"O Que Arde" | © Alambique Filmes

O Que Arde, de Oliver Laxe triunfa nos prémios CineEco 2020

O Que Arde de Oliver Laxe triunfou nos prémios Cineeco 2020, entregues pelo Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela que decorreu até ao passado dia 16 de outubro. 

O Que Arde“, um dos três filmes que a Academia Espanhola de Cinema selecionou para apresentar nos Óscares 2021, foi o principal vencedor do “Grande Prémio Ambiente – Município de Seia” do CineEco 2020 – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela. Como o próprio nome sugere, o galardão foi entregue pelo Município de Seia no âmbito da Competição Internacional de Longas Metragens.

O Que Arde” é uma parábola rural passada numa aldeia aninhada nas montanhas da Galiza, que se depara com um fogo florestal, após o regresso à comunidade de um condenado. A narrativa está assente na Natureza (a humana e a da terra) que pode destruir ou autodestruir-se através de duas personagens fundamentais: o filho Amador e a mãe Benedicta.

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Por sua vez, “El Tren de Los Pies Ligeros”, de Miguel Coelho, conseguiu arrecadar o “Prémio Antropologia Ambiental – Zurich Seguros”, por ser uma visão diferente sobre o mundo indígena. A Menção Honrosa do CineEco foi entregue a Oriane Descout e à obra “Castelo de Terra”, sobre o interior do Brasil.

Na Competição Internacional de Curtas-Metragens, “Entre Baldosas”, realizado pelo argentino Nicolas Conte arrecadou o Prémio Curta Metragem Internacional – Turistrela, enquanto a animação portuguesa da autoria de Bruno Caetano, “O Peculiar Crime do Sr. Jacinto” arrecadou o Prémio Educação Ambiental – Associação Mares Navegados. Segundo a organização:

Nesta 26ª edição do CineEco, o cinema ambiental português esteve em grande destaque entre as longas e curtas-metragens, representando cerca de metade de todas as obras em competição de entre os 77 filmes e documentários de mais de 25 países, exibidos ao longo de uma semana, entre 10 e 17 de outubro.

Daí que o Prémio Camacho Costa – Lipor” atribuído à melhor longa-metragem em língua portuguesa tenha sido alcançado pelo estreante Nuno Tavares com o filme “A Alma de Um Ciclista”. Já o Prémio Curta-Metragem em Língua Portuguesa foi para Patrícia Pedrosa com a obra “Vi(r)agens”. Tiago Cerveira ganhou o Prémio Panorama Regional – Casa da Passarella, com a “Máscara de Cortiça”. Esta não é a primeira vez que Tiago Cerveira conquista o CineEco, uma vez que no ano passado levou o mesmo galardão pelo filme “Pagar a Promessa”.

Por último, mas não menos importante, o Prémio Valor da Água – Águas do Vale e do Tejo foi atribuído a Henry M. Mix e Boas Schwarz com “On Thin Ice”, um documentário sobre os efeitos das alterações climáticas no Ártico russo.

O CineEco voltará em 2021 de forma a continuar a sensibilizar os espectadores para as temáticas ambientais, seja através da exibição dos filmes em formato digital, nomeadamente com recurso ao streaming, seja acompanhados pela exibição paralela dos filmes em sala e por debates nas reconhecidas Ecotalks (as deste ano já estão disponíveis no perfil do Facebook do Festival).

O trailer do grande vencedor do CineEco 2020 “O Que Arde” pode ser visto abaixo:

Trailer de O Que Arde, vencedor do CineEco 2020

 A 27ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela terá lugar de 9 a 16 de outubro em 2021. 



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