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Killing Floor 3 – Análise

Quando ouço o nome “Killing Floor”, sou imediatamente mergulhada nas tardes das férias de verão passadas e servers privados e conversas no TeamSpeak. Lançado em 2009 pela Tripwire Interactive, o jogo mistura FPS, “zombies” chamados de Zeds, um humor caótico, inimigos que vão do 8 ao 80 em dois segundos, mapas criativos, e mecânicas cativantes.

Quase 20 anos depois, “Killing Floor” ainda conquista 229 jogadores online ao momento desta análise – e eu poderia ser um deles. Autêntico fenómeno do início dos anos 2010, o franchise apresenta esta semana o seu terceiro capítulo, podendo ser jogado no PC (Steam e Epic Store), PlayStation 5 and Xbox One. Mas, será que vale a pena?

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“Killing Floor 3” é para ti… Se nunca tiveres jogado o franchise

killing floor 3 foster
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No seu core “Killing Floor 3” é um jogo que vale muito a pena experimentares. O grande vilão da história continua a ser a Horzine, uma empresa tipo Umbrella Corp. que desenvolveu criaturas chamadas Zeds. Mais uma vez, fazes parte de um grupo de elite enviado com o objetivo de os eliminar.

O gameplay é interessante, com classes distintas e skills que permitem flexibilidade no teu estilo de combate. O objetivo é o de sobreviver a waves. Os inimigos vão do super fácil ao incrivelmente difícil para novos jogadores, incentivando-te a conhecer os mapas e os seus truques, bem como a permanecer junto da tua equipa.

A banda sonora e gore continuam a ser fenomenais e nada melhor do que explodir cabeças de Zeds depois de um longo dia de escola ou trabalho. As personagens continuam a ter as suas falas amalucadas entre rounds, e os bosses finais são um desafio interessante.

Apesar dos problemas de performance e bugs visuais reportados por diversos jogadores (algo cada vez mais normal), diria que “Killing Floor 3” vale a pena para novos jogadores e pessoas que procuram um novo e divertido título para experimentar com amigos.

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Quais as grandes mudanças?

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A primeira grande alteração substancial acontece nas classes. Cada classe tem agora mais skills e habilidades distintas. Não falo apenas das granadas ou boosts em determinadas armas. “Killing Floor 3” introduz de facto poderes específicos de cada classe, bem como um Ultimate.

Isto permite ao jogo ser ainda mais caótico, no bom sentido, atirando novos desafios enquanto espera que te consigas adaptar rapidamente. O ZED Time foi também renovado, permitindo movimento mais rápido e um aumento significativo do dano, tornando-o mais interessante.

No que toca ao combate, “Killing Floor 3” introduz ziplines e sentry guns ativados com a tool, criando oportunidades estratégicas para eliminar as waves mais desafiantes.

Se tens “Killing Floor 2″… Continua por lá

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Se me disseres que tens o “Killing Floor 2” e me perguntares se vale a pena gastares pelo menos 40 euros no novo “Killing Floor 3”, a minha resposta, neste momento, é não.

A energia dos dois primeiros desapareceu por completo. Quando “Killing Floor 2” foi lançado, ele tinha alguns dos problemas que este tempo, nomeadamente, performance. Contudo, o mapa de neve, o laboratório vibrante da Horzina e a Paris destruída, fizeram-me querer explorar cada pedaço do jogo. Os mapas de “KF3” são simplesmente aborrecidos.

O som que alertava para a entrada do Fleshpound ou do Strake, transmitia uma sensação de “oh m****” que este simplesmente não consegue, com um som que se mistura muitas vezes com os tiros e os inimigos normais. O humor desapareceu quase por completo e o tradepost continua a ser uma máquina “sem qualquer vida”.

O próprio design dos Zeds sofreu alterações mas não para melhor. Ver a Siren transformada num robot que se abre para gritar é triste. E os crawller deixam de ser escuros, misturando-se por vezes com o chão para te dar aquele bom jumpscare.

Estes podem ser os devaneios de uma gamer com centenas e centenas de horas no franchise. Mas sinceramente não vejo qualquer razão para, neste momento, investir 40 euros numa versão ligeiramente melhorada de “Killing Floor 2”. Com os próximos updates, esta opinião pode mudar – e espero mesmo que mude pois o franchise merece todo o sucesso do mundo.

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Vale a Pena?

  • A minha resposta sincera é: se tiveres o “Killing Floor 2” não compres a sequela para já. Enquanto o segundo título da agora trilogia trouxe grandes mudanças no design e gameplay, o novo projeto parece “mais do mesmo”. Os gráficos são mais atuais mas não necessariamente melhores. O gameplay sente-se o mesmo, apesar das perks permitirem maior flexibilidade. Não estou zangada, simplesmente desapontada.
Overall
6/10
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Pros

  • Um novo sistema de classes com habilidades específicas e um Ultimate que pode decidir o futuro da tua equipa;
  • Gráficos melhorados e Zeds com novos designs;
  • Uma banda sonora capaz de fazer inveja a “Doom: Eternal”.

Cons

  • Mapas e designs em geral pouco cativantes;
  • Gameplay semelhante a “KF2”;
  • Problemas de Performance.


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