James Cameron diz que os Óscares não são justos para os Blockbusters

O já galardoado realizador pensa que a cerimónia de entrega de prémios não considera como devia os filmes considerados Blockbusters. Estará James Cameron a tocar num ponto fraco?

Na semana anterior, “La La Land” igualou “Titanic” e “All About Eve” para o filme com maiores nomeações para Óscar de sempre, numas mágicas 14. Teremos de esperar para ver se irá conseguir o mesmo feito do enorme êxito de bilheteira de James Cameron, com as suas 11 vitórias em 1998, mas sendo a corrente musical atualmente um grande negócio, as nomeações de “La La Land” são uma rara – e merecida – intersecção entre a crítica e o comercial.

No entanto, não acalma as críticas dos que consideram que a Academia não reconhece o suficiente o entretenimento mais popular. Numa entrevista recente, o galardoado realizador James Cameron refere que apesar de maior reconhecimento nos últimos anos (nos exemplos de “Inception“, “Avatar“, “The Martian“, “Mad Max: Fury Road“, ou “Gravity“, todos com nomeações para os prémios), ainda existe uma certa discriminação de filmes baseados em efeitos visuais ou que são vistos como mais comerciais.

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James Cameron Óscares da Academia

“Existe definitivamente um enviesamento. A Academia ainda tem a maioria dos seus membros que são atores. Eu adoro atores, mas é assim que eles pensam – são geralmente cépticos de tecnologia. Por isso quando vêem um filme que é muito dependente de efeitos visuais, eles dizem, oh, isso não é um filme de atuações”, disse o realizador na entrevista ao The Daily Beast.

James Cameron acredita ainda que o seu filme Titanic “era um filme de efeitos visuais em pele de cordeiro”, referindo que tinha efeitos visuais sim mas que era sobretudo acerca das pessoas e das histórias, tendo ficado os efeitos mascarados por isso. Mas por outro lado, na sua mais recente aposta Avatar os efeitos visuais estão mais notáveis, e “apesar de ter sentido que as atuações eram igualmente boas, e que a sua história era igualmente boa, eles não iriam recompensá-lo da mesma forma”.

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Acrescentou ainda que já decidira apostar em grande no cinema visual, ainda que possa continuar a intercalá-lo com boa performance e bons argumentos. “Duvido que volte sequer a ser nomeado, mas se for, provavelmente vou perder para um filme de Woody Allen. É a natureza. Por isso não tentem servir dois mestres.”, referiu Cameron.

Todos têm direito às suas opiniões, e é uma resposta honesta do realizador e produtor, que podemos verificar estar a apostar em grande nas suas sequelas de Avatar, tendo dado também informações mais recentes acerca do seu estado, referindo que acabou recentemente o argumento de “Avatar 5” (sim, já estão pelo menos mais 4 filmes anunciados que seguirão a grande produção de 2009!). Prevê-se que o primeiro retorno a Pandora se dê em 2018.

O que vos parece a declaração de James Cameron acerca nas nomeações da Academia?

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