James Gunn inspira-se no monstro mais famoso do cinema para Superman
Nem tudo o que voa é um pássaro ou um avião, e nem tudo o que inspira James Gunn, realizador de Superman, vem de onde esperamos.
James Gunn, o cineasta por trás do novo Superman no DCU, nunca foi um criador convencional. Desde os seus dias no irreverente “Guardians of the Galaxy” até à ousadia de “The Suicide Squad“, Gunn provou que sabe equilibrar grandiosidade com humanidade. Mas desta vez, a sua inspiração veio de um lugar inesperado: o Japão. E não, não estamos a falar de anime, mas sim de um monstro atemporal que, afinal, tem mais a ver com o Homem de Aço do que podíamos imaginar.
James Gunn inspirou-se no melhor Godzilla das últimas décadas
Num recente entrevista ao CinemaToday, James Gunn deixou cair a bomba: “O meu objetivo é fazer um filme como ‘Godzilla Minus One’, que mostrou o Godzilla, mas também teve um grande drama humano.”
A declaração não é surpreendente para quem conhece o trabalho do realizador, mas é reveladora sobre o que esperar do “Superman”. Lançado em 2023, “Godzilla Minus One” não foi apenas um sucesso comercial, mas também emocionou audiências com a sua profundidade narrativa.
James Gunn destacou que o filme japonês conseguiu algo raro: equilibrar a destruição épica com personagens humanos complexos. “No seu cerne, é uma história humana,” explicou. “A relação entre Clark Kent, Lois Lane e o vilão Lex Luthor está no centro do trabalho.” Esta abordagem sugere que o “Superman” de 2025 não será apenas mais um espetáculo de superpoderes, mas um estudo sobre identidade, responsabilidade e os laços que nos definem.
O trailer já ofereceu vislumbres desta dualidade. Enquanto Superman enfrenta criaturas colossais (numa clara homenagem ao estilo kaiju), vemos também cenas íntimas entre Clark e Lois, além de um Lex Luthor que promete ser tão cerebral quanto perigoso. Se James Gunn conseguiu capturar a mesma intensidade emocional de “Godzilla Minus One”, teremos não só um blockbuster, mas um filme que ressoa muito depois de sairmos do cinema.
O que isso significa para o futuro do DCU?
O DCU está inegavelmente numa encruzilhada. Após anos de altos e baixos, “Superman” marca o início oficial do DCU, e a escolha de James Gunn como arquiteto não é acidental. O realizador tem um talento único para misturar o grandioso com o pessoal, e a sua admiração por “Godzilla Minus One” só reforça essa direção. Se o filme provou que monstros podem servir de pano de fundo para dramas, por que não aplicar a mesma lógica a Superman?
O elenco também reflete essa ambição. David Corenswet, no papel de Clark Kent, terá de equilibrar a vulnerabilidade do repórter com a força do herói. Nicholas Hoult, como Lex Luthor, promete uma vilania cerebral, enquanto Rachel Brosnahan trará a determinação e sagacidade de Lois Lane. E não podemos esquecer Milly Alcock como Supergirl, cuja introdução aqui prepara o terreno para “Woman of Tomorrow” (2026). Todos estes elementos sugerem um filme tão focado nas pessoas quanto nos poderes.
Mas a grande questão permanece: será que o público está pronto para um Superman que prioriza o coração sobre o espetáculo? James Gunn parece acreditar que sim. E se há alguém que pode convencer os espectadores de que um herói tem tanto em comum com um lagarto atômico, é ele.
Acreditas que “Godzilla Minus One” é a inspiração certa para o novo “Superman”, ou preferias uma abordagem mais tradicional? Deixa a tua opinião nos comentários.