Idade do Gelo 4 – Deriva Continental, em análise
Título Original: Ice Age: Continental DriftRealizador: Steve Martino, Mike ThurmeierVozes (VO): Ray Romano, Denis Leary e John LeguizamoGénero: Animação
BIG Pictures | 2012 | 94 min Classificação: [starreviewmulti id=5 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’] |
O filme cumpre a sua função mais básica: entreter. Mas o entretenimento, de uma forma mas simples ou não, é aquilo que todos procuramos em qualquer obra que vemos. Na verdade, “Idade do Gelo 4 – Deriva Continental” funciona muito bem para as crianças, que irão delirar com Scrat, rir-se das patetices de Sid ou enternecer-se com o amor de pai de Manny. Há novas personagens que acentuam o humor, há efeitos visuais muito cuidados e um uso do 3D ao estilo janela pop-up e uma grande dose de nostalgia (afinal de contas, já são dez anos!)
Por outro lado, há uma excessiva necessidade de procura dos lugares comuns. A filha rebelde, o pai protetor, inimigos que se apaixonam (sim, Diego tem uma nova companheira!), o filho abandonado (falo de Sid), e um conjunto de muitas outras coisas que fazem com que “Idade do Gelo 4 – Deriva Continental” não seja tão bom como realmente poderia ser.
Mas se isto não bastasse, ainda somos brindados com opções dos argumentistas que deixam muito a desejar. É certo que o filme se desenvolve num universo onde os animais falam, mas se por um lado se pode justificar essas opções com a necessidade de certas cenas serem melhor compreensíveis pelo público-alvo (as crianças), por outro podemos achá-las demasiado infantis (e em certos momentos muito desconexas).
E na verdade, o filme não inova, não evolui, não nos mostra nada que já não tenhamos visto, e onde o seu melhor momento é a cena de abertura que (imaginem) foi já exibida como um trailer! Mas isso torna-o num mau filme? Não, de certeza que não. Porque o cinema também precisa de entretenimento puro. Um filme colorido e engraçado para ser visto em família, mas que podia (quem sabe) ambicionar o título de maior animação do ano.