inFAMOUS: Second Son (PS4) | Análise

 

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  • Editora: SCEE
  • Produtora: Sucker Punch
  • Plataformas: PS4

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Sejamos diretos: gostaram dos jogos anteriores da saga? Querem um jogo que seja diversão pura? Podem parar de ler e vão comprar este jogo. inFAMOUS: Second Son é diversão pura, e mesmo com algumas falhas e certos pormenores que poderiam ter sido melhorados, estamos perante um jogo que vale pela diversão que é jogá-lo, pelas hipóteses que nos oferece e por uma componente gráfica fantástica.

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O enredo é a parte mais fraca do jogo. A personagem principal apresenta uma personalidade que não é fácil de agradar ao jogador e até pode desmotivar o jogador que goste de um enredo que o leve a fazer o necessário. No entanto, com o passar do tempo e com os nossos poderes a aumentar, começamos a perceber um pouco este rapaz, e mesmo que não concordemos com algumas das suas atitudes, percebemos as suas motivações. Passada esta primeira fase começa o verdadeiro show gráfico que a Sucker Punch nos oferece. As batalhas vão sendo cada vez mais frequentes até ao momento em que estamos num jogo intenso de lutas consecutivas que não nos dá descanso, e nós também não queremos descansar. A cidade de Seattle pode não respirar a vida e azafama da vida real, mas os detalhes aqui presentes devem ser aplaudidos, principalmente porque muito do que há para ser descoberto e explorado, deve ser feito enquanto combatemos, para vermos tudo o que estes cenários nos podem oferecer.

Nas batalhas o jogo demonstra o poder da consola. Graficamente é estrondoso em alguns momentos, com cenários em constante mutação graças aos nosso poderes. Explosões e jogo de luzes oferecem um ambiente único e que tornam este jogo um regalo para os nossos olhos e aumentam a nossa vontade de continuar e adquirir mais poderes. Melhor ainda são as lutas contra alguns bosses, bem pensadas e estruturadas, capazes de nos empolgar como os grandes jogos costumam fazer, e para isso muito devemos agradecer ao poder gráfico da PS4 que nos enche a TV a cada instante.

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Mas o ambiente não poderia estar criado sem a parte sonora, e também aqui o jogo está a um nível muito interessante. Com bons efeitos sonoros e um excelente trabalho de vozes, a banda sonora torna-se quase secundária num jogo onde são as nossas ações em combate que “enchem” o jogo.

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Em termos de jogabilidade não há nada a apontar. A nossa aprendizagem é fácil, conseguimos controlar Delsin sem problemas e explorar tudo o que os nossos poderes nos permitem. Estas qualidades melhoram ainda mais o jogo quando começamos a ter a capacidade de voar, explorando a cidade a nosso prazer e avançando para os combates como nos for mais benéfico. Neste aspeto devemos assinalar a forma como a personagem evolui, ficando à nossa escolha quais os caminhos até aos novos poderes. Para tal muito conta a forma como jogamos e as nossas decisões morais. Tal como nos jogos anteriores, também aqui teremos questões morais que nos irão influenciar enquanto personagem. Este jogo de decisões é sempre bem vindo, e encaixa muito bem nos “prémios” que iremos receber depois, os poderes. Todavia também é preciso dizer que algumas decisões são demasiado brancas e pretas, apenas sendo possível os extremos, e em muitos aspetos, tal não encaixa na personalidade de Delsin, nem no próprio enredo.

Este é um jogo que deve ser jogado, pelo menos, duas vezes. Numa devemos ser bons, noutra devemos ser maus, e os nosso poderes são influenciados. Um jogador totalmente bom terá a capacidade de abrandar o tempo e imobilizar os nossos inimigos, enquanto que um totalmente mau poderá ser verdadeiramente destrutivo, ao ponto de matar tudo o que está à sua volta, quer seja inimigo ou cidadão. E portanto estamos perante um ciclo em que a nossa forma de jogar influencia as nossas opções (poderes), e as nossas opções também irão influenciar a nossa forma de jogar.

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Com várias missões secundárias que tornam o jogo maior sem baixar a intensidade, este jogo é diversão pura. Os poderes de Delsin oferecem uma sensação de liberdade fantástica, a cidade pede para ser destruída, e desde o primeiro minuto até ao último (passadas umas 12 ou 16 horas, consoante as missões secundárias feitas e nível de exploração) será impossível parar. inFAMOUS: Second Son pede para ser jogado, e mesmo tendo alguns pontos mais fracos no enredo, a diversão que nos dá apaga tudo o resto. Divertido, intenso e deslumbrante, este é um jogo que demonstra o poder da PS4, e é tudo aquilo que os fãs da saga poderiam querer!

 Pontos fortes:

  • Graficamente portentoso
  • Divertido e intenso do início ao fim
  • Poderes consoante a nossa forma de jogar
  • Sensação de liberdade numa cidade que deve ser explorada
  • Luta de bosses

Pontos fracos:

  • Algumas decisões morais não encaixam totalmente no enredo nem na personagem

LP

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