Daniel Litman

The Little Drummer Girl | Daniel Litman em entrevista exclusiva

Daniel Litman, actor de “The Little Drummer Girl”, deu-nos uma entrevista exclusiva onde falou da sua experiência com a nova série da AMC!

Quem é que está a interpretar em “The Little Drummer Girl”?

Daniel Litman: Eu interpreto Daniel, um agente da Mossad israelita que chega de Tel Aviv para se reunir com o seu mentor, Kurtz [Michael Shannon], para iniciar uma nova missão. Ele é jovem, e utiliza a sua mente e coração… mas acima de tudo as suas mãos!

Qual é a sua relação com Kurtz?

DL: O Daniel tem um respeito imenso pelo Kurtz porque ser quem é, e por aquilo que conquistou no passado. Todos na equipa têm o seu lugar; Kurtz, Becker, Litvak, todos eles. O Daniel respeita-os e espera um dia conseguir atingir uma posição semelhante. É pelo Kurtz que ele aprende o que tem a fazer e por vezes o que não deve fazer.

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Daniel Litman
Michael Moshonov, Michael Shannon e Daniel Litman

E o resto da equipa?

DL: A beleza da equipa é que temos pessoas de lugares muito diferentes, mas que partilham o mesmo objectivo. Existem personagens interessantes nesta equipa; temos a Simona [Brown] que interpreta Rachel, Claire [Holman] é Miss Bach, e Gennady como Schwilli, que também é israelita. Desde que fizemos o primeiro ensaio ensaio que nos sentimos como uma equipa. Estivemos uns com os outros durante as filmagens, mesmo nas pausas para almoço, e nas noites após acabarmos as filmagens. Nós tivemos uma conexão muito boa uns com outros, o que criou uma dinâmica extraordinária. A história que estamos a contar fala sobre a humanidade e leva as pessoas a conhecerem-se como indivíduos, o mesmo aconteceu connosco.

Como foi trabalhar com Michael Shannon?

DL: Inicialmente, trabalhar com Michael foi esmagador. Para dizer a verdade, após ter conseguido o papel, eu sabia que ele fazia parte do projecto até chegar a Londres e ver a fotografia das personagens e actores. Foi aí que vi o Michael e disse para mim mesmo: “Wow”. Sou de Israel e cresci a ver este actor brilhante. Esta foi uma oportunidade invencível para mim, conseguir vê-lo a trabalhar e ir aprendendo. O profissionalismo dele foi notável. Foi uma honra enorme poder trabalhar com ele.

E [Chan-wook] Park, o realizador?

DL: Trabalhar com Park foi um dos maiores privilégios que alguma tive. O Michael Shannon e eu tivemos uma cena juntos num carro e de repente, antes de dizerem acção, olhei para o realizador, Wonjo [produtor] e Woosh, o director de fotografia, e disse ao Michael que devíamos apreciar aquele momento; estávamos a trabalhar com génios que estão no pico das suas profissões. Park é uma pessoa espectacular. Ele não fala inglês, ele fala em coreano, mesmo assim tu ouves o que ele diz com atenção mesmo não percebendo nada. Nós temos toda a nossa atenção nele porque ele é fascinante. Ele é tão artístico que consegues perceber o que ele diz pelos seus olhos e linguagem corporal.

O que pensa do design de produção?

DL: A história decorre nos anos 70 e todos os departamentos capturaram isso perfeitamente. Do guarda-roupa à maquilhagem, das props aos sets, localizações… isto realmente me surpreendeu. Fez-nos sentir muito seguros, parecia que estávamos realmente nos anos 70, o que nos ajudou imenso. Ele colocaram-me numa peruca para me dar um penteado ao estilo da década de 70. A maioria do elenco e da equipa só souberam que era uma peruca quando fomos jantar e viram-me com o cabelo curto. Chegaram a perguntar-me “Cortaste o cabelo? Estás louco? Ainda estamos a filmar!” Não, é uma peruca, não se preocupem! A aparência ajudou-me a entrar na personagem. Decidimos que iria ficar com a barba porque não havia mais ninguém com uma e queria trazer algo um pouco diferente.

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Daniel Litman
Daniel Litman

Como foram as filmagens?

DL: Tem sido impressionante, tudo aconteceu muito rápido e tive a possibilidade de ver tantos lugares lindos. Nos começámos em Londres, estivemos lá durante o inverno e estavam dez graus negativos. Sou do Médio Oriente e não conseguia sentir os pés passado um pouco, mas foi espectacular. Depois fomos para a Grécia, um dos meus países favoritos. Também fomos a um lugar chamado Lagoumitzi que fica a 15 minutos de Atenas. Por fim, estivemos na República Checa. É um privilégio ter uma profissão que me leva a estas localizações fantásticas.

Qual foi o seu momento favorito da série?

DL: Eu tenho uma fala favorita na série. Eu digo “Têm de ir assim tão longe?” Eu gosto da frase porque diz tudo. Estou ciente da situação [de Israel com a Palestina], porque vivi lá. Existem duas facções a lutar pelo seu lugar, no entanto quando se conhecem as pessoas, conheces seres humanos e esqueces-te de tudo o resto. Por isso perguntas-te, “Têm de ir assim tão longe?”. Nós somos o mesmo. Queremos a mesma coisa, temos as mesmas necessidades, somos basicamente o mesmo. Porque é que temos de chegar a estes estremos? Isto é algo que conversei com o Park e a produtora Laura Hastings-Smith. No que toca à série, nós devíamos exibir a humanidade e não apresentar as pessoas como robots ou soldados que só fazem o que lhes é ordenado.

A primeira temporada de “The Little Drummer Girl“ tem estreia exclusiva na AMC a 07 de Abril (domingo), pelas 22h10. Vais assistir?

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