Jacob Batalon | © Foto de Inês Serra / Magazine.HD

Jacob Batalon apresenta Reginald The Vampire

A convite do canal SYFY, a Magazine.HD esteve à conversa com o ator Jacob Batalon a propósito do seu novo projeto “Reginald The Vampire.”

Mais conhecido como o amigo de Peter Parker nos mais recentes filmes da Marvel, Jacob Batalon foi uma das presenças na Comic Con Portugal, que encerrou ontem a sua 8ª edição. O jovem ator de 22 anos veio ao nosso país apresentar o seu próximo projeto, a série “Reginald The Vampire,” da qual não só é protagonista, como também produtor executivo.

Jacob Batalon
Jacob Batalon na conferência de imprensa da Comic Con Portugal | © Foto de Inês Serra / Magazine.HD

Na conferência de imprensa, na qual a Magazine.HD participou, Jacob analisou precisamente este papel de dupla responsabilidade, referindo que gostou da experiência de ser o “homem do dinheiro.” Entre outros aspetos, confessou que o que o atraiu neste novo projeto foi precisamente a mensagem positiva que a série pretende transmitir. Apesar de ainda ser bastante jovem, o ator afirmou ainda sem quaisquer rodeios que não se importa com a opinião dos outros no momento de escolher o seu próximo papel. E que tem um verdadeiro fascínio por joias.

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“Reginald The Vampire” conta a história de Reginald que, num mundo povoado por vampiros belos, atléticos e vaidosos, ele não é nenhum. Assim, transformando-se num herói improvável, irá ter de enfrentar todo o tipo de obstáculos até descobrir que também ele tem poderes especiais. A série estreou o seu primeiro episódio na Comic Con Portugal, sendo transmitida pelo canal SYFY a partir de janeiro de 2023.

MHD: O que nos pode dizer sobre a sua nova série, “Reginald The Vampire”?

Jacob Batalon: Claro! De uma forma muito resumida, “Reginal The Vampirte” é sobre uma pessoa comum que tem a oportunidade de se tornar um herói. Creio que a série transmite a mensagem de que não nos temos de conformar com os padrões de Hollywood no que diz respeito à aparência de um herói. Podes ser como eu, representar uma pessoa comum, e salvar o dia na mesma. O que é realmente fantástico. Bom, mas a história mais precisa é que eu me torno um vampiro por acidente e sou uma espécie de blasfémia na comunidade vampírica de Akron, Ohio. O problema é que a pessoa que é tipo o líder dessa comunidade basicamente me quer morto, porque eu não sou “bom”.

MHD: Identifica-se com o Reginald?

Jacob Batalon: Penso que muitos de nós se identificam. O Reginald é uma pessoa comum, sabe. Sinto que ele acaba por representar todas as nossas inseguranças perante os padrões do que é atraente e bonito em Hollywood. Por isso, nesse sentido, claro, identifico-me.

MHD: O que o atraiu mais quando leu pela primeira vez o guião da série?

Jacob Batalon: Creio que o que gostei mais foi a mensagem que a série quer transmitir. Logo no primeiro episódio, direcionamos o diálogo para as pessoas que não são socialmente aceites e que são gozadas por isso. Por isso, gostei muito desse aspeto. E, para além disso, é uma série muito divertida. Tem um lado mais escuro, mas conseguimos distorce-lo com muitos toques de comédia. É muito excêntrica e peculiar. Penso que não serão muitas as pessoas que irão adivinhar o rumo da série, e acho que esse lado inesperado é uma coisa boa.

MHD: A série é inspirada na coleção de livros “Fat Vampire,” leu os livros?

Jacob Batalon: Sim, li os dois primeiros volumes e achei-os muito interessantes. No entanto, já não falamos daquela maneira, por isso creio que foi bom termos atualizado os diálogos. Na realidade, o autor dos livros tem um cameo na série. Não sei se alguém irá reparar, mas ele ficou muito entusiasmado por participar. Mas, é muito muito diferente do material original.

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Jacob Batalon em “Reginald The Vampire” | © James Dittiger/SYFY

MHD: Qual é a maior diferença entre “Reginald The Vampire” e as outras séries sobre vampiros?

Jacob Batalon: Bom, creio que a maior diferença é o próprio Reginald. Nenhum vampiro se parece propriamente com ele, e nenhum dos outros personagens também é como ele. São todos inquietantes e sombrios e estranhamente sexuais. Reginald é o tipo comum. E isso é um aspeto muito fixe. Também sinto que exploramos o lado mais humano de ser um vampiro em contraste com o protótipo a que todos estamos acostumados.

MHD: O Reginald cita várias vezes o mantra de Henry Ford “Se sempre fazes o que que sempre fizeste, irás sempre receber o que sempre recebeste.” No entanto, agora que a sua vida mudou drasticamente, como irá isso ser refletido na sua perspetiva de vida?

Jacob Batalon: Penso que essa linha de pensamento o irá acompanhar ao longo de toda a série. Muito do que lhe acontece é o resultado das suas próprias ações, por isso creio que à medida que avançarem na série, vão-se aperceber que o Reginald não é assim tão boa pessoa quanto isso. Mas acho que somos todos assim, na nossa condição humana. Ninguém é totalmente bom, e ninguém é totalmente mau. Por isso, ele irá cometer muitos erros e esse mantra irá aparecer muito.

MHD: Que tipo de preparação fez para este papel?

Jacob Batalon: Leio muito antes das gravações começarem. Mas também vi muitos conteúdos [filmes, séries] sobre vampiros. Tentei fazer tudo o que eles não estavam a fazer, para me tornar o oposto completo deles. O Reginald é parecido com o Ned [personagem que interpretou em “Homem-Aranha”] no sentido em que também é muito doce e inocente, mas também é charmoso o suficiente para que quando mete a pata na poça, continuamos a torcer por ele. Contudo, na vida real, se faço asneira, caem-me todos em cima. Creio que essa é a principal diferença.

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MHD: Ser um vampiro estava na sua lista de desejos?

Jacob Batalon: Não, mas ser o protagonista de uma série estava [risos].

MHD: O primeiro episódio estreou aqui na Comic Con Portugal e descobrimos que Reginald tem uma paixoneta. Podemos esperar mais romance após a sua transformação?

Jacob Batalon: Bom, a relação amorosa do Reginald com a Rachel se torna bastante complicada. De várias formas, não apenas por ele se tornar um vampiro. Existe muito para além disso.

MHD: Para além de protagonista, o Jacob é também um dos produtores executivos da série. Como foi poder realmente aportar ideias ao projeto?

Jacob Batalon: Acho que é muito fixe ser o patrão de todos! [risos] E, dado a fantástica mensagem que queríamos transmitir, investi muito de mim neste projeto. Foi muito bom estar do outro lado da camara, sabe, no que toca a estar por dentro das coisas. Bom, por outro lado, haviam muitas reuniões de manhã que eu não gostava, entre outros aspetos estranhos, como por exemplo “que chapéu deves usar hoje?” ou “que tipo de cama deve estar neste quarto?”. Eu simplesmente escolhia a opção mais barata [risos].

MHD: Numa era pós-pandémica, que novos desafios enfrenta enquanto ator?

Jacob Batalon: Muitos. Existem níveis para quem está no set. Os responsáveis pelo teu guarda-roupa, maquilhagem, de uma forma geral as pessoas que tocam nos atores muitas vezes. É difícil explicar. É como na sociedade, sabe, não podemos estar a menos de 2 metros um do outro, não nos podemos tocar, só podemos respirar o mesmo ar se estivermos de máscara, somos testados dia sim, dia não. Nada de especial. Ninguém te dá um conselho secreto para não ficares doente [risos].

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MHD: Quais são os seus próximos projetos? 

Jacob Batalon: Estou a escrever a minha própria série de “Star Wars” neste momento, o que é fantástico. Estou a mergulhar na Força e nos sabres de luz, e tudo isso. Por isso, estou de volta disso presentemente. Mas, gravei recentemente um filme de terror na Sérvia. Creio que estou a fazer de tudo um pouco, do que eu acho interessante. Mesmo que seja um guião maluco e eu gostar, vou fazê-lo. Sinceramente, já não me importo com a opinião dos outros.

MHD: Tem alguma preferência, entre cinema e TV? Existe alguma diferença significativa entre ambos?

Jacob Batalon: Bom, sim, depende do tipo de filme que estiveres a fazer. Se estiveres a fazer um filme como o “Homem-Aranha,” por exemplo, passas um dia inteiro a filmar uma página e meia de guião no máximo, que são basicamente todas as cenas de ação. Ao passo que em Televisão, gravamos cerca de oito ou nove páginas de diálogo e não apenas as cenas de ação. E eu gosto dessa carga de trabalho, sinto que conseguimos fazer e aportar mais, quase como se estivéssemos numa peça.

MHD: Qual a maior lição que retém?

Jacob Batalon: Meu deus. Bom, aprendi que a fama é muito inconstante. Aprendi que gosto mesmo muito de joias. Penso que ter a oportunidade de viajar pelo mundo é provavelmente a melhor coisa que qualquer pessoa pode fazer. Sentia-me tão fechado do mundo. E agora que estou constantemente noutros países, é toda uma nova experiência. Estou muito feliz por estar aqui e por conhecer pessoas diferentes. E, mais uma vez, todos os países tem joias incríveis [risos]. É muito fixe.

TRAILER | A NOVA SÉRIE DE JACOB BATALON ESTREIA NO CANAL SYFY A 2 DE JANEIRO

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