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Nem Girl in Red, nem Justice, foi Finneas a salvar o segundo dia do NOS Alive 2025

O NOS Alive 2025 já vai a meio! No segundo dia os aguaceiros ligeiros chatearam mas a alma do público foi imensa com ajuda dos Justice.

O segundo dia do NOS Alive 2025 começou com céu encoberto e terminou com céu aberto no espírito. A ameaça de chuva pairou durante grande parte do dia, e continuou mesmo ao cair da noite, com um pouco de vento à mistura, o suficiente para testar a paciência dos mais sensíveis — mas longe de estragar o ambiente.

Aliás, o que se viu foi precisamente o contrário: um público entregue, palcos ao rubro e artistas determinados a provar que a música vive para lá das nuvens e do mau tempo (que diga quem esteve no Primavera Sound Porto 2023). O segundo dia do festival teve muito menos público. Ainda assim, a festa foi rija com os Justice e as lágrimas vieram com Finneas e Girl in Red.

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Um dia à altura das expectativas apesar do menor número de pessoas

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Com um cartaz eclético e recheado de nomes sonantes, o segundo dia revelou-se, acima de tudo, um hino à diversidade musical. Dos ritmos vibrantes de Anyma à intensidade emotiva de Girl in Red, passando pela entrega elétrica de Justice, o dia foi pautado por atuações que desafiaram qualquer hesitação provocada pelo clima.

Girl in Red passou do Palco Heinken para o Palco NOS e teve a honra de abrir o segundo dia do festival. Manchado pelo mau tempo, a cantora norueguesa trouxe energia para um público que estava ali claramente para si. Mas a grande referência do palco principal foram os franceses Justice.

Os Justice surgiram em palco como uma força da natureza. A sua presença hipnótica, vestida de luzes etéreas e entrega absoluta, fez esquecer por completo qualquer desconforto. O público, visivelmente rendido, acompanhou cada nota como se fosse a última. Assim sendo soou como um exorcismo coletivo, com milhares a dançar em sintonia.

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Palcos secundários continuam com grande protagonismo

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Enquanto os cabeças de cartaz enchiam os olhos e ouvidos de quem ocupava o palco principal, os palcos secundários deram provas de vitalidade artística. Assim sendo por lá havia duas bandas de encher o olho (e ouvidos) – The Backseat Lovers e Mother Mother – duas bandas cheias de energia.

Além disso, foi daqueles casos em que merecia estar no palco principal (talvez até podia ter sido a substituição de Sam Fender). Não havia espaço no palco Heineken para todos aqueles que queriam ver o irmão de Billie Eilish ao vivo pela primeira vez em Portugal. Assim sendo, se muitos ficaram até perto da meia noite, foi por causa de Finneas. Claramente o concerto mais esperado do segundo dia.

Finneas, no palco Heineken, ofereceu um espetáculo coreografado ao milímetro, com um pop alternativo e intimista num concerto que agradou até os mais céticos. A harmonia entre som e visual foi um dos pontos altos do dia.

St. Vincent, também no palco secundário, provou porque é que foi chamada. Com músicas como “Los Ageless”, “Broken Man”, “Cruel” e “Surgeon”, o público dançou ao seu ritmo.

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A festa continua em grande!

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O segundo dia do NOS Alive 2025 provou que um pouco de chuva não afasta ninguém de um alinhamento sólido e atuações de peso. A energia foi constante, a adesão grande e o sentimento geral, de comunhão e alegria.

O que torna um festival memorável raramente se resume à perfeição técnica. O NOS Alive voltou a mostrar por que razão se mantém como um dos mais relevantes eventos de música ao vivo na Europa. Mesmo com alguma ameaça de chuva, o espírito coletivo foi de entrega total. Era caso para dizer, poucos mas bons!

Em tempos em que tudo parece planeado ao segundo, é bom lembrar que a música ao vivo ainda vive de imprevistos, de momentos partilhados sob o mesmo céu, com ou sem sol. E ontem, no Passeio Marítimo de Algés, foi isso mesmo que se viveu: um festival onde a alegria falou mais alto que o clima, e onde cada acorde valeu a pena — mesmo que caíssem algumas gotas pelo caminho.

Assim sendo seguimos para o último dia do festival com Muse, Jet, Nine Inch Nails, Foster The People e muito mais! Curiosamente, a última vez que os Muse estiveram em Portugal, no Rock in Rio Lisboa 2022, também houve chuva. Vai se repetir?

Ias preparado para a chuva?



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