Atrás das Câmaras | Os Gatos Não Têm Vertigens em estreia no seu Videoclube
Atrás das Câmaras
Conheça factos curiosos acerca dos grandes êxitos de bilheteira em estreia no Videoclube da NOS
A Magazine.HD e a NOS dão-lhe a conhecer as estreias da semana no seu Videoclube de um ponto de vista singular: atrás das câmaras. Bandas sonoras, críticas de cinema, vídeos que o farão rir, curiosidades de cariz mais ousado e números de box-office, são alguns dos artigos que aqui poderá acompanhar.
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O AMOR CLANDESTINO SOB A MAIS BELA PAISAGEM LISBOETA
O que resta no fim dos nossos dias? A desesperante e inabalável solidão? Qual a forma mais acertada de lidar com a perda? A morte para a vida poderia ser agora perpetuada ou não seria mais acertado lutar contra a inércia de iniciar uma regeneração? Quem somos nós, neste pequeno mundo, sem o outro, sem alguém, sem amor?
António-Pedro Vasconcelos faz um inventário de todas as questões que atormentam o coração humano e responde a todas elas da forma mais singela possível no seu “Os Gatos Não Têm Vertigens”. Na sua mais recente longa-metragem, o realizador coloca o espectador perante uma improvável história de amor. Não um amor atingido pela calorosa seta do cupido, mas um amor fraterno de uma natureza superlativa. Ele tem 18 anos e ela 73. Ele é expulso de casa pelo pai no dia em que faz anos. Ela acabou de perder o marido.
Em “Os Gatos Não Têm Vertigens”, somos colocados perante o duro retrato da velhice personificado no rosto de uma assombrosa Maria do Céu Guerra. É ela que nos guia pelos caminhos mais sinuosos da vida, através de alegrias vividas na plenitude da intensidade e de amarguras indesejáveis, mas essenciais ao crescimento humano.
O filme de António-Pedro Vasconcelos é uma obra como há muito não se via no cinema nacional. É dotada de um incomum equilíbrio entre o drama lacrimejante e a comédia doce. A prova de que no Cinema nacional tem histórias muito válidas por serem contadas e ensinamentos de vida imprescindíveis.
Já bem perto do fim, chega-nos ao ouvido uma belíssima canção de Ana Moura, escrita de propósito para o filme. Chama-se “Clandestinos do Amor”. E nesse momento, onde o coração já em chamas se mistura com palavras entoadas ao luar sob a mais bela paisagem lisboeta, percebemos tudo: não há nada melhor que o amor clandestino.
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[tab name=”Ficha Técnica”]
Título: Os Gatos Não Têm Vertigens
Género: Drama
Duração: 102′
Realização: António-Pedro Vasconcelos
Elenco: Maria do Céu Guerra, João Jesus, Fernanda Serrano, Ricardo Carriço, Nicolau Breyner
Sinopse: Jó é expulso de casa pelo pai no dia em que faz anos. Sem ter sítio para onde ir, refugia-se no terraço do prédio de Rosa, que acabou de perder o marido. Ele tem 18 anos e ela 73. Quem diria que ia ser amor à primeira vista?
Trailer:
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