girl in red na sua primeira passagem por Portugal © David Passos / MHD

girl in red elétrica na 1ª. visita a Portugal no NOS Alive

girl in red, A.K.A Marie Ulven Ringheim, é uma estrela em ascensão e uma referência indie-pop para a nova geração. A cantora e compositora norueguesa de 24 anos é uma referência para a sua geração, e provou-o perante um palco Heineken a rebentar pelas costuras, a 7 de julho, no NOS Alive e na sua 1ª. visita a Portugal. 

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Marie Ulven Ringheim, cantora e compositora norueguesa, desfruta atualmente de uma tendência ascendente pouco frequente em artistas europeus. Com 12 milhões de audições mensais, em média, no Spotify, “girl in red” apresenta um arranque de carreira auspicioso, com um alcance internacional bem para lá das terras do velho continente. Com uma carreira que arrancou apenas em 2017, Marie chegou de certo a um novo nível de exposição, ao tocar, tão recentemente quanto no último mês, em estádios esgotados nos EUA, como um dos atos de abertura de Taylor Swift no âmbito da sua gigantesca e megalómana “Eras Tour”.

Girl Red ALIVE
© David Passos / MHD

Agora, girl in red volta à sua Europa para o circuito de festivais. A cantora indie, conhecida pelas suas canções honestas acerca de amor, afirmação lésbica e saúde mental, foi recebida pela primeira vez em Portugal, a 7 de julho, e no Palco Heineken do NOS Alive, pelas 20h00, com grande entusiasmo, gritos e perante uma tenda totalmente repleta. Aqui, sentimos um fenómeno semelhante ao vivido o ano passado aquando da primeira passagem de Phoebe Bridgers por Portugal. A criação de um pequeno micro-cosmos musical, onde, por 1h00 e pouco, toda a gente naquela tenda comunga de uma mesma experiência musical.

Enquanto que no palco principal existe uma convergência de super-fãs e observadores casuais, em concertos de cabeças de cartaz como Artic Monkeys ou Red Hot Chili Peppers, nesta tenda as músicas eram entoadas por um público jovem, a cantar com toda a determinação e com todas as letras na ponta da língua. Uma figura de referência para a nova geração, Marie é uma lésbica assumida que utiliza a sua liberdade queer e a sua paixão por raparigas como uma arma de afirmação pessoal – tudo isto pode parecer ‘banal’ em 2023, mas a verdade é que, há não muito tempo, a celebração da identidade, especialmente por parte de jovens raparigas, não ocupava o lugar cimeiro e legítimo que hoje ocupa na cultura pop.

Girl in red é uma discípula de Taylor Swift, e nomeia-a como a sua maior influência musical. Hoje em dia, muitas cantoras e compositoras o são, de Phoebe Bridgers a Gracie Abrams, de Sabrina Carpenter a Olivia Rodrigo, de Maya Hawke a Gayle. Estas jovens cantoras firmam a sua influência através das composições próprias que pautam a sua discografia, e através de uma preocupação com autoria que, no início deste milénio, pura e simplesmente não existia no mundo da pop no feminino.

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Apesar de ter dito estar com problemas gastrointestinais, ninguém acreditaria ou julgaria tal apenas olhando para Marie em palco. Girl in red cantou, dançou, pulou, interagiu efusivamente com a audiência e até fez algum crowdsurfing, numa primeira visita a qual Marie reconheceu estar a correr particularmente bem.  Com esta primeira passagem por terras lusas, girl in red promove “If I could make it go quiet”, o seu sólido primeiro disco de originais, lançado em 2021 e produzido, entre outros nomes, por FINNEAS, irmão e colaborador permanente de Billie Eilish.

O seu alinhamento arrancou em altas com “You Stupid Bitch”,uma das suas músicas mais animadas e, ao contrário da sua habitual atitude doce em baladas românticas, também uma das mais revoltadas das suas canções. A batida pop-punk arrancou em grande o alinhamento do concerto, e duas músicas depois chegou “Girls”, um hino empolgado ao amor entre raparigas, que a plateia entoou de forma irrepreensível, entre muitos pulos e bandeiras LGBTIAQ+ içadas bem alto.

De seguida, duas das suas mais românticas e belas músicas, que se prendem com as estações e a memória do início de uma grande paixão – “we fell in love in october” (a música mais ouvida da artista, com mais de 700 milhões de plays no Spotify) e “October Passed Me By”, a segunda apresentada como uma música mais “Taylor Swift” e que Marie tem vindo a apresentar nas suas primeiras partes nos EUA. Estes dois momentos, emotivos e românticos, consolidaram o sucesso absoluto da primeira passagem de girl in red por Portugal.

A crowd em Girl in Red
O público dedicado de Girl in Red pede-lhe para tocar “Girls”, o seu hino ao amor queer |©David Pasos/ MHD

E eis que a energia voltou ao máximo com temas como “Serotonin” ou “Bad idea!”, entre desabafos acerca de relações românticas falhadas, problemas de comunicação ou desafios de saúde mental. Tal como Maria canta na bela música simplesmente nomeada “.”, “Honey I’m not Doing so Well” – e não há problema em assumi-lo.

A composição e as letras são uma componente importante do trabalho de girl in red, com destaque para letras empolgantes como as de “dead girl in the pool.” ou “midnight love”. A fechar, “i wanna be your girlfriend”, o seu primeiro single, lançado em 2018.

Que se abram os portões do mundo da indie pop, Girl in Red veio para ficar!

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