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Rock in Rio Lisboa 2022 | Regresso aos anos 80 com Duran Duran

Os Duran Duran conduziram-nos numa viagem nostálgica à incrível época dos anos 80! Nesse sentido, o Rock in Rio Lisboa 2022 acolheu um concerto cheio de êxitos. 

O terceiro dia do Rock in Rio Lisboa 2022 teve um cartaz de sonho, sobretudo para quem viveu os anos 80 na sua plenitude. Com a abertura dos Bush, passando por UB40 e A-ha, chegou a vez de Duran Duran. Nesse sentido, com um público maioritariamente mais adulto, a banda inglesa, liderada por Simon Le Bon, deliciou até os mais novos que estavam presentes. Com cerca de 70 mil pessoas neste dia, a energia do público do Palco Mundo era palpável, algo que se tornou mais evidente quando a banda apareceu, apesar do ligeiro atraso. Assim sendo, com pequenos palcos luminosos e indumentárias brilhantes, os Duran Duran entraram em grande, com a canção “Wild Boys”. Em dada altura das nossas vidas, já ouvimos em algures a música, portanto não deixou ninguém indiferente. Contudo, esta canção ao vivo consegue subir outro patamar, com uma energia incrível, transmitida por um incansável Simon Le Bon.

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O público não conseguia estar quieto, assim como o vocalista, que apesar dos seus 63 anos, pulava, corria e pontapeava. Ninguém sabia qual seria a próxima música, mas acabou por ser êxito atrás de êxito. E para os mais novos, momentos de revelação e descoberta. O concerto prosseguia, e chegava a vez de “A View to a Kill”, o tema principal de “007: A View to a Kill” (1985). Nesta canção, o baixista John Taylor começou a surgir mais, com a partilha do microfone do vocalista. Além disso, a sua indumentária e penteado faziam recordar outro baixista britânico, Sid Vicious dos Sex Pistols.

Prosseguia o concerto, onde existiram diversos pontos altos. Aliás, na hora e meia de atuação dos Duran Duran, o espetáculo esteve sempre no auge, com “Notorious” e “Planet Earth” a levarem o público presente na Cidade do Rock à loucura (no bom sentido). Em ambas as músicas, existia uma parte viciante e fácil de decorar na altura. Por isso, para os mais adultos, foi uma viagem nostálgica até às grandes noites dos anos 80. Para os mais novos, foi uma pequena amostra de uma época que marcou uma geração, e que dificilmente irá repetir-se.

Apesar da alegria que pairava no ar, houve um momento mais emotivo. O vocalista teve um pequeno discurso sobre a atual situação geopolítica, com a Guerra na Ucrânia. Assim sendo, opôs-se às atrocidades vivenciadas pelo povo ucraniano enquanto apelava à paz e a um mundo melhor. Com isso, chegou a vez de “Ordinary World”. Nos grandes ecrãs do Palco Mundo, surgia a bandeira da Ucrânia, com pombas brancas a voar (símbolo da paz) e estátuas brancas a representarem a democracia. Sendo uma das canções mais conhecidas da banda britânica, o público acompanhou de início ao fim, com movimentos suaves das lanternas dos telemóveis bem no alto. Neste momento, o Parque da Bela Vista transformou-se num céu estrelado.

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O concerto aproximava-se do final, com direito ao clássico encore. Assim sendo, os Duran Duran sairam durante escassos minutos, mas foi o tempo suficiente para o vocalista trocar de roupa. E regressaram com mais duas músicas, “Save a Prayer” e “Rio”. Há canções que são superiores ao vivo do que as versões gravadas, e estas duas são exemplo disso. Infelizmente, o concerto terminou, mas a banda sentia-se realizada, assim como também o público. Houve ainda tempo para chamar alguns familiares ao palco para uma vénia conjunta. Assim terminou o terceiro dia do Rock in Rio Lisboa 2022, com viagens a outras épocas e lições para os novos artistas.

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