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Interview with the Vampire | Eric Bogosian fala sobre a experiência de contracenar com vampiros na série do AMC

“Interview with the Vampire” estreou no AMC, e nós tivemos a oportunidade de falar com Eric Bogosian, uma das estrelas da nova série de fantasia.

A passada segunda-feira viu a exibição do primeiro episódio de “Interview with the Vampire” no AMC, a estreia já dá que falar, ao trazer até ao pequeno ecrã uma das maiores obras de literatura fantástica de todos os tempos. A adaptação foi concebida por Rolin Jones (“Perry Mason“), e conta com um elenco liderado por Jacob Anderson (“Game of Thrones“), Sam Reid (“Lambs of God“) e Bailey Bass (“Avatar: O Caminho da Água“).

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Eric Bogosian (“Billions“) dá vida a Daniel Molloy, a personagem responsável pela titular entrevista que estabelece a história de toda a série. Ao longos dos sete capítulos desta adaptação da obra de Anne Rice, Louis de Pointe du Lac (interpretado por Anderson) vai contando toda a sua experiência e a vida até ao momento. Fica a conhecer o que Bogosian tem a dizer sobre a sua experiência com este mundo gótico e a sua conexão com a famosa obra da autora norte-americana.

À CONVERSA COM ERIC BOGOSIAN

Eric Bogosian Interview with the Vampire AMC
©AMC

O que é que o atraiu no papel de Molloy?

É engraçado, na véspera de me ligarem, estava a pensar que há uma coisa que ainda tenho de fazer na minha lista de desejos: fazer de vampiro! Quando voltei a telefonar, explicaram-me que não era para ser um vampiro, mas sim para o entrevistador. Honestamente, eu era um grande fã do livro de Anne Rice nos anos 70, quando o li, e também sou um grande fã de Jacob Anderson. Foi uma boa combinação que me atraiu logo.

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Há alguma coisa no Molloy com que se identifique?

Quando leio esta parte e depois à medida que me aprofundo no guião, é como se o Rolin Jones me estivesse a seguir e a escrever sobre a minha vida. Antes de mais, tenho mais ou menos a mesma idade que Molloy teria hoje. Tive algumas coisas nefastas na minha vida quando era miúdo e acabei de terminar um livro de memórias. Molloy acaba de publicar um livro de memórias e chega mesmo aos pormenores, como quando fala de estar em Paris com a sua primeira mulher e de ter esta refeição em particular, nesta rua em particular. Bem, a minha mulher e eu passámos momentos fantásticos em Paris e acho que estávamos a um quarteirão de distância desse sítio em particular. Portanto, há muitos paralelismos.




Em termos de anos de vampiro, Molloy é o mais novo na sala, mas fale-nos sobre a sua motivação para revisitar a sua entrevista com o vampiro.

Aprofundei a minha leitura dos guiões e percebi que há muita coisa a acontecer para além do tipo da entrevista que se senta no sofá quando a história vai para o passado. Há uma complexidade na personagem e na história. A mais óbvia não é apenas a diferença de idade, mas a sua própria morte iminente que acontecerá um dia destes, a sua doença, e também o facto de ele ser um jornalista de alto nível, mas que está a passar por momentos difíceis e não está no seu melhor momento. Esta entrevista permite-lhe voltar atrás e talvez agarrar o anel de latão uma última vez. Talvez ele consiga aquela entrevista que vai abanar o mundo. Por muito medo que tenha de estar perto de vampiros, ele tem um trabalho a fazer e esse trabalho é conseguir a história.

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Quando soube que iam fazer esta série, o que sentiu em relação a tudo isto?

Li o guião quando ouvi falar dele e fiquei muito entusiasmado com esta abordagem nova e fresca. Nem sequer percebo como é que eles incluíram tanta coisa boa nos guiões. É muito denso, com todo o tipo de temas loucos, grandes enredos e, claro, uma nova abordagem da história. No fundo, tenho uma grande afinidade com a mitologia dos vampiros, sempre tive. O meu espetáculo favorito na Broadway foi Frank Langella em Drácula. Foi fantástico: primordial, sangue, morte, imortalidade. Todo o público o sente e, no entanto, é tão irreal que podemos ir lá, mas não temos de pensar que é real. Podemos simplesmente fingir que estamos assustados.

Interview with the Vampire AMC
©AMC

O que é que o público pode esperar ver na jornada de Molloy nestes episódios?

Ele continua a tentar encontrar uma forma de agarrar a história que Louis está a contar e a fazer com que ela se abra. Há muita escavação e isso vai levar a confrontos intensos no final da temporada. O problema com Molloy é que ele está doente. Tem uma doença que acabará por destruir completamente a sua vida. Ele está sempre a lutar contra isso, mas quando se está perto de pessoas que são imortais e que não têm esse problema, acho que isso se torna mais evidente. É ainda mais intenso pensar que está mesmo ali.




O que é que acha que deve entusiasmar os fãs nos romances de Anne Rice com esta série?

O estilo de Anne Rice é muito denso, muito gótico, e isso faz parte do prazer de ler o livro. Parte da experiência de ver algo deste género é o quão vívido e assustador é. Tal como a sua escrita, penso que esta série será muito atmosférica e muito densa. Não de uma forma falsa, mas de uma forma muito cuidadosamente pensada, para que se sinta realmente como se estivesse aqui neste reino. Não vejo filmes e televisão para me lembrar sempre que estou a ver um filme ou um programa de televisão. Quero perder-me, esquecer-me de onde estou e entrar na história. Acho que isso vai acontecer com esta série, por isso acho que os fãs dela vão ficar contentes.

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De que forma é que esta série pode honrar o legado de Anne Rice?

Como autor, tive a sorte de ter alguns dos meus trabalhos filmados e penso que todos os autores amam a sua escrita em primeiro lugar. Se um filme ou um programa de televisão faz com que as pessoas voltem atrás e o revejam, isso é a maior honra que se pode ter. Eu gosto de fazer isso, ver um filme baseado num livro e depois ir ler o livro. É ótimo!

PROMO | AMC APRESENTA INTERVIEW WITH THE VAMPIRE

Estás a acompanhar os novos episódios da série no AMC? O que pensas dos desenvolvimentos até ao momento?


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