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Will Smith | Os papéis mais memoráveis do ator de Projeto Gemini

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Will Smith é um dos atores do momento, e pode ser visto em dose dupla em “Projeto Gemini”. Conhece os filmes e papéis mais marcantes do ator. 

Will Smith é uma das estrelas de Hollywood para o mês de outubro graças à estreia de “Projeto Gemini”, uma das produções mais arriscadas da cinematografia de Ang Lee (vencedor de 2 Óscares da Academia) como realizador, sobretudo devido aos seus potenciais avanços digitais. O filme chegou finalmente às salas de cinema 20 anos depois do surgimento da ideia, que não saiu da gaveta exatamente pelas limitações técnicas da época.

Nesta produção, um Will Smith mais velho confronta-se com uma imagem de um Will Smith rejuvenescido. Tudo acontece graças aos mesmos efeitos especiais que rejuvenesceram Robert De Niro, Al Pascino e Joe Pesci no próximo filme “O Irlandês”, de Martin Scorsese. A única excepção é que “Projeto Gemini” recorreu à gravação em 120 fps (frames por segundo), muito distinta da regra/padrão das 24 imagens por segundo que domina nas produções americanas (e até na própria história do cinema).

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Will Smith
Projeto Gemini © Paramount Pictures

Curiosamente, “Projeto Gemini” não só nos faz presente da imagem atual de Will Smith (um ator com 51 anos), como também deixa uma espécie de sentimento nostálgico, uma vez que o público recorda um Smith de outros tempos. Will Smith dos seus tempos enquanto jovem galã – sobretudo pelos seus desempenhos em meados dos anos 90 e inícios dos anos 2000. Não foi por acaso que, numa entrevista ao programa “The Late Show” de Stephen Colbert, Smith tenha revelado que Ang Lee estudou todas as fases da sua carreira (e até da sua vida), a fim de conseguir um retrato mais realista da sua jovem aparência.

Hoje, também a equipa da MHD propõe analisar as diferentes fases da carreira de Will Smith, reunindo os seus filmes e personagens mais marcantes. Nesta lista, apresentada por ordem cronológica decrescente são apresentados muitos sucessos desta estrela de ação, que também fez a diferença em outros géneros como a comédia e até o drama.

Conhece agora os melhores filmes de Will Smith que selecionamos para ti a seguir.




Aladdin (2019)

aladdin
Aladdin | © NOS Audiovisuais

“Projeto Gemini” não foi o único filme de Will Smith estreado em 2019. O ator de 51 anos foi também uma das principais personagens de “Aladdin”, o remake em live-action do clássico da Walt Disney Pictures dos anos 90. Com o lançamento do primeiro trailer, muitos cineastas e amantes das personagens do filme de animação criticaram a escolha de Will Smith para o papel de Génio (voz do falecido Robin Williams, no original), mas, ironicamente, Smith acabou por salvar Aladdin da mediocridade. Além disso, “Aladdin” é o filme mais rentável ao nível das bilheteiras de toda a carreira de Smith.

O Génio de Will Smith é tão ou mais divertido que o original, além de ser muito extravagante e apresentar as boas vibrações do rap e do hip-hop, que são um espelho nostálgico da própria imagem de Smith nos seus primeiros papéis dos anos 90.

Destacam-se também momentos musicais melhorados, quando comparados com a animação sobretudo no que toca à letra das canções “Arabian Nights” e “Prince Ali”. Para Will Smith, “Aladdin” foi mesmo o filme mais divertido da sua carreira, onde também se incluem comédias como “Hitch – A Cura para o Homem Comum” (2005) ou até mesmo série “O Príncipe de Bel-Air” (1990–1996).




A Força da Verdade (2015)

Will Smith
Concussion © Columbia Pictures

“A Força da Verdade” chegou a ser comentado para o Óscar de Melhor Ator, na edição de 2016, mas tal acabou por não acontecer e a hastag #OscarSoWhite virou famosa. Nesta obra, somos confrontados com um drama denso e uma história incrivelmente inspirada em factos verídicos. O filme é sobre os estudos de um médico de renome, interpretado por Smith, sobre os danos cerebrais provocados em jogadores de futebol americano que sofrem concussões no decurso normal dos jogos.

O drama dá a conhecer a luta de Dr. Bennet Omalu, neuropatologista forense de renome, contra a National Football League (NFL), para que fossem reconhecidos os elevados riscos cerebrais a que os jogadores de futebol americano estão sujeitos. O filme tem muito o sentido de um homem estrangeiro (o Dr. Omalu nasceu no sudeste da Nigéria) que procura integrar-se numa América branca, mentirosa e injusta.

Will Smith interpreta de alma e coração o Dr. Omalu, com todos os seus jeitos (veja-se, por exemplo, as suas expressões faciais, ou mais obviamente, a sua voz transformada) sendo uma vez mais um ator que reflete bem a necessidade de se contarem histórias distintas sobre a América, capazes de criar maior diversidade na indústria hollywoodesca.



Sete Vidas (2008)

Will Smith
Sete Vidas © Columbia Pictures

Mais um drama na carreira de Will Smith, “Sete Vidas” é um daqueles filmes que promete arrancar lágrimas aos espetadores mais sensíveis. Aqui, seguimos um homem que tenta auxiliar outros sete como forma de se redimir do passado: Ben Thomas, Holly Apelgren, Connie Tepos, George Ristuccia, Nicholas Adams, Ezra Turner e Emily Posa. Porém, Ben acaba por apaixonar-se, e também ele percebe que precisa de ajuda.

Apesar de não ser dos seus melhores filmes, “Sete Vidas” consegue sobreviver pela interpretação de Will Smith. O ator abraça a personagem de forma tão convincente que acaba por ser perturbador – como por exemplo, acontece no seu desfecho trágico.




Hancock (2008)

Hancock
Hancock © Columbia/TriStar

Na mesma época em que “O Cavaleiro das Trevas” de Christopher Nolan foi lançado, e que o “Homem de Ferro” dava início a uma era longuíssima de cinema comercial de super-heróis, estreava também um dos filmes mais peculiares e divertidos da carreira de Will Smith: “Hancock”. Na época, os primeiros foram mais aplaudidos, mas isso não deixou “Hancock” de atingir os 624 386 746 dólares nas bilheteiras.

A interpretação de Will Smith distingue-se muitos dos super-heróis como Homem de Ferro ou Batman. Hancock é um homem aparentemente comum com problemas de alcoolismo. Contudo, o motivo dessa adição é o facto de não conseguir lidar com os super-poderes, que o impedem de viver uma vida normal e tranquila.

O filme merece ser revisto, sobretudo por aqueles que perderam a fé no cinema de super-heróis e que estão cansados do cinema da Marvel/Disney (haverá produtora menos original no que toca a filmes live-action?). Curiosamente “Hancock” foi uma produção independente que reuniu três pequenas produtoras: a Overbrook Entertainment, a Weed Road Pictures e a Blue Light. No elenco, para além de Will Smith está também Charlize Theron.




Eu Sou a Lenda (2007)

Will Smith
Eu sou a Lenda © Warner Bros.

Se fosse possível comparar “Eu sou a Lenda”, com o romance original de Richard Matheson, não haveria dúvidas sobre qual é que venceria. Aliás, esta é foi a terceira adaptação do livro homónimo de Richard Matheson, depois de “The Last Man on Earth” de 1964 e “The Omega Man”,  de 1971.

A história contada no livro de Matheson é sombria e mostra Robert Neville a querer vingar-se da sociedade com as suas próprias mãos. Já esta adaptação procura ser mais otimista, mostrando-nos um homem que sente responsável pelo fim da humanidade. Por algum motivo imune ao vírus, Neville procura encontrar a cura para os Mutantes vítimas da praga.

Will Smith mostra-nos um homem sofrido com o peso do desaparecimento da humanidade bem latente nas suas expressões faciais. Não poderemos esquecer, obviamente, as cenas em que interage com o cão, que são uma jornada emocional por si só.




Em Busca da Felicidade (2006)

Em Busca da Felicidade
Em Busca da Felicidade © Columbia Pictures

O papel mais marcante da carreira de Will Smith apareceu em 2006 e até ao momento o ator vive com o peso dessa interpretação. Falamos de “Em Busca da Felicidade”, um drama baseado numa história verídica bastante inspiradora.

O filme remete-nos para a árdua vida de Chris Gardner, um pai solteiro sem abrigo, que se tornou num corretor da bolsa, empresário e fundador e CEO da Gardner Rich & Co. O papel de Christopher, o filho da personagem, foi entregue ao próprio filho do ator: Jaden Smith (na sua estreia no cinema). Talvez pelos laços sanguíneos fora do ecrã, Will Smith consegue ser bastante credível num papel de um pai desesperado que luta para não perder tudo e que até está disposto a mentir em frente do seu filho para que os outros não percebam a situação complicada em que vive.

É uma história complexa, mas extremamente motivadora não só por refletir sobre as relações entre pais e filhos, mas também por ser um verdadeiro hino quando falamos de sonho americano. De que vale ser bom a matemática e não ser bom com as pessoas? É isso que Chris, e os espectadores, aprendem no decurso do filme. “Em Busca da Felicidade” reflete uma viagem pelo sentido da vida de Gardner (familiar, social e até psicológica), num desempenho que valeu a nomeação ao Óscar de Melhor Ator para Will Smith.




O Gang dos Tubarões (2004)

O Gang dos Tubarões
O Gang dos Tubarões © DreamWorks Animation

Apesar de ser reconhecido do público pelos seus filmes de imagem real, Will Smith foi também um dos peixes mais divertidos do mundo animado no filme “O Gang dos Tubarões”. Embora não seja nenhum “À Procura de Nemo” da Walt Disney/Pixar, este filme da DreamWorks é uma das produções mais coloridas do estúdio, que de alguma forma permitiu maiores avanços tecnológicos na animação digital, como já tinha acontecido com “Shrek”.

Lançado em 2004, o filme mostra-nos Óscar (a que Will Smith dá voz) um pequeno peixe muito falador, mas também muito sonhador. Os seus sonhos de grandeza são tão grandes, que acabam por lhe trazer também enormes problemas, quando conhece Lenny um tubarão com um terrível segredo (é vegetariano. Quando uma mentira transforma Oscar num herói e a verdade sobre Lenny é conhecida, fazendo com que o tubarão seja rejeitado, os dois tornam-se amigos. O filme mistura elementos do film-noir (a femme-fatale aqui é interpretada por Angelina Jolie) e dos filmes de crime familiar ao estilo de “O Padrinho”, graças à personagem de Robert DeNiro Don Lino.

No entanto, o que faz de “O Gang de Tubarões” um dos melhores projetos da carreira de Will Smith, é a sua história sobre a amizade de um pequeno peixe (heterossexual), com um tubarão (que tem medo de admitir a sua homossexualidade, aqui apenas subentendida). Estávamos em 2004 e as audiências já haviam sido capazes de entender isso e de lidar bem com o facto.




Ali (2001)

Ali
Ali © Columbia Pictures

A primeira nomeação ao Óscar de Melhor Ator de Will Smith aconteceu com “Ali”, filme biográfico da lenda do boxe, Muhammad Ali. Esta é uma história sobre as suas vitórias e derrotas, a sua conversão ao islamismo e a sua recusa em ir para o Vietname. A vida do homem enquanto campeão e herói mediático.

O status de Ali como boxeador, desportista e ícone da cultura pop é inegável. Em “Ali”, Will Smith mergulha na personalidade exagerada de Ali, que não está assim tão afastada da sua. O desempenho de Will Smith acabou por surpreender muitos que duvidavam certamente dos talentos do artista. Hoje em dia visionada continua a ser uma daquelas interpretações transformadoras, mas que se perdeu em muito pelos clichés comuns dos filmes biográficos, que são aposta forte dos estúdios.




MIB – Homens de Negro (1997)

MIB - Homens de Negro
MIB © Columbia Pictures

Enquanto Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger tornaram-se grandes estrelas de ação graças aos seus corpos excessivamente musculosos, Will Smith acabou por apostar noutra coisa: a comédia. De facto, em “MIB – Homens de Negro”, assim como nas sequelas em que participou “Homens de Negro 2” (2002) e “Homens de Negro 3” (2012), Will Smith é primeiro um comediante e só depois um ator de ação. O sucesso deste filme foi tal que tornou-se mesmo um dos filmes mais rentáveis de 1997.

Will Smith é J, que junto com K (Tommy Lee Jones), forma a dupla dos “Homens de Negro”, o maior segredo já mantido no universo. Ambos são agentes secretos de uma agência não-oficializada responsável por localizar extraterrestres na terra. O filme prevalece sobretudo pela amizade entre estas duas personagens. Aliás, só a amizade entre Will Smith e Tommy Lee Jones é uma razão para as audiências assistirem a este filme de ficção científica.




Os Bad Boys (1995)

Os Bad Boys
Os Bad Boys © Don Simpson/Jerry Bruckheimer Films

Embora seja realizado pelo sempre caótico Michael Bay, “Os Bad Boys” consegue ser um projeto divertido que reúne dois atores – que na época faziam mais televisão que cinema -, em estado de graça. Marcus Burnett (Martin Lawrence) e Mike Lowrey (Will Smith) são dois polícias do departamento de Miami que se juntam para recuperar um carregamento de drogas perdido. Eles contam com a ajuda de uma testemunha, Julie, porém para isso terão que trocar a sua identidade.

Precisamente é a imagem jovem de Will Smith neste filme, que repercute de alguma forma em “Projeto Gemini”, filme que não está a ter o sucesso que se esperava. Para além da recepção da crítica bastante negativa em relação aos seus avanços tecnológicos o público norte-americano não tem ido assistir a filme, que é já um dos maiores fracassos da carreira de Smith – atingiu apenas os 20,5 milhões de dólares nos seus três primeiros dias em exibição, valor muito baixo quando comparado aos mais de 95 milhões de dólares de  “Joker”.

Competição renhida ao não, vale a pena relembrar que Will Smith continua a fazer cinema. Ainda para este ano a Blue Sky Animation apresenta “Armados em Espiões (2019)” em que Smith dá voz a um agente secreto. Além disso, no início de 2020 chega aos cinemas de todo o mundo “Bad Boys Para Sempre”, novamente ao lado de Martin Lawrence.

Qual é para vocês o melhor filme de Will Smith? “Projeto Gemini” vale a pena?

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