NOS Alive 2016 | Triunfo dos Arcade Fire nesta última noite do Festival

Neste terceiro dia, os Arcade Fire não desiludiram, dando um espectáculo memorável, e os M83 explicaram o porquê de terem sido escolhidos para fechar o Palco NOS.

Quando, finalmente, o entardecer se fazia sentir no Passeio Marítimo de Algés, José Gonzalez subiu ao palco Heineken.  O cantor de música indie/folk sueco teve o mérito de, no horário das 20, atrair para aquele que é o palco secundário do NOS Alive um maior número de pessoas quando comparado com o dia anterior. Como não poderia deixar de ser, apresentou-se no seu estilo descontraído, e, mais uma vez, fez da sua viola Alhambra ( oriunda de Espanha) a sua fiel companheira. Gonzalez centrou muito do seu concerto no seu álbum de 2015: “Vestiges and Cows”.

Jose Gonzalez

Estávamos cada vez mais perto das 21 horas, e as atenções começavam a voltar-se para o Palco NOS, onde os Band of Horses iriam anteceder um dos concertos mais aguardados desta 10ª edição do Alive: os Arcade Fire. Mas ainda havia tempo para os Vetusta Morla, banda muito famosa no país vizinho que atuou pela primeira vez em solo nacional,  apresentarem alguns dos seus trabalhos, tendo preferido dar destaque às canções do último álbum.

Era altura de os Band of Horses entrarem em palco. O público, num ambiente descontraído e expectante ora se senta, ora começa a preparar-se para dançar ao som dos norte-americanos. Do concerto, talvez mereça destaque o tema “Is There a Ghost”, um dos mais populares do grupo e uma escolha acertada para chamarem à atenção, “No One’s Gonna Love You”, que cumpriu o objetivo de mexer com o público e “The Funeral”, a música com que terminaram este concerto. Talvez devido à pouca interação com o público, a verdade é que o clima nunca passou do “morno”. No final do concerto, a banda anuncia que, de seguida viriam os Arcade Fire e o público começa a estar ao rubro.

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Não nos podemos esquecer que os Band of Horses tinham um papel difícil neste dia, entre duas bandas com um clima mais “festivo”, o seu ambiente mais monótono não sobressaiu.

Band of Horses

Sim, finalmente tinha chegado a hora dos Arcade Fire subirem a palco. As expetativas eram elevadas e os Arcade Fire, mais uma vez, não desiludiram. Luzes, animação, muita música e um público sedento de ouvir os ( muitos) clássicos de Arcade Fire.  Conseguiram conduzir-nos numa viagem que ninguém queria que terminasse, experimentamos um misto de sensações, num verdadeiro desafio aos sentidos.  Os Arcade Fire construíram uma verdadeira pista de dança, e ofereceram uma escolha musical de excelência.

A banda, formada em 2001, tocou as “velhas canções” e o público delirou, retribuindo com muitos aplausos e com muita animação, num concerto que foi memorável. Começaram em beleza com a “Ready to Start”, e tocaram músicas como “The Suburbs”,  “No cars go” ,“Sprawl II” , “Ocean of noise” e, claro não podia faltar a “We used to wait”. Aos Arcade Fire também temos de dar o mérito de saber sempre o que os fãs querem ouvir, tiveram a perspicácia de perceber que os fãs ansiavam pelas musicas mais “antigas” do álbum Funeral  . Está mesmo confirmado, os Arcade Fire nunca desiludem e sabem exactamente como deixar os seus fãs contentes.
Arcade Fire

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Four Tet conseguiu um feito: despertar o interesse de algumas pessoas que estavam a ouvir Arcade Fire, e atraí-las para o palco Heineken e por isso merece ser referenciado. Ainda assim, talvez tenha ficado aquém das expectativas ao apresentar-se com um DJ Set ao invés do seu live act.

Depois de um concerto arrebatador dos Arcade Fire, não era nada fácil animar o exigente público mas os M83 conseguiram mostrar que foram uma boa aposta para fechar este último dia do NOS Alive e prolongaram a euforia e o clima de dança iniciados com a banda do Canadá.  Com uma escolha musical meticulosa e perfeita, os M83 ofereceram uma verdadeira viagem pela sua carreira. Como seria de esperar, não faltaram músicas como “We Own The Sky” ou “Midnight City”.

O público ficou agradado com a grande competência técnica dos M83 e com o seu alinhamento musical pelo que os recebeu de forma entusiasta. Tocaram apenas durante uma hora mas, por todo o lado, se viam pessoas a dançar e a cantar. Os M83 cumpriram bem a sua difícil tarefa.

M83

Ainda havia tempo para nos dirigirmos para o Palco Heineken onde a canadiana Grimes se estreava em Portugal. Chegamos já quase no fim do concerto mas, ao aproximarmos do palco Heineken deparamo-nos com uma enchente de pessoas que cantavam ao som das músicas da artista.  A sua energia contagiou aqueles que abandonaram o palco NOS, onde tocavam os M83, para a ouvir.

Já foram anunciadas as datas para a 11ª edição do NOS Alive, dia 6,7 e 8 de Julho, no Passeio Marítimo de Algés.


 

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