Óscares em risco de deixar a televisão e passar para o streaming
Entre o brilho dos Óscares e a inovação da Netflix, nasce uma nova era onde tradição e modernidade se encontram.
No mundo dos prémios cinematográficos, onde cada pormenor conta mais do que um close-up perfeito, está prestes a acontecer uma mudança que promete agitar os bastidores de Hollywood como um twist num filme de suspense. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Óscares) está a preparar o terreno para um movimento que pode reescrever décadas de história televisiva.
Netflix, Amazon e o fim de uma era televisiva
A história parece saída de um guião: após décadas de casamento televisivo com a ABC – subsidiária da Disney – os Óscares estão prestes a iniciar um divórcio mediático que pode mudar para sempre a forma como assistimos à noite mais glamorosa do cinema.
O valor em discussão? Mais de 100 milhões de dólares por ano. A Disney hesita em aumentar o investimento, enquanto a Academia exige um valor significativamente superior. Este impasse não é apenas uma negociação financeira – é um momento que marca a transição definitiva para a era do streaming.
De acordo com o New York Post, a Netflix surge como o candidato mais provável, não só pela sua base global de 300 milhões de subscritores, mas também pelo facto de Ted Sarandos, co-CEO da plataforma, já ser membro do conselho do Museu da Academia em Los Angeles. A Amazon surge como uma alternativa igualmente sedutora, com uma abordagem mais tradicional ao cinema.
As consequências de uma mudança histórica
Os números são claros e implacáveis. Os Óscares, outrora um evento que reunia dezenas de milhões de espetadores, viram a sua audiência diminuir mais de 60% desde o auge nos anos 90. As razões são multifacetadas: das redes sociais à mudança nos hábitos de consumo, passando pela crescente valorização de filmes independentes em detrimento dos blockbusters.
A potencial mudança para uma plataforma de streaming não é apenas uma decisão financeira, mas uma declaração sobre o futuro do consumo de média. Significa que os Óscares estão dispostos a abandonar a tradição televisiva clássica para ganhar uma audiência verdadeiramente global.
Para além dos números, esta negociação representa inegavelmente uma transformação cultural. Os gigantes tecnológicos não querem apenas transmitir um evento – querem redefinir a sua narrativa e alcance.
Imaginas-te a assistir aos Óscares através de um serviço de streaming? Partilha connosco a tua opinião nos comentários.