Dafne Keen é Lyra Belacqa em Mundos Paralelos HBO Max Portugal © 2022

Mundos Paralelos, terceira temporada em análise

“Mundos Paralelos” prepara-se para a sua derradeira temporada, sendo uma das apostas da HBO Max para a altura de Natal. Mas o que esperar da mais recente adaptação da trilogia de Philip Pullman? A Magazine.HD teve acesso aos últimos episódios da série e conta-te (quase) tudo sobre o que podes esperar da aventura de Lyra Belacqua.

Não tem dragões nem bate recordes de visualizações na plataforma da HBO, mas isso não quer dizer que Mundos Paralelos não tenha uma palavra a dizer no mundo da fantasia televisiva. A terceira temporada de “Mundos Paralelos” estreia no próximo dia 6 de dezembro, na HBO Max, naquele que será o último capítulo da série iniciada em 2019.

Depois de uma adaptação cinematográfica que não agradou a todo o tipo de públicos, Jack Thorne (“Enola Holmes” e “Os Aeronautas”) tinha uma missão interessante de adaptar a trilogia com o mesmo nome de Philip Pullman (também um dos argumentistas da série). Esta terceira temporada tem como inspiração o último livro de Pullman, intitulado de “Telescópio de Âmbar”, encerrando o ciclo iniciado em “Reinos do Norte” e continuado por “A Torre dos Anjos”.

Mas o que esperar desta terceira temporada? Iniciamos a série ao seguir as aventuras de Lyra Belacqua, protagonizada por Dafne Keen (“Logan”), que foi raptada pela sua mãe Marisa Coulter, interpretada por Ruth Wilson (“Luther” e “Jane Eyre”).

Por outro lado, seguimos também o caminho percorrido por Will, personagem interpretada por Amir Wilson (“O Jardim Secreto”), que deseja encontrar Lyra, não importa o custo que tem de assumir. Acompanhamos também as maquinações de Lorde Asriel, interpretado por James McAvoy (“Fragmentado” e “Expiação”), que procura os segredos para combater a Authority, uma entidade divina conhecida por ter criado o mundo e que serve de inspiração para o Magisterium, uma organização religiosa semelhante à Inquisição.

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E é nestes vários caminhos intricados que vive a terceira temporada de “Mundos Paralelos”. Se nas primeiras temporadas, fomos ficando a conhecer os personagens e, de forma muito tímida, tendo acesso a uma primeira imagem muito pela superfície, chegamos ao esplendor da abertura ao multiverso e de universos fantásticos, à boleia de uma cinematografia que nos dá um sentido de imensidão, e acompanhada por uma envolvência muito interessante com a banda sonora criada por Lorne Balfe.

Podemos contar com vários momentos de ação, efeitos especiais de qualidade, dando vida a algumas das criaturas mais estranhas de “Mundos Paralelos”, não ficando atrás de alguns dos efeitos produzidos em algumas das séries mais conhecidas.

Ruth Wilson é um dos destaques da temporada HBO Portugal © 2022
Ruth Wilson é um dos destaques da temporada HBO Portugal © 2022

Mas não só de aventuras e fantasia se faz a mais recente temporada desta série. O ritmo dos episódios é marcado não apenas pelo desenvolvimento dos vários momentos do trama, mas também através de um argumento muito assente em diálogos diferenciados e bem elaborados, que nos fazem debater alguns dos temas mais complexos da sociedade, como a ciência contra a religião, a noção de vida e de morte ou o papel da alma na nossa vivência como seres humanos.

Para dar força à série, muito se deve ao fantástico trabalho realizado por Ruth Wilson, um dos grandes destaques da temporada, que utiliza todo o seu arsenal como atriz para demonstrar vários estados de debate emocional da sua personagem. James McAvoy tem mais momentos de destaque do que na segunda temporada, onde esteve praticamente desaparecido. No entanto, o seu papel pode também parecer um pouco deslocado no seguimento dos episódios.

James McAvoy ganha outro protagonismo na terceira temporada HBO Portugal © 2022
James McAvoy ganha outro protagonismo na terceira temporada HBO Portugal © 2022

Como pontos menos positivos, apenas apontar alguma falta de demonstração clara de real interesse das personagens interpretadas por Simone Kirby e Adewale Akinnuoye-Agbaje, que parecem um pouco perdidas e cujo real valor para o trama não parece muito bem definido.

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Em suma, a terceira temporada de “Mundos Paralelos” é o culminar de uma aventura que pretende envolver os espectadores em mundos que parecem saídos de sonhos, em noções de imensidão e de dimensões alternativas, dando um cunho de fantasia diferenciado de séries como House of The Dragon ou Diários do Vampiro, outras opções que estão também disponíveis na HBO Max.

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  • Diogo Marcelo - 82
82

CONCLUSÃO

“Mundos Paralelos” pode não chamar à atenção no longo catálogo da HBO Max como uma das séries de fantasia para ver e rever. Mas aquela que parecia ser apenas mais uma série de fantasia e aventura, ganha toda uma nova envolvência, complexidade e interesse com os diálogos intricados, a grande interpretação e relacionamento com as personagens e os efeitos especiais de grande destaque. A série mostra que, muitas vezes, apenas precisamos de uma série para dar a conhecer uma história que nos envolve, da forma como um filme muitas vezes não consegue.

Pros

  • Personagens relacionáveis e crescimento ao longo das temporadas
  • Diálogos interessantes e envolventes
  • Interpretação de Ruth Wilson
  • Efeitos especiais de topo

Cons

  • Papel de alguns personagens com pouca relevância ou perdido no trama
  • Ritmo dos episódios pode ser um pouco lento para algumas pessoas
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