológico e desgastado.
    Os efeitos visuais, a par dos de “Em Chamas”, estão excecionais. A equipa de design está também de parabéns, por conseguir transparecer para o grande ecrã a essência e as rígidas regras do distrito 13. Compilando todos estes fatores, “The Hunger Games: A Revolta – Parte 1”, apresenta-se como um filme bastante mais emocional, quando comparado aos seus antecessores, pecando talvez pela falta de ação.

  • Boa tarde Marcos Silva,

    Queríamos avisar que a sua participação no passatempo publicado no nosso Facebook contém mais do que 500 caracteres e, portanto, não está conforme as regras pré-estabelecidas. Poderá participar novamente, se assim o entender, bastando reduzir o seu texto inicial 😉

  • Boa tarde Joana Lourenço,

    Queríamos avisar que a sua participação no passatempo publicado no nosso Facebook contém mais do que 500 caracteres e,portanto, não está conforme as regras pré-estabelecidas. Poderá participar novamente, se assim o entender, bastando reduzir o seu texto inicial 😉

  • Boa tarde Frederico Cunha,

    Queríamos avisar que a sua participação no passatempo publicado no nosso Facebook contém mais do que 500 caracteres e,portanto, não está conforme as regras pré-estabelecidas. Poderá participar novamente, se assim o entender, bastando reduzir o seu texto inicial 😉

  • “The Hunger Games: A Revolta – Parte 1”, apresenta-se como um filme bastante mais emocional, em relação aos seus antecessores, pecando talvez pela falta de ação. O grande destaque vai para Jennifer Lawrence, irrepreensível neste filme, dá a mostrar um lado diferente da personagem “Katniss”, extremamente psicológica e desgastante. Os efeitos visuais, estão excecionais. A equipa de design está de parabéns, por conseguir transparecer para o grande ecrã a essência e as rígidas regras do distrito 13.

  • Achei o filme excelente, fiel ao livro e o guarda-roupa deslumbrante. Atribuo destaque ao tirano Snow (Donald Sutherland) que manteve o poderoso papel, Jennifer Lawrence, desta vez a interpretar uma Katniss devastada psicologicamente e por fim, Josh Hutcherson (Peeta) que embora tivesse um papel menor, fez jus à personagem com uma bela e perturbante performance. Houve menos ação e um ambiente mais negro, assim como a história o exige. Esta parte torna-se numa introdução ao tão esperado final.

  • Neste filme a ação vai-se desenrolando, nunca deixando o espectador entediado, mas sabendo sempre a pouco. Jennifer Lawrence consegue mudar esse aspecto com a sua interpertação fantástica e Josh Hutcherson melhora em relação aos 2 filmes anteriores, apesar do “tempo de antena” ser muito pouco. A realização de Francis Lawrence não é espetacular, mas em contra partida os efeitos visuais estão bastante bons e não estão exagerados. Os cenários estão fantásticos, principalmente o distrito 13! Amei!!

  • Sendo um filme inferior aos seus antecessores, tem como ponto forte a introdução do Distrito 13 e das personagens Alma Coin, Cressida e sua equipa, e Boggs. Como esta ‘Parte 1’ é muito descritiva e dramática, estas novidades cativam o espectador e combatem a falta de acção, que só veremos na ‘Parte 2’. Além do que já conhecíamos do mundo THG, surgem dois momentos que visam o nome do capítulo final: o musical, que dá início à Revolta, e o final com a ‘Re(vira)volta’ de Peeta.

    Nota: 6,5/10

  • Este filme apresenta uma carga dramática diferente dos outros da saga, onde os jogos da fome dão a vez a um desgaste e a uma intensidade emocional de Katniss, assim como ao início da sua liderança na revolução que levará à guerra.
    Apesar de ser o que possui menos ação, o filme revela interpretações seguras, destacando-se a de Lawrence e Hutcherson, uma bela composição sonora, efeitos visuais que não desiludem e uma realização que prende o espectador durante as suas duas horas de duração. É de destacar o surpreendente final, que será uma boa ligação com a esperada conclusão da saga. 7/10

  • Parabéns Marcos Silva! Foi o vencedor do nosso passatempo dos 30.000 fãs e venceu um DVD “The Hunger Games: Em Chamas” e um pin Mockingjay! Para receber o DVD, pedimos que contacte o nosso call center – 214337036, (9h00 às 18h00) – a partir de amanhã. Pode também optar por esperar que os pins cheguem até nós (a Pris ainda não os enviou) e assim o nosso serviço de expedição enviará os dois prémios em conjunto. Quando recebermos os pins, iremos avisá-lo!

  • Pingback:

  • Pingback:

  • Pingback:

  • Pingback:

  • Pingback:

  • Pingback:

  • Pingback:

  • Pingback:

  • Pingback:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *