Mundo Jurássico, em análise (RM)

 

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 FICHA TÉCNICA

  • Título Original: Jurassic World
  • Realizador: Colin Trevorrow
  • Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Ty Simpkins
  • Género: Ação, Aventura, Sci-fi
  • NOS Audiovisuais| 2015 | 124 min

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O parque está finalmente aberto ao mundo, mas continua tão perigoso como antes.

Em 1993, foi-nos mostrada uma versão de teste daquele que viria a ser o maior parque temático do mundo. Contudo, as atrações mostraram ser mais perigosas do que se estava à espera. 22 anos depois, o parque abre finalmente as portas ao público. Não é revelado se os dinossauros do parque são os mesmos do original, mas estes parecem ser mais controláveis do que os outros, por isso talvez tenham conseguido alterar o gene que os tornava indomáveis. Mesmo com os progressos na manipulação genética, o falhanço do Jurassic Park continua muito presente e o Jurassic World toma todos os cuidados para evitar outro desastre. Mas mais uma vez, a ganância do Homem pode levá-lo a criar algo imparável.

O enredo deste filme é muito semelhante ao do primeiro. Ficamos maravilhados com o parque e as suas atrações, mas os dinossauros são subestimados e acabam por conseguir enganar os humanos e escapar. Há duas crianças que estão em perigo, ao tentar salvá-las são perseguidos pelo dinossauros e a ilha tem de ser evacuada. Tudo isto com um toque mais moderno, e Colin Trevorrow não olhou a meios para intensificar tudo aquilo que fez de Jurassic Park um clássico inesquecível. Claro que captar aquela sensação de espanto quando se vê os portões do parque pela primeira vez, ou o campo de Brontossaurus no primeiro filme não seria fácil, mesmo assim não esteve muito longe disso quando vimos o novo parque pela primeira vez. Mas a banda-sonora de Michael Giacchinno, que presta homenagem à de John Williams, ajudou bastante nesse aspeto.

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O avanço tecnológico também ajudou a adicionar mais tensão à história. Ninguém pode negar que os efeitos especiais no primeiro Jurassic Park são dos melhores alguma vez conseguidos no cinema. Contudo, não davam tanta liberdade ao realizador, como os efeitos dão hoje em dia. Desta vez, a ameaça é muito mais real do que alguma vez fora e o trabalho visual no filme intensifica-a muito mais. As cadeiras vão se partir, os seus braços vão ficar gastos, tal é a quantidade de emoções que são deixadas à flor da pele ao longo do filme.

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O Indominous Rex é o dinossauro que vai tirar o sono à nova geração de cineastas. Ele é maior do que o T-Rex, é mais inteligente e tem determinadas capacidades que fazem dele a arma perfeita. Apesar disso, há aspetos que fazem dele o dinossauro mais aleatório de sempre. Parece até que foram sendo inventadas habilidades para dar ao bicho, à medida que o guião ía sendo escrito. Ignorando o fato de ele se conseguir camuflar e alterar a sua temperatura, e apenas usar estas capacidades uma vez no filme. O Indominous Rex é suposto conseguir ver, ao contrário do T-Rex. o qual, tal como nos é ensinado no primeiro filme, é cego e guia-se através do som, sendo pouco aconselhável gritar por perto de um deles. Porém, por mais vontade que ele tenha de mostrar a sua força e matar tudo aquilo que lhe passa à frente, cada vez que há humanos por perto ele prefere ignorá-los. Porquê? Não sei, perguntem-lhe se tiverem coragem. Tirando isto e o fato de aparentemente  ser também extremamente flexível e habilidoso ao ponto de saber livrar-se dum localizador que tinha nas suas costas, o Indominous Rex provou ser um inimigo à altura do T-Rex, mas as suas fracas habilidades sociais podem ser uma desvantagem.

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O 3D e o IMAX são dois ingredientes que não podem faltar no visionamento deste filme. Só a possibilidade de nos conseguirmos sentir mesmo dentro do parque devia chegar para convencer qualquer um. Estes dois elementos proporcionam uma experiência tão imersiva que vão temer mais pelas vossas vidas do que pelas das personagens.

O elenco em geral é sublime. Todos os atores conseguem fazer-nos acreditar de corpo e alma nas maravilhosas criaturas que são os dinossauros e no quão reais eles são como ameaça. Bryce Dallas Howard revela ter uma personagem muito mais complexa do que inicialmente foi dado a entender e tem aqui um desempenho fantástico. Ainda vai é ter de explicar como é que conseguiu passar o filme todo a correr com sapatos de salto alto. Temos também Irrfan Khan, que nos tenta dar a sua versão da personagem de Goldblum em Jurassic Park, mas não é fácil superá-lo. Agora a grande estrela do filme é, sem dúvida alguma, Chris Pratt. Não há como criticar o trabalho de Pratt neste filme. A relação que consegue transmitir, entre ele e os dinossauros, e o respeito que a sua personagem sente por eles, é por si suficiente  para tornar as criaturas credíveis.

Jurassic World tem tudo o que o original tinha de bom e melhora-o para a nova geração de cineastas também conseguir ficar encantada pelos temíveis dinossauros da Isla Nublar.

RM

 

 

 

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